A Novo Nordisk publicou um comunicado em suas redes sociais alertando possíveis golpes na venda do Ozempic. A mensagem informa que seus funcionários “não entram em contato oferecendo promoções diferenciadas” e pede que os pacientes desconfiem de “qualquer mensagem” com este perfil.
A companhia ressalta que “todos os medicamentos são distribuídos e vendidos exclusivamente em farmácias devidamente licenciadas, que cumprem com todos os requerimentos sanitários exigidos pela Anvisa.”
O comunicado também recomenda que os usuários sempre suspeitem dos canais de venda direta, como redes sociais e fóruns virtuais; que verifiquem as embalagens de medicamentos, que, quando falsas, podem estar visualmente alteradas; e desconfiem de preços muito abaixo do preço definido pela tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Outra possibilidade é buscar farmácias pelo site do Programa NovoDia, ferramenta disponibilizada pela farmacêutica que permite encontrar o local credenciado mais próximo a partir do código de endereçamento postal (CEP).
Em caso de dúvidas sobre a procedência dos remédios, a orientação é acessar a página da empresa para consultar os produtos comercializados, e procurar o atendimento ao consumidor.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a Novo Nordisk informou que a denúncia chegou via SAC e que o “alerta foi realizado pois a Novo Nordisk tomou conhecimento de que pessoas têm se passado por colaboradores para realizar vendas de produtos”. A empresa não especificou por quais meios foram feitas as tentativas de golpe e se os contatos se restringiam à venda de Ozempic ou se também afetavam outras medicações sob patente da empresa que imitam o hormônio GLP-1, ligado à saciedade.
Lotes falsificados de Ozempic
Pouco antes, as falsificações de Ozempic repercutiram também na Europa e na América Central e do Norte, onde também houve denúncias de produtos adulterados sendo vendidos como originais, levando a um alerta às agências sanitárias internacionais.
No início do mês, a Anvisa recebeu um comunicado da Novo Nordisk sobre a presença de unidades falsificadas do Ozempic (semaglutida) circulando no mercado brasileiro. Trata-se do lote LP6F832, válido até 11/2025. Segundo a farmacêutica, o lote não é considerado válido e se trata de produto falsificado.
A autarquia publicou a medida preventiva (Resolução – RE 3.945/2023), que determina a apreensão e a proibição de comercialização, distribuição e uso do lote do medicamento falsificado.