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Novo parâmetro delimitado em exame pode evitar AVC e infartos

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O acidente vascular cerebral sofrido pelo deputado federal Sabino Castelo Branco, 52, há uma semana, pegou pessoas próximas e distantes de surpresa. Coincidentemente, um dia depois, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) modificou o índice máximo ideal de lipoproteína de baixa densidade (LDL), mais conhecida como “colesterol ruim/mau”. Agora, os cardiologistas terão novos parâmetros para delimitar a taxa nos exames.

“Estudos científicos sólidos demonstram que a redução desse nível, principalmente no perfil de paciente com índice de alto risco cardiovascular, demonstra um benefício significativo pra sua saúde”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia Regional AM (SBC/AM), Marcelo Mouco Fernandes, 42.

Diante dessa alteração, os exames de colesterol passam a indicar os valores de referência conforme o risco individual cardíaco do paciente, com os limites considerados ideais para que se encaixa nesses perfis. Antes, o ideal era 70 miligramas por decilitro de sangue. Com a atualização, passa a ser de 50 mg/dl para pessoas com risco cardíaco muito alto – ou seja, quem já sofreu ou sofre de problemas cardiovasculares.

O objetivo, explica o médico, é reduzir a mortalidade cardiovascular, considerada uma das principais causas de morte no mundo. “Assim como também reduzir a morbidade cardiovascular, diminuindo a prevalência de eventos cardiovasculares, como o AVC e o Infarto Agudo do miocárdio (IAM)”, enfatiza, ao citar fatores de risco.

“São vários os fatores utilizados na estratificação do paciente na abordagem terapêutica da dislipidemia. Mas podemos destacar a hipertensão, diabetes, tabagismo, doença renal crônica e os próprios níveis muito elevados de LDL”, completa também membro titular da SBC.

Ainda segundo Fernandes, a mudança nas diretrizes é de grande importância porque a elevação dos níveis de colesterol não leva a sintomas. A doença pode ser assintomática, desenvolvendo-se silenciosamente, e se manifestar já com um AVC ou IAM em 50% dos casos. O índice para pessoas sem fatores de risco é de até 130 mg/dl.

“Ir ao cardiologista periodicamente para fazer avaliação cardiovascular deve se tornar um hábito da população a fim de se prevenir, sendo que esta prevenção deve iniciar desde a infância”, finaliza Marcelo Mouco Fernandes, que fez residência pela Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto.

BLOG Maria Stela da Silva Bastos, 57, auxiliar administrativa

“Tive um problema familiar e fiquei muito estressada, abalada emocionalmente. Fui aferir a pressão, que estava 20×14 e eu não sentia nada. Foi quando procurei o doutor Marcelo Mouco, fiz exames e recebi o diagnóstico de hipertensão. Cortei o sal, faço dieta, controle da pressão e exames de coração uma vez por ano; e tomo dois medicamentos. Fui à endocrinologista, à nutricionista e ao cardiologista. Eu nem desconfiava que tinha hipertensão. Foi uma surpresa.”

Fonte: A Crítica

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