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Número de reclamações sobre falta de remédios básicos em postos de SP aumenta quatro vezes

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Secretário-adjunto da Saúde municipa disse que o aumento na procura ocorre desde o início da pandemia da Covid. Muitos remédios acabaram antes do previsto e ele diz que até 15 de janeiro não vai faltar mais medicamento. O número de reclamações sobre a falta de remédios básicos em postos da Prefeitura de São Paulo aumentou quase 300%, quatro vezes mais em um mês, segundo levantamento do SP2 feito via Lei de Acesso à Informação.

Em outubro, foram registradas 157 queixas de falta de remédios nas AMAs e Unidades Básicas de Saúde. Em novembro, 619.

São remédios para controle de pressão, colesterol, doenças cardíacas, dor de estômago. A falta dos medicamentos compromete a qualidade de vida das pessoas e o sucesso do tratamento das doenças.

O maior número de queixas foi registrado nos postos da coordenadoria Sul: 174

Sudeste: 129

Oeste: 80

Centro: 22

O secretário-adjunto da Saúde municipal, Luiz Carlos Zamarco, disse que o aumento na procura ocorre desde o início da pandemia da Covid. Segundo ele, a Prefeitura separou mais dinheiro para a compra de remédios este ano, mas o estoque ainda não foi suficiente diante da procura. Muitos remédios acabaram antes do previsto e ele diz que até 15 de janeiro não vai faltar mais medicamento.

‘A medicação que era pra chegar em 2022, nós já começamos a receber ela no ano de 2021 agora no mês de dezembro. A partir de 15 de janeiro não vamos ter falta de mais nenhuma dessas medicações, hoje já conseguimos repor praticamente 70% do que estava faltando e esses últimos 30% na primeira quinzena de janeiro vai estar toda regularizada’, diz.

Remédios de alto custo

Remédios caros, de uso contínuo, que tratam doenças crônicas graves também estão em falta há mais de um mês nas farmácias de alto custo do governo de São Paulo. Pacientes sofrem com as dores e recorrem a doações para não interromper os tratamentos. O governo diz que a falta da maior parte dos medicamentos é de responsabilidade do Ministério da Saúde (leia mais abaixo).

A codeína, por exemplo, é um remédio de alto custo que está em falta na cidade de São Paulo. Segundo William Bernardes, marido de uma mulher que sofre com dores provocadas pela anemia, a busca pelo medicamento já dura meses.

Além da codeína, Maria Nice também não encontra leflunomida, para o tratamento do lúpus. Já José Paulino busca insulina glulisina, que é de ação rápida, para a neta que tem diabetes.

Como os remédios distribuídos na Farmácia de Medicamentos Especializados na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo, são caros, os pacientes e familiares precisam recorrer a doações.

Associação de mães de pessoas com esquizofrenia afirma que a clozapina, quetiapina e olanzapina estão em falta também.

‘É uma frustração muito grande porque a gente vem trabalhando muito primeiro pra trazer a conscientização da doença que é muito estigmatizada, e a outra é que quando você consegue fazer todo um trabalho de conscientização, de psicoeducação com as famílias e até com o paciente, por falta de medicamento, você vê todo esse trabalho interrompido, então é vc dar braçada na areia, é muito triste’, diz Sarah Nicolleli, presidente da associação.

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informou que a responsabilidade pela compra e distribuição dos medicamentos clozapina, quetiapina, olanzapina e leflunomida é do Ministério da Saúde, que não tem cumprido nem os prazos e nem as quantidades combinadas. O SP2 pediu posicionamento do ministério e não obteve resposta.

A nota diz ainda que as farmácias estaduais têm em estoque a insulina glulisina e que vai apurar se houve uma falta pontual na unidade da Vila Mariana. Já no caso da codeína, a Secretaria informou que o abastecimento só vai ser normalizado em janeiro.

Fonte: DNews Jornal


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