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Números para prever doença crônica

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O Estado de S. Paulo

Grandes bancos de dados vão facilitar a identificação de doenças e garantir tratamentos cada vez mais específicos e individualizados. A professora titular de Genética da Universidade de São Paulo (USP) e diretora do Centro de Genoma Humano e Células Tronco, Mayana Zatz, lembra que foram necessários 13 anos e US$ 3 bilhões para juntar informações sobre o genoma humano que hoje se acumulam de forma muito mais rápida, graças às novas tecnologias. “Há painéis que conseguem analisar até 6.400 genes associados a doenças genéticas. Isso permitiu um salto qualitativo gigantesco.”

Ela mostrou no Summit um levantamento recente produzido pelo Centro, e adiantado pelo Estado, que com dados de 1.324 pessoas com mais de 60 anos identificou 207 mil mutações genéticas nunca antes descritas na literatura médica .

“Com o Big Data, há até uma questão regional. Um tratamento pode funcionar melhor nos orientais do que nos ocidentais, por exemplo. Qual é a diversidade do brasileiro em relação ao africano? E ao europeu? Isto será possível de identificar”, diz o oncologista Fernando Maluf, do Instituto Vencer o Câncer.

Com essa vasta quantidade de informações, a tendência é que os tratamentos sejam cada vez mais individualizados. “Já se geram informações suficientes para trabalhar com modelos preditivos, que identificam a maior probabilidade de alguém ir a óbito nos próximos 12 meses ou virar um paciente crônico”, diz o presidente da Healthways Brasil, Nicolas Toth.

Tal mudança afeta não só o resultado para o paciente, como também os custos. “Pacientes crônicos respondem por 60% a 70% dos gastos de saúde. Se atuarmos nos fatores de risco, pode-se reduzir em até 30% esse valor gasto.
Chega perto do rombo que hoje o orçamento da saúde tem”, diz Edson Amaro Jr, que é responsável pela área de Big Data analytics do Hospital Albert Einstein.

“Estima-se que em 2016 tenha transitado na internet 1,3 zetabyte, suficiente para armazenar tudo que já foi falado pela espécie humana”.

 

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo – Especial Summit Saúde Brasil

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