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Obesidade e risco risco cardíaco

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Obesidade

Você sabia que existem um bilhão de pessoas no mundo com sobrepeso ou obesidade? Esses pacientes demoram em média seis anos após notar as primeiras dificuldades relacionadas ao peso para procurar ajuda do profissional de saúde.

Na tabela dos três principais fatores de risco cardiovascular (dislipidemia, hipertensão e diabetes), o sobrepeso é uma parcela importante, aumentando o risco dessas doenças em 400% a 700%. “Cerca de 45% das pessoas diagnosticadas com hipertensão são portadoras da obesidade/sobrepeso, 35% daquelas que têm dislipidemia têm sobrepeso ou obesidade e 90% dos diabéticos estão em sobrepeso ou são obesos.

A obesidade também aumenta o risco de doença cardíaca coronariana, doença cerebrovascular e insuficiência cardíaca”, explica Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.

Medicamento para obesidade reduz risco cardíaco

A médica celebra o recente anúncio da Novo Nordisk cujo estudo com o Wegovy (semaglutida com 2,4 mg) mostrou uma redução do risco de eventos cardiovasculares adversos graves em 20% em adultos com sobrepeso ou obesos.

“Trata-se da primeira medicação aprovada em bula para obesidade, que diminui o risco cardiovascular, de infarto e de AVC (acidente vascular cerebral) comprovado pelos estudos”, acrescenta a médica.

O Wegovy deve chegar ao Brasil em 2024 e é um agonista do receptor de GLP-1 indicado como adjuvante de uma dieta hipocalórica e aumento da atividade física para controle de peso crônico em adultos com IMC de 30 kg/m2 ou superior (obesidade) e adultos com IMC de 27 kg/m2 ou superior (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso.

“O estudo duplo-cego comparou semaglutida 2,4 mg por via subcutânea uma vez por semana com placebo como adjuvante ao tratamento padrão para prevenção de eventos cardiovasculares adversos graves (MACEs) durante um período de até cinco anos. Foram 17.604 adultos com 45 anos ou mais em sobrepeso ou obesidade e doença cardiovascular estabelecida, mas sem histórico prévio de diabetes. O risco diminui em 20%”, explica a médica.

“As pessoas já usam o Ozempic, que é a semaglutida de 1 mg para tratamento de obesidade, mas em bula, ela só é autorizada para pacientes diabéticos”, diz a endocrinologista. “No geral, essas medicações para obesidade não protegem o coração diretamente”, acrescenta.

No ensaio, a semaglutida 2,4 mg pareceu ter um perfil seguro e bem tolerado em linha com os ensaios anteriores de semaglutida 2,4 mg. Os resultados detalhados do SELECT serão apresentados em uma conferência científica no final de 2023.

A médica ressalta que, para vencer a obesidade, além dos medicamentos, é importante mudar hábitos de vida, principalmente com uma dieta equilibrada e diversificada. “A alimentação saudável, com um padrão dietético que privilegie alimentos naturais e variados, é a base para a prevenção e o tratamento da obesidade e do diabetes”, finaliza.

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