A média brasileira em casos de mortes pela Covid-19 vem crescendo a cada dia e entre os tipos de pacientes que são infectados pela doença, grande parte já possui doenças pré-existentes como as respiratórias crônicas, destacando-se a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (“DPOC”) e a asma como as mais prevalentes.
A asma atinge mais de 20 milhões de pessoas no Brasil e é usualmente caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, sendo responsável por sete óbitos por dia no país. Permanece como uma das maiores causas de falta de ar e chiado no peito em crianças, adolescentes e adultos.
Seus sintomas podem causar sérios impactos na vida do paciente, como insônia, fadiga, diminuição do nível de atividade e faltas na escola e no trabalho. Ainda que não tenha cura, a asma, adequadamente tratada, pode ser controlada, permitindo a diminuição de riscos e, desta forma, a restauração da qualidade de vida.
Porém, durante a pandemia, alguns pacientes não conseguiram manter seus tratamentos por medo de sair de casa ou do possível contágio. A interrupção do tratamento sem dúvida pode levar o paciente a confundir crises exacerbadas de asma com sintomas de contaminação da Covid-19. Daí a importância de abordar amplamente este assunto, conscientizar a população sobre a importância de manter o tratamento e até em aumentar o acesso a medicamentos que tratem da condição, visto que o diagnóstico precoce e tratamento adequado reduzem taxas de exacerbação (crises respiratórias), internação hospitalar e a mortalidade.
O médico pneumologista José Roberto Megda Filho lista oito dicas práticas que pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma e DPOC, podem seguir para reduzir a frequência das crises e manter a qualidade de vida, mesmo durante a pandemia.
- Seguir regularmente o tratamento prescrito
- Vacinar-se contra a COVID-19 (pacientes asmáticos graves foram incluídos como prioridade), contra a gripe (influenza) anualmente e contra a pneumonia de acordo com as diretrizes e o Plano nacional de Imunização (PNI) em vigor
- Realizar atividades físicas regularmente, seguindo o plano de orientação médica
- No caso do adulto, caso seja fumante, procurar ajuda do seu (sua) médico de confiança ou de um (a) pneumologista para cessar o hábito tabagista
- Seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos se estiver com sobrepeso ou obeso, conforme orientação de um(a) nutricionista
- Discutir com seu médico um plano de ação a ser seguido, caso haja uma piora dos sintomas
- Procurar um serviço de saúde se não apresentar melhora seguindo o plano de ação proposto no item 6, se estiver com aumento significativo da falta de ar
- Caso seja necessário ir até um hospital ou a consultas médicas, fazer uso de máscara facial de três camadas de tecido cobrindo completamente o nariz e a boca, evitar aglomerações, manter o distanciamento social e procurar sempre lavar as mãos ou usar o álcool gel frequentemente
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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