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Omar Aziz reconvoca diretora da Precisa

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O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), decidiu atender o pedido da depoente para adiamento da sessão por 12h e encerrou a sessão que ouviria a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, ontem à noite. Emanuela reforçou a decisão de permanecer em silêncio diante das perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL) sobre seus vínculos com a empresa. A diretora da Precisa também comparou a retomada da sessão, às 19h50 à noite com uma tortura e alegou estar exausta “física e psicologicamente” para não responder a questionamentos.

“Eu estou sem condições físicas e psicológicas. Não tem crime. Não tem irregularidades Estou disposta a esclarecer”, disse a funcionária da farmacêutica ao colegiado. Diante das reclamações Aziz reconvocou Emanuela para depor amanhã às 9h em audiência que deverá ouvir também o dono da empresa, Francisco Maximiano. A Precisa Medicamento é investigada por supostas irregularidades na venda de vacinas contra a covid-19 ao Ministério da Saúde.

Com isso, a CPI decidiu ouvir nesta quarta-feira, a partir das 9h, os depoimentos de Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador Precisa Medicamentos, e de Emanuela Medrades, diretora da mesma empresa. Investigados pela comissão, ambos conseguiram no Supremo Tribunal Federal o direito de ficarem calados nos depoimentos.

Isso levou a CPI a pedir ao tribunal explicação sobre o alcance da decisão e o depoimento de Emanuela acabou não ocorrendo ontem.

Quem pediu a convocação de Maximiano e de Medrades foi o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

‘Para que seja possível esclarecer os exatos termos das tratativas entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para aquisição da Covaxin, apurando-se eventual beneficiamento ilícito’, são necessárias as oitivas, afirma Alessandro Vieira nos requerimentos.

A pedido de Alessandro Vieira e do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), a comissão também já aprovou a quebra de sigilo telefônico, telemático, fiscal e bancário de Maximiano. Também já foi quebrado o sigilo telefônico e telemático de Medrades e foi aprovado o pedido para que a Polícia Federal compartilhe com a comissão o depoimento da diretora ocorrido na segunda-feira (12). A CPI já recebeu a maior parte desses documentos.

A Precisa é responsável por um contrato com o Ministério da Saúde para aquisição da vacina indiana Covaxin, da Bharat Biotech – que não tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em depoimento à CPI, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, indicaram suspeitas de irregularidades envolvendo a compra dessa vacina.

Segundo o depoimento de ambos os irmãos, Luis Ricardo foi pressionado por seus superiores no Ministério da Fazenda a agilizar a compra da Covaxin fazendo o pagamento de uma fatura referente à negociação que continha várias irregularidades. O deputado, por sua vez, revelou ter levado o fato ao conhecimento do presidente da República, Jair Bolsonaro, o qual teria mencionado o nome do líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Fonte: Tribuna do Norte

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