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OMS, Europa e Anvisa não recomendam cloroquina para tratar a Covid-19

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Em depoimento à CPI da Pandemia nesta terça-feira (25), a secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, defendeu o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19.

Apesar desse posicionamento da secretária, instituições ao redor do mundo já se manifestaram contra a recomendação do medicamento para combater o coronavírus. Uma delas é a Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirmou que a medicação não reduz a mortalidade e pode causar efeitos colaterais, como náusea e dor de cabeça.

Em março do ano passado, a OMS lançou uma série de pesquisas padronizadas sobre potenciais tratamentos para a doença. Entre os medicamentos analisados, estava justamente a hidroxicloroquina.

Em julho, a organização suspendeu os estudos de forma definitiva, depois que os pesquisadores concluíram que a droga não reduziu a mortalidade de pacientes hospitalizados, mesmo com sinais de segurança associados ao uso do medicamento.

Reino Unido e UE

No Reino Unido e na União Europeia, a cloroquina e a hidroxicloroquina são usadas apenas sob prescrição médica para tratar malária e doenças autoimunes, como artrite reumatoide.

A Agência Europeia de Medicamentos defende que não há evidências científicas que comprovem a eficácia das substâncias contra a Covid-19 e afirma que estudos associaram doses altas dos medicamentos a um risco maior de problemas cardíacos e distúrbios neuropsiquiátricos, incluindo agitação, insônia, confusão, psicose e tendências suicidas.

No Reino Unido, uma ampla pesquisa com mais de quatro mil pacientes do sistema público de saúde concluiu que a hidroxicloroquina não apresenta benefícios no tratamento de pacientes hospitalizados com Covid 19. Por isso, o estudo foi interrompido.

Anvisa

Em depoimento à CPI, no dia 11 de maio, o diretor-presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou que os estudos até o momento indicam que a cloroquina não seria efetiva e recomendável no tratamento da Covid-19.

“A minha posição sobre tratamento precoce da doença não contempla essa medicação, por exemplo, e sim a testagem, o diagnóstico precoce e, obviamente, a observação de todos os sintomas que a pessoa pode ter e tratá-los”, disse Barra Torres na oitiva.

Fonte: CNN

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