Mercados como o varejo farmacêutico lançam olhares atentos à expansão da Amazon no Brasil, que segue em ritmo acelerado. Desde 2020, a multinacional inaugurou 11 centros de distribuição no país, totalizando 12 complexos com 30 mil a 50 mil metros quadrados.
Atenta à complexidade da malha logística no país, a gigante do varejo procurou descentralizar as operações por todo o território nacional. O Nordeste é base de dois CDs em Cabo de Santo Agostinho (PE) e um em Itaitinga (CE). No Sudeste estão outros sete complexos, sendo cinco em Cajamar, na Grande São Paulo; Betim (MG) e São João de Meriti (RJ). A Amazon está ainda presente no Centro-Oeste – Santa Maria (DF) – e na Região Sul – Nova Santa Rita (RS).
O próximo passo é ampliar o número atual de cinco estações de entrega, situadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e utilizadas na última milha da distribuição. “Assim como em outros mercados, a Amazon está no Brasil com uma visão de longo prazo. Estamos construindo uma operação de forma sustentada. São investimentos importantes feitos agora, inicialmente com um horizonte de retorno de cinco a dez anos”, destacou o diretor para o Brasil Ricardo Pagani, em entrevista ao Valor Econômico.
Amazon no Brasil: busca por reduzir distância da concorrência
Mas por trás da aposta da Amazon no Brasil está também uma preocupação com a concorrência. De acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), a Amazon ocupa somente a sexta posição entre os principais marketplaces do país. São 3,832 bilhões de mercadorias vendidas em 2021. Mas a consultoria Varese Retail relembra que esse número salta para 10 bilhões quando inclui a venda de terceiros.
No quesito capilaridade, a distância é ainda maior. Via, Americanas e Magazine Luiza somam, respectivamente, 30, 25 e 24 centros de distribuição.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
