A venda de produtos de marca própria nas farmácias vem crescendo nos últimos anos, impulsionada, entre outros fatores, pelo desejo dos consumidores de ter produtos de qualidade a preços acessíveis. Pesquisa da Nielsen mostrou que esses itens já estão presentes em 34% dos lares brasileiros. Essa estratégia de negócio é fortemente verificada em vários segmentos varejistas, inclusive o farmacêutico.
Mas como desenvolver a operação de marca própria identificando corretamente produtos que devem ser lançados, em que faixa de preços e com que nível de rentabilidade? Essas questões ficaram mais fáceis de serem respondidas com o avanço tecnológico que democratizou o acesso a ferramentas como a inteligência artificial (IA). Aliada a estratégias de marketing, empreendedores que escolhem esse caminho conseguem obter sucesso na gestão dessa categoria.
O desafio é entregar ao consumidor um produto próprio com alta qualidade e preço competitivo. Se antes isso era concentrado em grandes redes por conta do alto investimento, hoje existem no mercado softwares capazes de construir, com a ajuda da IA, todo o processo de desenvolvimento de qualquer produto, definindo a melhor estratégia de penetração, de acordo com o cliente e a região de atuação de seu negócio.
“Por definição, um produto de marca própria precisa ter preço competitivo e margem de lucro maior em comparação à da marca target”, alerta Juelimar Berri, diretor de gestão de produtos da Amicci.
A consultoria disponibiliza um programa de adoção de marca própria para varejistas. Ele passa por todas as etapas desse processo, desde a análise de mercado, escolha do fornecedor, identificação da categoria de produto a ser lançado ou não, posicionamento da marca em relação ao público que atende e até mesmo o ponto estratégico para exibir o produto dentro do estabelecimento.
Softwares favorecem gestão de marca própria nas farmácias
São muitos os benefícios trazidos pelo uso desses softwares para gerenciar a marca própria nas farmácias, incluindo a atualização constante em relação às exigências legais, o que evita a necessidade de recall. Esse problema costuma acontecer, por exemplo, com lotes de produtos em que faltam informações no rótulo.
Além disso, o aprimoramento dos requisitos de sustentabilidade é contínuo, agregando atributos cada vez mais exigidos pelos consumidores. Produtos que incorporam esse princípio atraem consumidores dispostos até a pagar mais por eles.
Seguem mais algumas vantagens:
- Garantia de agilidade e flexibilidade para acompanhar as mudanças de hábitos dos consumidores
- A gestão de todo o ciclo dos produtos permite entender que itens geram bons resultados e onde estão as novas oportunidades. Nada é lançado sem a certeza de que vai trazer faturamento e margem. “Dessa forma, elimina-se o “patinho feio” da gôndola”, ressalta Berri
- A plataforma registra e organiza todas as etapas do trabalho e, assim, todos os times envolvidos passam a falar a mesma língua
- Redução de custos pois evita-se erros e gastos desnecessários. Cotações de matéria-prima, por exemplo, são feitas pela própria plataforma
- Clientes mais satisfeitos, pois a boa gestão da marca própria se reflete no mix das lojas que oferecem produtos alinhados às reais expectativas do público
- Impulso à inovação: produtos que começam a despontar como tendência de consumo podem ser desenvolvidos e colocados nas prateleiras antes da concorrência