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Pacientes denunciam 4 meses de falta de remédio para tratamento neurológico em Campinas

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Pacientes que dependem do remédio Carbamazepina, usado para tratamento de problemas neurológicos, denunciam que ele está em falta há quatro meses nos postos de saúde em Campinas (SP). A substituição não é uma alternativa fácil, segundo especialistas na área. Nesta segunda-feira (14), a prefeitura admitiu a falta e justificou que os fornecedores não realizaram a entrega.

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Para quem precisa de cinco comprimidos por dia, por exemplo, e tem que comprar nas farmácias, o gasto médio é de R$ 350 por mês. O valor é alto para famílias que contam com a rede pública da cidade para ter acesso á medicação.

Há casos em que os pacientes dependem do remédio continuamente, para evitar convulsões. Carolina Rodrigues, que teve na infância uma doença neurológica, precisa de Carbamazepina ainda na fase adulta.

“Se eu deixar de tomar um dia, esquecer, algo do tipo, quando o meu organismo sente falta, eu já passo mal durante a noite ou durante o dia. […] Ligo sempre para saber qual a previsão deles [prefeitura], se dão alguma previsão, porque tem muitas pessoas que precisam do remédio”, conta.

“O atraso da medicação, seja por algumas horas ou por dias, pode aumentar o risco de crises convulsivas de pacientes que têm epilepsia, que são aqueles que têm mais chances de ter crises ao longo da vida. Essas crises convulsivas podem ser curtas, que não têm grandes repercussões, mas também podem ser mais longas e de necessidade de internação em UTI e até risco de vida”, explica o médico neurologista Felipe Franco da Graça.

“O atraso da medicação, seja por algumas horas ou por dias, pode aumentar o risco de crises convulsivas de pacientes que têm epilepsia, que são aqueles que têm mais chances de ter crises ao longo da vida. Essas crises convulsivas podem ser curtas, que não têm grandes repercussões, mas também podem ser mais longas e de necessidade de internação em UTI e até risco de vida”, explica o médico neurologista Felipe Franco da Graça.

O especialista também afirma que esta medicação não é simples de ser substituída, e pode haver riscos ao tratamento do paciente. Deve ocorrer com bastante antecedência e indicada pelo médico.

Previsão de normalização

A Prefeitura de Campinas afirma que o Carbamazepina existe em duas opções: comprimidos, que teve o abastecimento afetado, e solução oral, que está normalizada.

“O item na forma de comprimidos está em falta porque dois fornecedores não fizeram a entrega. As empresas estão sendo penalizadas. Uma nova licitação foi aberta e o fornecimento estará regularizado em até 30 dias. A Secretaria de Saúde orienta que os pacientes que necessitam desta medicação conversem com o médico para encaminhamento.”, informou a administração municipal, em nota.

Os medicamentos do SUS Campinas também podem ser retirados de graça ou por preços menores por meio do programa “Aqui tem Farmácia Popular”. A pesquisa de remédios disponíveis pode ser feita pela internet, na página da Prefeitura de Campinas referente às medicações.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/09/15/montafarma-cria-modelo-de-farmacia-digital-para-melhor-experiencia-de-compra-no-pdv/

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