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Reputação da indústria farmacêutica está em xeque

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indústria farmacêutica
Foto: Canva

A consultoria PatientView publicou os resultados da 12ª edição da pesquisa “Reputação corporativa da indústria farmacêutica“, segundo avaliação dos pacientes. Entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023, o estudo coletou a opinião de 2.207 grupos de pacientes de todo o mundo sobre o desempenho da indústria farmacêutica em 2022.

Foram 483 grupos na América do Norte, 261 na Ásia, 188 na Leste da Europa, 1002 na Europa Oeste, 10 no Oriente Médio, 239 na América Latina e 19 na África.

Indústria farmacêutica na avaliação dos pacientes

 As 42 empresas avaliadas na pesquisa foram selecionadas com base em volume de faturamento ou a pedido de empresas ou grupos de pacientes. São elas:

AbbVie, Amgen, Astellas Pharma, AstraZeneca, Bayer, Biogen, Biomarin, Boehringer Ingelheim, Bristol Myers Squibb, Chiesi Farmaceutici, CSL Behring, Daiichi Sankyo, Eisai, Eli Lilly, Ferring, Gilead Sciences, Grifols, Grünenthal, GSK, Horizon Therapeutics, Ipsen, Janssen, LEO Pharma, Lundbeck, Menarini, Merck & Co, Merck KgaA, Novartis, Novo Nordisk, Octapharma, Otsuka, Pfizer, Pierre Fabre, PTC Therapeutics, Roche, Sanofi, Sarepta Therapeutics, Servier, Takeda, UCB, Vertex e ViiV Healthcare.

Do total, 88% dos 2.207 grupos de pacientes pesquisados em 2022 disseram que trabalham diretamente com a indústria farmacêutica, sugerindo que tanto os grupos de pacientes quanto a indústria aceitam as relações de grupo farmacêutico-paciente como uma tendência normal e aceitável nos cuidados sanitários.

Ranking dos três primeiros do mundo

O ranking das 15 grandes empresas farmacêuticas avaliadas na pesquisa coloca três grandes indústrias entre o top 3, segundo avaliações de pacientes familiarizados com a empresa e que trabalham com a empresa. Em ambas a categorias, a Roche é a primeira colocada, com Pfizer e Gilead Sciences alterando as posições.

Segundo avaliação de grupos de pacientes pesquisados familiarizados com a empresa

1°: Roche

2°: Pfizer

3°: Gilead Sciences

A partir da avaliação dos grupos de pacientes pesquisados que trabalham com a empresa

1°: Roche

2°: Gilead Sciences

3°: Pfizer

Principais resultados da pesquisa

A preocupação com a Covid-19 diminuiu mundialmente em 2022, mas o aumento da percepção positiva em relação à indústria farmacêutica, incentivada em 2020 e 2021 pela pandemia, permaneceu inalterada em 2022. Grupos de pacientes em todo o mundo continuaram a considerar a indústria farmacêutica como a mais valorizada entre os stakeholders da saúde durante 2022.

A indústria farmacêutica também continuou a melhorar seus resultados (e vem fazendo isso desde 2018) no desempenho de atividades importantes para os pacientes, em particular, as relações da indústria farmacêutica com grupos de pacientes.

Com base nessas conquistas, apenas 32% dos grupos de pacientes pesquisados em 2022 classificaram o setor farmacêutico como “Excelente” ou “Bom” na melhoria do acesso dos pacientes aos medicamentos. Com os problemas relacionados à pandemia não mais em destaque na maioria dos países até 2022, as preocupações com a saúde de longo prazo – em particular, os atrasos que os pacientes enfrentam para receber tratamento – voltaram a se destacar no topo das preocupações.

Globalmente, até 52% dos grupos de pacientes pesquisados consideraram a melhoria do setor farmacêutico “regular ou ruim” no quesito acesso dos pacientes aos medicamentos. O problema de acesso foi sentido de forma particularmente forte na África (e os grupos de pacientes africanos pesquisados consideraram os preços injustos uma das muitas razões).

Segundo o Grupo Regional de Pacientes com Esclerodermia, do Brasil, os pacientes raros de reumatologia se uniram em manifestações e passeatas para conscientizar o governo e a indústria farmacêutica de sua existência.

O Grupo Nacional de Pacientes com Doenças Raras, da Argentina, acredita que as empresas farmacêuticas devem dialogar para negociar os custos junto com o Ministério da Saúde, movimentos sociais e associações de pacientes.

E para o Grupo Nacional de Pacientes com Doença Renal, do México, é preciso ter programas de medicamentos mais baratos para aqueles que têm menos ou que os medicamentos que estão prestes a expirar possam estar disponíveis para pacientes que não possuem recursos suficientes.

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