Dor de cabeça: tipos, cenários e sua presença entre os sintomas do pós-covid-19

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Dor de cabeça é um assunto comum, e não faltam motivos hoje em dia para usarmos este termo. Mas o fato é que todos devem estar atentos aos sinais que esta dor traz.

Com a chegada da pandemia, a dor de cabeça como em um quadro gripal é um dos sintomas relatados na covid-19, mas depois de o paciente estar livre da doença, esta dor tem aparecido entre as principais sequelas que os especialistas têm chamado de síndrome do pós-covid.

Atenção, tratamento adequado e diagnóstico precoce da situação são necessários nos casos em que a dor de cabeça não se limita apenas às preocupações do dia a dia, mas traz o risco de incapacitar o paciente para o trabalho e para a vida, pelo desconforto que perturba o paciente.

Quem fala com autoridade sobre o assunto é o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Funcional, Doutor em Neurociências, Dr. Wuilker Knoner Campos.

O médico neurocirurgião da clínica Neuron Dor em Florianópolis explica que se devem levar em consideração quatro cenários para a dor de cabeça. Atualmente, ele é o responsável técnico pela clínica Neuron Dor, e está à frente do projeto de ambulatório pós-covid, na Neurologia.

De acordo com Dr. Wuilker, tínhamos antes da pandemia uma incidência normal de cefaleias e enxaqueca na população em torno de 30% a 40%.

“Agora, com certeza, com a pandemia, essa incidência vai aumentar. Porque as consequências da doença, junto com outros problemas neurológicos e respiratórios, são o aumento dos mais variados tipos de dor de cabeça. São as cefaleias pós-covid-19.”

Quatro cenários para se observar quando há dor de cabeça
De acordo com Dr. Wuilker, que também é Doutorado em Neurociências pela UFSC, devem-se levar em consideração quatro cenários para a dor de cabeça.

Cenário 1: dor esporádica
“O primeiro cenário é a dor de cabeça que acontece de forma esporádica: após muito tempo de jejum, ou em decorrência de algum tipo de alimentação, estresse, após longos exercícios, comida ou bebida”, cita.

“Esta é uma dor de cabeça mais comum, fica identificado que é só esta dor, não tem outro sinal, e normalmente é frontal e latejante. Então esse tipo de dor de cabeça esporádica, e quando está relacionada ao estresse, também acaba afetando a parte cervical e posterior”, diz.

Neste caso, que é mais de conhecimento popular, o próprio paciente toma o analgésico que está acostumado, que já tem em casa. Porém, mesmo assim, o médico faz um alerta.

“É preciso observar. Se ela for a mais forte já sentida na vida, de forma súbita, já é um sinal de que não é um sintoma bom. Porque você nunca tem dor de cabeça, ou tem dor esporádica, e tem de repente a pior já sentida, e de forma súbita, isso pode chamar atenção para um evento vascular acontecendo”, orienta.

Então, para sintomas súbitos e fortes na cabeça, sempre é necessário lembrar-se de eventos vasculares, do tipo AVC hemorrágicos ou aneurisma cerebral, aí é a cabeça toda que dói, realmente.

“Para esses dois pontos eu chamaria atenção. Quando é aneurisma, súbito temos a dor de cabeça e na nuca, muito forte também. A grande característica deste tipo de dor de cabeça que levanta uma bandeira vermelha de alerta é justamente ser súbito, de repente e muito forte. Pode estar havendo um sangramento cerebral, e isso requer uma condução imediata para um pronto-atendimento, porque trata-se de uma emergência”, alerta o neurocirurgião.

Ainda neste primeiro cenário, há dor de cabeça relacionada a um grande esforço, por exemplo, pós-relação sexual, pós-orgásmica, ou no ato de defecar, que exija esforço físico. E esses esforços podem fazer romper vasos na cabeça e são sinais de alerta.

“E estamos falando de um quadro de diferenciar o que é uma situação habitual, e o que tem um sinal de alerta. Claro, uma dor de cabeça associada a qualquer outro sintoma neurológico, tipo uma paralisia do rosto, numa parte do corpo, sonolência excessiva, também são bandeiras vermelhas de que o paciente deve ser levado a um pronto-atendimento”, ressalta Dr. Wuilker.

“Então, qualquer coisa que passe de uma dor leve sem outros sinais de alerta, deve ser avaliado de forma mais imediata”, diz. Outra coisa é você tomar o remédio habitual e a dor aliviar, é sinal de que está seguindo o curso benigno. Não tendo as bandeiras vermelhas, a tendência é melhorar.

Se piorar, aí realmente deve-se procurar um serviço médico. Dr. Wuilker cita que deve-se observar situações de dor de cabeça esporádica. E fala da diferença entre a dor de cabeça e daquela que é maligna, do tipo que acende a bandeira vermelha ou ‘red flags’. São sinais de alerta.

Cenário 2: quando as dores de cabeça são recorrentes
Dor de cabeça recorrente exige tratamento – Foto: Reprodução/Pixabay
Outro cenário é a pessoa que tem dor de cabeça todo o dia. Pode ser a enxaqueca, mas teremos aí dezenas de tipos diferentes de dores de cabeça e enxaqueca é um tipo. “Os tipos que temos hoje são quando essa dor começa a ser recorrente, semanal, por exemplo. Mais de duas vezes no mês já é recorrente. Uma vez na semana, é sinal de alerta”, diz Dr. Wuilker.

Esta situação acaba já sendo um efeito colateral, ou seja, incapacidade funcional. A pessoa já não consegue mais ter o mesmo desempenho na sua atividade de trabalho, no seu lazer, no seu convívio de família. A dor de cabeça passa a ser uma doença, ou seja, uma disfunção cerebral que você deve tratar, porque está tendo prejuízo na qualidade de trabalho e de vida.

“É o que chamamos de cefaleia crônica diária. A grande característica é que dói a cabeça toda, em aperto, normalmente na região frontal, o pescoço também dói, tem a tensão do dia a dia. Geralmente é mais no fim do dia, depois da ‘batalha’ do dia, posições erradas, estresse do trabalho, etc”, diz o médico da Neuron Dor.

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Terceiro cenário: cefaleia do abuso de analgésicos
“Você está tomando analgésicos para melhorar e está piorando a dor de cabeça. O uso diário ou abuso de analgésicos faz com que você cada vez tenha de tomar mais para poder conter a dor de cabeça. E aí você faz com que o corpo entre num ciclo vicioso de cada vez mais necessitar de analgésicos porque aquela dose não adianta mais hoje. Então precisa aumentar. Semana que vem, a mesma dose não adianta mais. Tem gente que toma, 10, 20 comprimidos por dia para dor de cabeça, sabendo que, na verdade isso está fazendo mal”, revela o especialista.

A cefaléia crônica é uma dilatação dos vasos e isso destende, aumenta a pressão do crânio, e acaba dando essa dor. Pode ser congênito, hereditário, etc. Esse tipo por abuso de analgésico vai merecer um tratamento especial, será necessária uma medicação específica.

Outro tipo de dor de cabeça mais comum é a enxaqueca. É de um lado só e vem acompanhado de outros sintomas, que geralmente não estão na cefaleia crônica, como fotofobia (irritação com a luz), fonofobia (irritação com barulho), a pessoa precisa ficar num lugar fechado, escuro. Ela costuma não ceder com analgésico e durar mais de um dia.

Às vezes têm pacientes que entram em estados enxaquecosos, a pessoa entra numa enxaqueca e perdura até por uma semana, pode causar crise convulsiva, síndrome confusional aguda, sai da órbita, fica como se estivesse com agitação psicomotora e é levado na emergência como se tivesse com abuso de droga.

“E a pessoa na verdade está tendo uma enxaqueca que tira ela do ar. A enxaqueca pode provocar até uma paralisia num lado do corpo. Compromete a função motora, mas normalmente é reversível”, explica o médico da Neuron Dor.

Todo o estado enxaquecoso ou cefaleia crônica tem uma pré-disposição a ter AVC isquêmico no futuro. Sobre o tratamento das cefaleias e enxaquecas, começa mapeando os principais causadores, geralmente relacionados com alimentos: chocolate, queijos, condimentos, temperos industrializados, amendoim, bebida alcoólica, podem ser o estopim. Grandes períodos de jejum também. Então há essa abordagem educacional alimentar.

A abordagem medicamentosa, normalmente tem dois tipos de remédio. Um que é chamado de preventivo, ou seja, o paciente vai ter de tomar todos os dias, para que faça a modulação da dor e diminua a intensidade, até que consiga zerar essa dor.

E se mesmo assim, ocorrer uma crise, será utilizado um medicamento ‘abortivo’, ou seja, que vai abortar a crise e são medicamentos mais fortes do que os analgésicos comuns e servem para abortar as crises. Além disso, existe a acupuntura, técnicas de relaxamento, massoterapia, que podem ajudar.

Quarto cenário: cefaleia pós-covid-19

Quem já teve Covid-19 poderá ter como sequelas variados tipos de dor de cabeça – Foto: Reprodução/Pixabay
O quarto cenário, segundo Dr. Wuilker Campos, é o do pós-covid. Inicialmente, o paciente que tem covid-19 relata como uma dor de cabeça de um quadro gripal. Dói a cabeça toda, pulsa, como um quadro viral.

Saíram da infecção, algumas pessoas podem ter adquirido uma cefaleia crônica, ou seja, a bagunça que o vírus faz quando entra no Sistema Nervoso Central é a anosmia, ou perda do olfato e paladar, ou seja, o vírus entrou no SNC, e tanto o vírus quanto a informação que ele traz, devido a essa enxurrada inflamatória de células produzidas pelo próprio organismo na luta contra o vírus durante a Covid-19.

Explica Dr. Wuilker que podem acontecer três coisas em relação à dor de cabeça no pós-covid:

“Primeira, nada. Segunda, o paciente já tem uma dor de cabeça e pode piorar, necessitando de ajuste de medicação, e a terceira é aquela pessoa que não tinha nada e começou agora a ter enxaqueca, cefaleia, ou seja, ela nunca teve nada e agora tem uma doença crônica.”

“Essa é uma das ‘heranças’ que a pandemia está deixando para as pessoas. Que é justamente a dor de cabeça diária. E o tratamento segue a mesma linha dos tipos existentes. Define-se com qual tipo a pessoa ficou e a partir disso, orientamos medicamentos ou terapias”, relata o especialista.

Incidência de dores de cabeça tende a aumentar

“Vai ter de ser feita uma releitura da dor de cabeça porque vai aumentar a incidência”, opina o médico, que está à frente do projeto de ambulatório pós-covid, na neurologia da clínica Neuron Dor.

“O sintoma que eu mais vejo como ‘herança’ da pandemia é a cefaleia. Depois, alguma alteração de humor, como depressão e ansiedade, e insônia. São os grandes legados ruins que a infecção tem causado”, avalia.

“Normalmente, tratamos cerca de dois meses, a pessoa alivia e consegue sair da dor de cabeça. Mas quanto mais precoce o tratamento, maior a chance de não cronificar. Mas se demora, abusa de remédio, contribui para a cronificação da dor de cabeça. Acha que vai passar e às vezes pode ficar para sempre e inclusive, pode se tornar incapacitante. Dor de cabeça incapacita no convívio, no humor, relacionamentos, qualidade de vida, ou seja, há um risco de a pessoa morrer em vida devido às dificuldades de viver com a dor de cabeça”, alerta o médico.

Sobre a Neuron Dor

No Hospital-Dia são realizadas consultas, exames, tratamentos, cirurgias e acompanhamento de pacientes, prioritariamente ambulatoriais de baixa complexidade, utilizando alta tecnologia para internações de no máximo 12 horas. O Centro de Tratamento de Dor Crônica Neuron Dor conta ainda com acesso para ambulâncias, sala de cirurgia e apartamentos com leitos para recuperação de pós-cirúrgico.

A clínica, em sua estrutura, também oferece consultas de encaixe rápido, sala de pequenos procedimentos e curativos, estimulação magnética transcraniana, e atendimentos em psiquiatria, psicologia, fisioterapia, acupuntura, neurologia, neurocirurgia, coluna vertebral, medicina da dor e dor oncológica.

A Neuron Dor aposta também na educação do paciente e na formação de profissionais de saúde, bem como em pesquisa através de parceiras com instituições de renome.

Fonte: ND Mais

Pesquisa investiga relação entre anticoncepcionais e câncer de mama

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Ao comparar como diferentes progestágenos – um dos principais componentes dos anticoncepcionais – afetam o tecido mamário de mulheres, pesquisadores da Escola Politécnica Federal de Lausanne (EPFL), na Suíça, concluíram que algumas dessas substâncias podem estimular a proliferação de câncer de mama mais do que outras. Publicado pelo periódico EMBO Molecular Medicine nesta quinta-feira (27), o estudo lista três progestágenos que deveriam ser evitados pelo público: desogestrel (DSG), gestodeno (GSN) e levonorgestrel (LNG).

Os progestágenos (ou “progestinas”) são derivados sintéticos da progesterona – hormônio sexual que, nas mulheres, desempenha um papel-chave em processos biológicos como o ciclo menstrualgravidez e desenvolvimento fetal. No estudo, pesquisadores investigaram como células epiteliais de mama humanas normais (HBECs, na sigla em inglês) reagem aos efeitos da exposição prolongada de seis progestinas amplamente usadas em anticoncepcionais mundo afora: desogestrel (DSG), gestodeno (GSN), levonorgestrel (LNG), acetato de clormadinona (CMA), acetato de ciproterona (CPA) e drospirenona (DSP).

Para isso, eles desenvolveram o que chamaram de glândulas mamárias de camundongo “humanizadas”: nos dutos de leite de roedores, foram enxertadas amostras de HBECs extraídas de mulheres que haviam realizado a cirurgia de mamoplastia redutora. Isso, segundo os especialistas, garantiu que fosse estabelecido um modelo pré-clínico relevante para a investigação.

Ao final da pesquisa, a equipe dividiu as progestinas em duas categorias: aquelas com atividades anti-androgênicas (CMA, CPA e DSP) e as androgênicas (DSG, GSN e LNG) – termo que se refere às substâncias que estimulam o desenvolvimento de características masculinas, como pêlos e massa muscular. Os resultados surpreenderam o grupo: enquanto essas últimas induziram a expressão de uma proteína que desempenha um papel importante na proliferação celular no epitélio mamário – a Rankl –, as anti-androgências não o fizeram.

“Ficamos surpresos ao descobrir que alguns deles [progestágenos] estimulam a proliferação celular na mama, enquanto outros não”, comenta Cathrin Brisken, pesquisadora da Escola de Ciências e Vida da EPFL e líder do estudo, em comunicado. De acordo com Fabio De Martino, ainda, especialista em câncer que também participou do estudo, a exposição de células mamárias humanas a progestágenos androgênicos por períodos prolongados causou “hiperproliferação e mudanças nas células que estão associadas a lesões pré-malignas precoces”.

O estudo sugere que, ao evitar contraceptivos hormonais com propriedades androgênicas – como o GSN, DSG e LNG, sendo este último um fármaco presente na chamada “pílula do dia seguinte” –, as mulheres podem reduzir o risco relativo de desenvolver câncer de mama. A pesquisa aponta, ainda, três opções que se mostraram “mais seguras” durante os testes – isto é, os anti-androgênicos: CMA, CPA e DSP.

Os pesquisadores recomendam que estudos clínicos sejam realizados para apoiar (ou refutar) as hipóteses levantadas pela investigação – que fez uso de modelos ex vivo e de xenoenxerto –, mas afirmam que os resultados abrem novas oportunidades para a prevenção do câncer de mama, uma vez que podem auxiliar não só decisões individuais, como políticas públicas em torno dos anticoncepcionais. “Pode ser possível prevenir o câncer de mama associado à contracepção, fazendo escolhas mais informadas, levando em consideração a composição molecular de um contraceptivo”, argumenta Brisken.

Fonte: Revista Galileu

Covid-19: consumir álcool ou aspirina, o que não se deve fazer depois de ser vacinado

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Há determinados comportamentos que se deve evitar ter depois de receber a vacina contra a Covid-19. Consumir bebidas alcoólicas em excesso e medicar-se com paracetamol ou aspirina são alguns deles.

A aspirina é um dos medicamentos recomendados para aliviar os efeitos secundários das vacinas. No entanto, uma parte da população passou a tomá-la como forma de prevenir coágulos sanguíneos que algumas vacinas podem causar, uma vez que há estudos científicos que sugerem que o ácido acetilsalicílico previne tromboses ou AVC’s.

No entanto, Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências do ministério da Saúde de Espanha, explicou ao jornal ‘El Economista’ que não acredita que seja necessário tomar o medicamento, podendo até ser prejudicial.

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“Acho que tomar ácido acetilsalicílico não vai mudar substancialmente nenhum risco para ninguém. A aspirina, como qualquer outro fármaco, tem efeitos colaterais”, afirmou.

Quanto ao paracetamol, a Sociedade Espanhola de Medicina Familiar e Comunitária elaborou uma diretriz, na qual afirma que não é necessário recomendar sistematicamente o uso de paracetamol para prevenir possíveis efeitos secundários da vacina.

Segundo o órgão, o correto será tomar paracetamol após a vacinação somente se forem verificadas reações adversas. De outra forma, o fármaco não é recomendado, pois não tem qualquer utilidade.

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Por último, quanto ao álcool, Sheena Cruickshank, professora e imunologista da Universidade de Manchester, explicou que quando uma pessoa consome bebidas alcoólicas na noite anterior ou alguns dias depois de ser vacinada, o sistema imunológico não funciona totalmente, o que pode prejudicar o objetivo final da vacinação.

Conclusão também a que chegou Ronx Ikharia, especialista em medicina de emergência. Também a Sociedade Espanhola de Imunologia lembra que o consumo de álcool e drogas tem um efeito imunossupressor.

Assim, a recomendação sobre o álcool é de um alerta: é uma substância que, quando consumida em excesso, afeta o sistema imunológico, responsável por gerar defesas contra o vírus Covid-19.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Máscaras contra a Covid-19: guia mostra os melhores tipos e as combinações mais eficientes

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Máscaras protegem quem usa e a comunidade ao redor, conforme estudos e alertas unânimes dos cientistas. As orientações vão na contramão da proposta do presidente Jair Bolsonaro de tornar não obrigatório o uso de máscaras por pessoas vacinadas ou que já tiveram a Covid-19.
Nesta reportagem, especialistas analisam as melhores opções de máscaras disponíveis. Em 8 tópicos, entenda abaixo o essencial sobre:
Máscaras PFF2 (ou N95)
Máscaras elastoméricas
Máscaras com válvula
Máscaras cirúrgicas ou de procedimentos
Máscaras de pano
Máscaras KN95
Máscaras de outros tipos
Máscaras para crianças

Veja em detalhes:
1) Máscaras PFF2 (ou N95)

Enfermeira usa máscara do tipo PFF2 e outros equipamentos de proteção individual (EPIs) em Madri, na Espanha, no dia 3 de fevereiro. — Foto: Juan Medina/Reuters
A PFF2 é uma máscara descartável, mas que na pandemia tem sido reutilizada em ambientes não hospitalares. Elas são capazes de filtrar partículas muito pequenas contendo o coronavírus. A sigla PFF significa “peça facial filtrante”. Veja mais detalhes sobre as PFF2.

Nos Estados Unidos, elas são conhecidas sob o nome de N95. No Brasil, você não verá esta sigla na embalagem de uma PFF2, mas elas são equivalentes.
Em termos de proteção, a PFF2 é, para a população em geral, a melhor opção para evitar o contágio pelo coronavírus. Isso porque ela alia os fatores filtragem + vedação da forma mais eficiente: tem alta capacidade de filtragem e, se ajustada corretamente, não deixa folgas no rosto pelas quais o vírus pode entrar.
Veja, no vídeo abaixo, como usar corretamente as máscaras deste tipo:

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O que devemos saber sobre as máscaras PFF2/ N95
As PFF2 requerem relativamente poucos cuidados de uso – é preciso checar se o ajuste está correto, deixar a máscara “descansando” por alguns dias antes de reutilizar e, na hora de usar de novo, verificar se está em boas condições – sem rasgos ou com os elásticos frouxos, por exemplo.
Se você não se adaptar aos elásticos na cabeça, também há opções de PFF2 certificadas com elásticos nas orelhas. Em termos de preço, as PFF2 também são vantajosas: elas custam, em média, de R$ 2 a R$ 10 a unidade. Uma busca online, em lojas de equipamentos de proteção individual (EPIs) ou de materiais de construção pode ajudar a achar ofertas.

Em farmácias, elas costumam ser mais caras. Alguns revendedores também têm praticado preços bem acima da média, como R$ 60, R$ 70 ou até mais altos.
Há perfis em redes sociais e sites voltados a fazer levantamentos periódicos de marcas, preços e dicas de ajustes para cada tipo de rosto. Há levantamento de preços até por estado e com informações sobre as marcas.

2) Máscaras elastoméricas

Profissional de saúde usa máscara elastomérica para cuidar de paciente com Covid-19 no Hospital Royal Papworth, em Cambridge, na Inglaterra, em maio de 2020. — Foto: Neil Hall/Pool via Reuters
A máscara elastomérica é o modelo que a profissional de saúde está usando na foto acima. Ela pode ser semifacial (quando cobre o nariz e a boca) ou inteira (cobre também os olhos). Normalmente é feita de materiais como silicone e/ou borracha. No Brasil, esse tipo de máscara costuma ter uma válvula de exalação (veja detalhes sobre as válvulas no tópico 3).

Entre as principais vantagens da elastomérica em relação a outros tipos de máscara – inclusive as PFF2 – estão a melhor vedação, a possibilidade de reutilização por mais tempo e o potencial de filtragem maior. A médio e longo prazo, elas também saem mais baratas.

O professor de computação Pedro Fernandes, que mantém uma página na internet sobre máscaras, destaca que as elastoméricas são leves. Além disso, na avaliação dele, elas se ajustam melhor ao rosto, são mais confortáveis e fáceis de respirar do que as PFF2.
“Os elásticos [das elastoméricas] são mais fortes, o silicone se amolda ao rosto, enquanto que, na PFF2, você tem que ficar testando qual modelo fica bem em você”, compara Fernandes.

Modelos de máscaras elastoméricas — Foto: Reprodução
Com a pandemia, alguns especialistas e órgãos internacionais têm recomendado as elastoméricas também para profissionais de saúde – principalmente em contextos em que há falta de máscaras do tipo PFF2/N95, como nos Estados Unidos e no Canadá.
Mas, nesses países, já existem elastoméricas disponíveis sem válvulas de exalação; modelos desse tipo ainda não estão regulamentados no Brasil.
Justamente por terem a válvula de expiração, elas não são recomendadas para uso em serviços de saúde, nem de forma geral, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):

“As máscaras com válvula de expiração não são indicadas para uso na assistência à saúde durante a pandemia e nem para controle de fonte (incluindo na comunidade), pois ela permite a saída do ar expirado pelo seu usuário que, caso esteja infectado, poderá contaminar outras pessoas próximas e o ambiente”, disse a agência em resposta ao G1 sobre o uso de máscaras com válvula.

Padre Julio Lancelotti usando máscara elastomérica enquanto distribui comida em São Paulo no dia 21 de abril. — Foto: Reprodução/Twitter @pejulio
Originalmente, a intenção era que as elastoméricas fossem usadas em ambientes industriais ou de minas. Nesses lugares, é importante proteger quem usa das substâncias que estão no ambiente, mas a proteção de outras pessoas do ar expirado pelo usuário da máscara não é necessária.
Além da questão da válvula, a elastomérica também requer alguns cuidados de higienização adicionais – que as PFF2 não têm – e a troca do cartucho de filtragem periodicamente.
Outro ponto é que elas são grandes e cortam o campo de visão de quem está usando, avalia Raquel Wahl, psicóloga clínica de Campo Grande (MS) que começou a vender PFF2 durante a pandemia.
“E o óculos não encaixa direito. Então eu acabo usando para coisas muito específicas, quando me sinto um pouco mais exposta. Mas, para outras situações, eu uso PFF bem vedada, que dá na mesma”, diz Wahl.

3) Máscaras com válvula

Enfermeira usa máscara com válvula em UTI de pacientes com Covid-19 em Atenas, na Grécia, no dia 29 de abril. — Foto: Giorgos Moutafis/Reuters
Nas PFF2 valvuladas, a pessoa que usa está protegida de forma similar à que estaria se usasse uma PFF2 sem válvula (o ar não entra pela válvula). Se ajustada corretamente – assim como as PFF2 sem válvula – a valvulada fornece boa proteção, porque tem os mesmos índices de filtragem das não valvuladas.
O problema é que, como a válvula é de exalação, ela serve para facilitar a saída de ar. Nessa saída, se a pessoa que está usando a máscara estiver com o coronavírus, ela pode expelir partículas virais, ainda que em pequena quantidade, e infectar outras.

Conforme visto na pergunta 2, a Anvisa NÃO recomenda o uso de máscaras com válvula nem por profissionais de saúde, nem de forma geral.
O uso de máscaras com válvula na pandemia só é permitido por profissionais de saúde de forma excepcional, quando houver escassez das máscaras não valvuladas. Mesmo assim, a exceção não se aplica a centros cirúrgicos, conforme uma nota técnica de fevereiro de 2020 da agência:
“No cenário atual da pandemia e em situações de escassez, em que só tenha disponível este modelo de máscara com válvula expiratória no serviço de saúde, recomenda-se o uso concomitante de um protetor facial, como forma de mitigação para o controle de fonte. Porém, a exceção a esta medida de mitigação é o Centro Cirúrgico, onde estas máscaras NÃO devem ser utilizadas, por aumentar o risco de exposição da ferida cirúrgica às gotículas expelidas pelos profissionais e assim podem aumentar o risco de infecção de sítio cirúrgico.”

Na avaliação da cientista Melissa Markoski professora de biossegurança da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), as máscaras valvuladas devem ser, no geral, evitadas.
Uma possível exceção é durante atividade física feita distante de outras pessoas. Isso porque a válvula da máscara facilita a expiração do ar – torna mais fácil respirar durante esforço físico intenso.
“Se a pessoa tem uma máscara valvulada e vai correr, em um ambiente em que não vai entrar em contato com outras pessoas, aí, tudo bem, porque está facilitando a sua exalação de ar”, explica. “Longe de outras pessoas, [em que] que não corre risco de contaminar”.

A cientista Beatriz Klimeck, doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), faz ponderação semelhante.
“Se você está procurando uma máscara melhor e falando para as pessoas que a solução da pandemia envolve uma máscara melhor, eu não entendo que uma máscara valvulada resolve esse problema”, pontua Klimeck, uma das responsáveis pela página “Qual Máscara?” na rede social Twitter.

Foto mostra profissional de saúde usando roupas protetoras e máscara com válvula na pandemia de Covid-19 no dia 24 de novembro de 2020 em Kiev, na Ucrânia. — Foto: Gleb Garanich/Reuters
Um estudo de simulação feito pelo NIOSH, nos Estados Unidos, com 13 modelos de máscaras valvuladas (N95 ou N99), apontou que, mesmo que deixassem passar mais da metade das partículas emitidas pelo usuário simulado (até 55%), as N95 ou N99 com válvula ainda conseguiam conter as partículas melhor, de forma geral, do que as máscaras cirúrgicas, de procedimentos ou de pano, que não tinham certificação.

No Brasil, as máscaras com válvula estão proibidas pela Anvisa em aviões e aeroportos desde 26 de março.
4) Máscaras cirúrgicas ou de procedimentos

Médico de emergência em Madri, na Espanha, coloca máscara contra o coronavírus no dia 2 de março. — Foto: Juan Medina/Reuters
Depois das PFF2 – com ou sem válvulas – as máscaras cirúrgicas e/ou de procedimentos são as mais eficientes na filtragem de partículas. Isso porque elas são feitas de tecido não tecido (TNT) – que podem ser de vários tipos e ter várias camadas.
Em um estudo, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) viram que, depois das PFF2 – que tiveram 98% de eficiência de filtragem de partículas –, as máscaras cirúrgicas e de procedimentos tiveram eficiência de 87% a 91% na filtragem, conforme a quantidade de camadas. Quanto maior a quantidade de camadas, maior foi a eficiência.
Embora tenham a seu favor a eficiência de filtragem, o problema das máscaras cirúrgicas e de procedimentos costuma ser a vedação – elas acabam deixando folgas no rosto.
Para mitigar o problema da vedação dessas máscaras, existem algumas opções:
escolher máscaras que têm um clipe nasal – pedaço de arame ou plástico que ajuda a ajustar a máscara ao nariz e evitar folgas;
combiná-las com máscaras de pano (veja pergunta abaixo);
dar um nó nos elásticos da máscara, para ajustá-la mais rente ao rosto (mas preste atenção, pois isso pode acabar criando, também, uma folga):
ajustá-las ao rosto com uma “cinta de máscara”.

Imagens de exemplo do CDC mostram como reduzir as folgas (que aparecem na figura A) na máscara de procedimentos (figura C) e como combiná-las (na figura B) para diminuir a chance de contágio pelo coronavírus. — Foto: Reprodução/CDC
5) Máscaras de pano

O estudo da USP que testou a eficiência de filtragem das PFF2 e das cirúrgicas (veja pergunta 4) também constatou que as máscaras de pano, de forma geral, tinham baixíssima eficiência de filtragem:
Algodão: as máscaras de algodão tiveram, no geral, 40% de eficiência de filtragem – o que significa que 60% das partículas conseguiam passar pela máscara. Algumas máscaras testadas filtravam apenas 20% das partículas; outras alcançavam 60%. Essa diferença ocorreu por causa de diferenças na grossura, malha e outras propriedades do tecido.
Um detalhe é que, no caso das máscaras de algodão, adicionar uma segunda camada ajudou a aumentar a eficiência de filtragem, mas uma terceira camada não mudou significativamente essa eficiência.
Espuma de poliuretano laminado: tiveram, no geral, 25% de eficiência de filtragem (75% das partículas passavam pela máscara).
Mistura de 70% poliéster e 30% resina: no geral, tiveram apenas 12% de eficiência de filtragem (88% das partículas passavam pela máscara).

Além disso, os pesquisadores da USP também pontuaram a necessidade de um clipe nasal na máscara, independentemente do material. Isso porque o clipe ajuda a aumentar a vedação; sem ele, a pessoa acaba respirando o ar não filtrado pelas folgas entre o nariz e o rosto.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que as máscaras tenham, no mínimo, 70% de eficiência de filtragem.
Os outros materiais que não alcançaram esse percentual mínimo nos testes da USP foram o papelão, com 69%, e a microfibra, com 51%.
Outros materiais, como o neoprene e misturas de tecidos, tiveram alta eficiência (78% e 83%, respectivamente), mas, em compensação, acabavam dificultando a respiração.
No início de fevereiro, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) anunciou que usar duas máscaras – uma de procedimentos médicos e uma de pano por cima– poderia bloquear até 96% das partículas que carregavam o coronavírus se ambas as pessoas em uma situação usassem essa combinação.
No caso de apenas uma delas usar as duas máscaras, a pessoa que está usando tem a exposição reduzida em 83%. Ou seja: uma forma de aumentar a baixa proteção oferecida pelas máscaras de pano é combiná-las com as máscaras cirúrgicas ou de procedimento.
6) Máscaras KN95

Em tese, as KN95 são o equivalente chinês das PFF2 brasileiras e das N95 dos EUA. Existe ao menos uma marca que, de fato, tem uma KN95 certificada no Brasil (veja nas fotos abaixo).

Exemplo de KN95 certificada com elásticos nas orelhas. — Foto: Arquivo pessoal/Raquel Wahl

O G1 consultou o CA 44.582 no “consultaca” e a certificação estava válida, com vencimento em 2 de setembro de 2025, até a última atualização desta reportagem. É possível buscar máscaras para compras online também pelo número do CA.
Note na foto abaixo que, no modelo certificado, a parte de dentro é cinza, e não branca:

Parte de dentro de modelo certificado de KN95. — Foto: Arquivo pessoal/Cecília Morais
O problema, entretanto, é que muitas KN95 são falsificadas, importadas sem certificação ou não são testadas.
Em maio de 2020, a Anvisa listou 51 marcas de máscaras do tipo KN95, importadas da China, que não conseguiram comprovar uma eficiência de filtragem mínima. Veja na tabela abaixo:
Máscaras do tipo N95 com filtragem ineficiente

Fabricante
Modelo do Respirador
País de Fabricação
Allmed
KN95 Particulate Respirator LP220002
China
Bei Bei (Dong Shan) Protective Supplies Co., LTD
B707
China
Changsha JNEYL Medical Equipment Co., Ltd
JN-9501
China
Chengde Technology Co.
KN95 (PM 2.5) Protective Mask
China
China Nano Technology Co., Ltd
ZN6005 ZN8005
China
Creative Concepts Manufacturing Ltd
02669, 02676, KN95
China
CTT CO. Ltd.
KN95
China
Dongguan Huagang Communication Technology C. Ltd
KN95-A; KN95-B
China
Dongguan Leihuo Medical Device Co., LTD
CPFM-100, CPFM-101, LH-KN95
China
Dongguan Xianda Medical Equipment Co., Ltd
KN95
China
Fujian Pageone Garment Co., Ltd
KN95
China
Fujian Yongtai Sanlian Garment Co., Ltd.
N95
China
Guangzhou Aiyinmei Co., LTD
A&F KN95
China
Guangdong Fei Fan MStar Technology Ltd.
KN95
China
Guangzhou Improve Medical Instruments Co., LTD
PPDS N95 Respirator and Surgical Mask Model No. PPDS Ear Hook M
China
Guangdong Nuokang Medical Technology Co., Ltd.
KN95
China
Guangzhou Sunjoy Auto Supplies Co., LTD
Earhook folding type K1-K100 Headband folding type K1-K100
China
Guangdong ZhiZhen Biological Medicine Co., LTD
KN95
China
Henan Fengzhihuang Industrial Co., Ltd
HF/KN95-3
China
Huizhou Huinuo Technology Co., LTD
HV-N White 9501A, HV-N White 9501B
China
Huizhou Jiahe Cubic Technology Co., LTD
KN95
China
Huizhou Lexuslance Technology Co. Ltd
LK-003
China
Improve Medical (Hunan) Co. Ltd.
PPDS Strap Headband M PPDS Ear Hook M
China
Jiangsu Weichuangli New Materials Co., Ltd.
WCL-0075
China
Jiangsu Yimao Filter Media Co., Ltd
9570K
China
Jiangxi Hornet Industrial Co. Ltd.
S-KN95
China
Jinhua Jiadaifu Medical Supplies Co. Ltd
KN95 FFP2
China
Jinan Vhold Co., LTD
VH-95
China
Juntech (Jiaxing) Healthcare Materials Co. Ltd
KN95
China
Lanshan Shendun Technology Co.
SD-KN95-01, SD-KN95-02, SD-KN95- C01, SDKN95-C02
China
Panzhihua Gangcheng Group Yasheng Industrial Co., Ltd.
KN95
China
Qingdao Orphila Medical Technology Co. LTD.
OM-KN95-FFP2
China
Qingyuan Leite Technology Development Co.
GV-0095A, GVHKN95
China
Raxwell Industrial Technology (Shanghai) Co., Ltd.
RX9501
China
Shandong Daddy’s Choice Health Science and Technology Co., Ltd
Purism KN95
China
Shandong Shengquan New Material Co., Ltd
SNN70370B (Willow leaf form valveless)
China
Shanghai Yunqing Industrial Co.,Ltd.
YQD95 KN95
China
Shauguan Taijie Protection Technology Co. Ltd.
KN95
China
Shenzhen Horb Technology Corp., Ltd
1.7.02.02.0001
China
Shenzhen Missadola Technology Co., Ltd, dba 1AK Medical Supplies
2626-1 KN95
China
Tianjin Benmo Medical Equipment Co., Ltd.
KN95
China
Weini Technology Development Co., Ltd
KN95 958, KN95 951
China
Yiwu Henghao household products Co., Ltd
HH-KN95-001
China
Yiwu Yifan Knitting Co. Ltd
KN95
China
Zhangzhou Easepal Industrial Corp.
MASK-104
China
Zhejiang Baiyi Intelligent Garment Co LTD
KN95
China
Zhejiang Shengtai Baby Products Co Ltd
KN95
China
Zhende Medical Co., LTD
N9501F
China
Zhengzhou Ripe Medical Technology Co., LTD
Disposable Protective Mask KN95
China
Zhengzhou Wanshenshan Healthcare PPE Co., Ltd.
KN95
China
ZhongKang protective equipment technology (Guangzhou) Co., Ltd
ZK601
China
Fonte: Anvisa

O site “consultaca” permite consultar se o certificado de aprovação de uma máscara PFF2 está válido. Normalmente, elas têm uma certificação (simbolizada pela sigla “CA”) emitida pelo Ministério da Economia, mas, na pandemia, a obrigatoriedade do CA está suspensa.
7) Máscaras a evitar

Que tenham material como tricô, crochê, poliuretano, poliéster, microfibra, papelão e similares. Esses materiais deixam buracos por onde o vírus pode entrar ou não têm capacidade de filtragem suficiente (veja pergunta 5). Verifique a composição do material da máscara antes de comprar.
De vinil, transparentes ou do tipo M85;
Que não bloqueiem a luz (significa que tem buracos por onde o vírus pode entrar);
Que deixem folgas no rosto;
Que não cubram de forma adequada o nariz e a boca (por serem pequenas ou curtas demais);
Que tenham apenas uma camada (seja de tecido ou de procedimentos/cirúrgica);
Polainas de pescoço (veja vídeo abaixo).

–:–/–:–

VÍDEO: Comparativo de máscaras, segundo estudo publicado na ‘Science’
Faça o teste: se você consegue apagar uma vela com a sua máscara, ela não está adequada. Veja os tipos proibidos pela Anvisa em aviões e aeroportos.
8) E as crianças?

Crianças checam a temperatura em um robô em uma demonstração em uma escola primária em Madri, no dia 4 de setembro, em meio à pandemia da Covid-19. — Foto: Paul White/AP

Na época da publicação da primeira reportagem do G1 sobre as PFF2, não havia, ainda, máscaras desse tipo para crianças. Isso porque elas são um equipamento de proteção individual (EPIs), para trabalho, e, portanto, certificadas pelo Ministério da Economia (antigo Ministério do Trabalho e Emprego).
Agora, ao menos duas marcas nacionais já lançaram máscaras do tipo PFF2 específicas para crianças, segundo o G1 apurou.
A única diferença em relação aos modelos para adultos é que elas não têm a certificação de aprovação (CA). Segundo ambas as marcas, as PFF2 infantis são feitas do mesmo material que as de adulto, conforme as normas técnicas da Anvisa e do Ministério do Trabalho/Economia.

Fonte: G1

Ozonioterapia ajuda na recuperação de pacientes com Covid-19 em Teresina

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O portal piauihoje.com está com uma nova colunista. Trata-se da fisioterapeuta e doutora em Saúde Coletiva, Mariana Sanchez. Mariana também é Mestre em Ergonomia (UNESP), coordenadora do curso de graduação de Fisioterapia da faculdade Estácio, docente dos cursos de pós-graduação em Saúde em habilitação em Ozoniotrapia, membro da Câmara Técnica do Conselho Federal de Fisioterapia e proprietária da Clínica Mariana Sanchez Fisioterapia Integrativa.

coluna de saúde de Mariana Sanchez é um espaço para divulgar o trabalho dos profissionais da área, ampliar as possibilidades de tratamento que existem e falar de saúde de uma maneira simples, transmitindo a informação para a população com uma linguagem compreensível. A coluna também traz uma reflexão sobre a ciência nos dias de hoje.

O Piauihoje.com conversou com a fisioterapeuta, que vem desenvolvendo um importante trabalho nos pacientes que adquiriam Covid-19 em Teresina. Apesar de ainda ser pouco reconhecida, a terapia complementar de ozonioterapia traz uma melhora significativa no quadro dos pacientes acometidos pela Covid-19. Mariana explicou um pouco sobre a técnica.

“O tratamento da ozonioterapia é feito com o gás ozônio que entra no corpo do paciente por diversas vias, dependendo da necessidade de cada paciente. O gás pode ser aplicado direto nas articulações, pode ser aplicado via retal ou misturando com o sangue e retransfundir o sangue ozonizado. É uma terapia muito segura, que existe desde a primeira Guerra Mundial. É muito desenvolvida em países como a Alemanha, Rússia, China, Cuba”, explica a fisioterapeuta.

Segundo Mariana Sanchez, o ozônio tem propriedades que atua em diversas vias do corpo. Ela vem sendo uma terapia complementar muito positiva aos pacientes com Covid, fazendo com que eles diminuam a infamação, negativem o vírus mais rapidamente e melhora a oxigenação. Também ajuda a reduzir a fadiga e a febre. O tratamento complementar da Covid depende da fase em que o paciente está. Em média, o tratamento é de 5 a 15 dias para esses pacientes.

“Aqui em Teresina, a ozonioterapia ainda é pouco reconhecida, na verdade em todo Brasil. A gente vem desenvolvendo um trabalho grande, mostrando esse reconhecimento através de pesquisas, divulgação. Hoje, a ozonioterapia é liberada pelos Conselhos de Fisioterapia, Biomedicina, Enfermagem e Farmácia. A gente está trabalhando para melhor reconhecimento dessa terapêutica que é tão eficaz e que vem sendo um adjuvante tão importante no tratamento da Covid-19”, frisa.

Atualmente, existe publicada bastante fundamentação cientifica da ozonioterapia. Somente em relação à Covid-19, são 22 artigos publicados. No total, 721 pacientes que utilizaram a ozonioterapia como tratamento complementar da Covid apresentaram resultado positivo. É um trabalho fundamentado através de pesquisas.

“Já tratei 72 pacientes com Covid e todos ficaram 100% recuperados, sem sequelas. Aqui em Teresina a gente vem trabalhando aos poucos. Os pacientes que fazem o tratamento veem que a ozonioterapia foi fundamental para a recuperação e acabam divulgado”, diz Mariana.

Conclui-se que a ozonioterpia vem sendo uma aliada tanto no tratamento da Covid-19, como também no tratamento das sequelas.

“A Covid atua em dois níveis:  o nível inflamatório que é uma alteração sistémica no organismo da pessoa e uma alteração respiratória. O ozônio vai combater essa inflamação porque ele é um antiflamatório sistêmico e ele oxigena o tecido. Então, o ozônio vai melhor a oxigenação, diminuindo o desconforto respiratório do paciente. Na síndrome do pós-Covid, ele atua melhorando a fadiga e a parte respiratória”, explica.

OZONIOTERAPIA TRATA VÁRIAS DOENÇAS

De acordo com Mariana, a ozonioterapia é indicada para tratar diversas doenças. Geralmente não existe contraindicação absoluta para a ozonioterapia, exceto se o paciente tiver uma deficiência relacionada à enzima G6PD.

“Temos publicações de artigos científicos que mostram a eficácia do tratamento de doenças crônicas, doenças respiratórias e atualmente temos 27 artigos publicados com tratamento complementar da Covid-19, além de comprovar eficácia no tratamento da diabetes, feridas, dores na coluna e no joelho, cientificamente são essas as áreas que comprovam a sua eficácia”, defende a fisioterapeuta.

O tempo de tratamento depende de cada problema de saúde. Alguns pacientes utilizam poucas, paciente problema de dor articular por exemplo. Já outros pacientes precisam de um tratamento mais prolongado, que têm doenças crônicas, respiratórias, diabetes, etc, podendo chegar até seis meses de acompanhamento.

A ozonioterapia não possui efeitos colaterais significativos. O que o paciente pode sentir é ânsia, sonolência, relaxamento. Se ele não tiver se alimentado bem antes da ozonioterapia, ele pode ter uma sensação de desmaio porque o ozônio é hipoglicimiante, ou seja, ele abaixa o nível de açúcar do sangue. Mas essas sensações são muito raras.

O paciente com Covid vai obter várias respostas como diminuição da inflamação no corpo, melhoramento da oxigenação ele também vai ativar as enzimas antioxidante, o que previne o processo de envelhecimento.

Fonte: Piauí Hoje

SP vai distribuir produtos de higiene menstrual para alunas de escolas estaduais

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Na última segunda-feira (14), o Governo do Estado de São Paulo anunciou o lançamento do Programa Dignidade Íntima. De acordo com o governador João Dória, o intuito é distribuir produtos de higiene menstrual para alunas da rede estadual de ensino.

O programa visa apoiar todas as estudantes da rede estadual, mas será aplicado um critério de prioridade baseado na situação de vulnerabilidade da aluna.

Segundo informações oficiais, serão R$ 30 milhões de verba aplicada pela Secretaria da Educação a partir do mês de julho.

Pobreza menstrual

Dados do governo informam que a rede estadual conta atualmente com 1,3 milhão de alunas em idade menstrual (entre dez e 18 anos). Mais de 500 mil estão cadastradas no CadÚnico e consideradas vulneráveis, sendo 330 mil estudantes vivendo em extrema pobreza. Mais de 290 mil alunas recebem o Bolsa Família, do Governo Federal.

A simples atitude de ter um absorvente em mãos nesses dias pode fazer grande diferença na rotina diária. João Dória, ao anunciar a novidade em seu Instagram, chamou atenção para um fato alarmante: “Pouca gente sabe, mas milhares de estudantes deixam de ir às aulas quando estão menstruadas”, disse ele na legenda.

Fonte: VIX

Grace aposta no canal farma para crescer no Brasil

Grace aposta na indústria farmacêutica para crescer no BrasilA empresa química norte-americana W. R. Grace & Co escolheu a indústria farmacêutica como uma plataforma-chave de expansão no mercado brasileiro.

A companhia é líder global em sílicas especiais, oferecendo qualidade e reprodutibilidade incomparáveis ​​de seus produtos químicos finos, resinas de cromatografia, excipientes de formulação e silicas para entrega de ingrediente ativo para as indústrias farmacêutica e nutracêutica.

A sílica gel pode ser definida como uma matéria-prima multifuncional. O know-how da Grace permite que a empresa adapte seus produtos especificamente às necessidades do cliente. Por exemplo, quando adicionada diretamente ao medicamento, a sílica permite a absorção de umidade e proporciona fluidez aos pós, além de evitar que eles se desintegrem durante o processo de compressão. As sílicas Grace também protegem sachês e cápsulas contra os efeitos nocivos da umidade durante o armazenamento e o consumo.

Há 67 anos no Brasil, a empresa atende diversas indústrias no país. Sua divisão de Consumer & Pharma é o maior subsegmento dentro dos negócios de Materials Technologies em nível global e na América Latina. “Nosso volume de vendas nessa região tem grande relevância e merece destaque. Segundo estimativas de mercado, o Brasil tem a maior projeção de crescimento no consumo de medicamentos até 2024, saltando da décima para a sexta posição global”, enfatiza Régis Cordova da Silva, diretor de vendas para a América Latina.

Em todo o mundo, a divisão Consumer & Pharma teve receita anual de US$ 151 milhões em 2020. Hoje a Grace mantém relacionamento ativo com 70 das 100 maiores indústrias farmacêuticas globais, com projetos em desenvolvimento e relacionamento comercial com mais de 300 laboratórios.

Player líder em sílica-gel especial

A fábrica localizada em Sorocaba (SP) produz sílica gel para todos os seus clientes latino-americanos, além de dar suporte a indústrias na América do Norte, Europa e Ásia. Um dos principais diferenciais da sílica gel está na capacidade da Grace de ajustar propriedades tais como o tamanho da partícula e personalizar a sílica para atender às especificações da indústria e do cliente.

“As partículas de sílica gel da Grace podem ser manipuladas de várias maneiras, seja aumentando o tamanho, alterando o volume dos poros ou transformando a área superficial. Elas podem ser utilizadas para transformar produtos líquidos em pós, além de serem aplicadas na purificação do óleo de cannabis ou na separação do THC”, explica Régis Silva.

Benefícios para a cadeia de suprimentos

Por meio de fábricas estrategicamente espalhadas pelas Américas, Europa e Ásia, a Grace pode atender às demandas globais por produtos de sílica gel de grau farmacêutico de alta qualidade. “Se uma farmacêutica se interessar por um produto que não é desenvolvido no Brasil, podemos atender o cliente de diversas formas, por meio de importação direta ou colocando o produto na fábrica de Sorocaba e fornecendo localmente”, completa o executivo.

A companhia construiu fábricas e centros de armazenagem distribuidos estrategicamente em todo o mundo para continuar apoiando sua trajetória de crescimento no mercado farmacêutico. Especificamente para a América Latina, a Grace opera uma fábrica em Sorocaba (SP), além de armazéns no Brasil, Argentina, Colômbia e México.

Durante a pandemia, a Grace manteve um desempenho sólido ao disponibilizar soluções aplicadas em testes de diagnóstico e detecção da Covid-19. Além disso, farmacêuticas e fabricantes de matéria-prima estão usando a sílica gel Grace DAVISIL® para a purificação de lipídios usados ​​em vacinas de mRNA. A empresa também desenvolve excipientes utilizados ​​na produção de antibióticos e antivirais.

Fundação: 1854
Origem: Estados Unidos
Atuação no Brasil: desde 1954
Funcionários globais: 4,3 mil funcionários em 30 países
Vendas líquidas: US$ 1,7 bilhão
Clientes globais: 60 países, com cerca de 71% das vendas fora dos EUA
Fábricas: 22 plantas em oito países
P&D e serviço técnico: 13 instalações em 7 países
Patentes: mais de 1.100 patentes em todo o mundo; quase 600 pendentes

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/evento-inedito-debate-o-novo-e-commerce-no-canal-farma/

Três em cada dez MEIs fecham portas em até cinco anos

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Pesquisa “Sobrevivência de Empresas” divulgada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas) nesta segunda-feira (14) aponta que três em cada 10 microempreendedores individuais (MEIs) fecham as portas em até cinco anos de atividade no Brasil. A taxa de mortalidade de negócios desse porte é de 29%.

No mesmo período, as microempresas têm uma taxa de falência de 21,6%, enquanto as de pequeno porte, de 17%.

De acordo com o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o estudo comprova que quanto maior o porte da empresa, maior a sobrevivência do negócio, uma vez que o empresário tem um preparo maior e, muitas vezes, opta por empreender por oportunidade e não por necessidade.

A pesquisa aponta que 42% dos entrevistados estavam desempregados até três meses antes de abrir a empresa e 43% consideram que empreenderam por necessidade.

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“Entre os microempreendedores individuais há uma maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o negócio e que, por isso, se capacitam menos e possuem um menor conhecimento e experiência anterior no ramo que escolheram, o que afeta diretamente a sobrevivência do negócio”, afirma Melles.

 

É possível inferir também que a maior taxa de mortalidade dos MEIs também esteja associada à extrema facilidade de abrir e de fechar esse tipo de empreendimento, em comparação às Microempresas (ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP).

O cenário também é agravado pela dificuldade em obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos, como os ocasionados pela Covid-19.

“Independentemente do porte, 41% dos entrevistados citaram explicitamente como causa do encerramento da empresa a pandemia do coronavírus. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio”, explicou o presidente do Sebrae.

 

De acordo com o Sebrae, entre as empresas que encerraram as suas atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento da empresa. Apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito.

Ao analisar a sobrevivência por setor, a maior taxa de mortalidade em cinco anos é verificada no comércio (30,2%). Na sequência, aparecem indústria da transformação (com 27,3%) e serviços, com 26,6%. As menores taxas de mortalidade estão na indústria extrativa (14,3%) e na agropecuária (18%).

Fonte: G1

90% dos desempregados apontam dificuldade na recolocação

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Desempregados – A 16ª edição do Índice de Confiança Robert Half aponta para a redução na confiança do mercado de trabalho por profissionais qualificados após três trimestres consecutivos de alta, atingindo 30,7 pontos em junho, no indicador para a situação atual.

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Em relação à situação futura também houve recuo, para 49,7 pontos, mas o indicador mostra que as pessoas tendem a ser mais confiantes quando se trata de expectativas para daqui a seis meses. Apesar do recuo, o indicador isolado do grupo dos recrutadores – os responsáveis ou que possuem influência no recrutamento nas empresas – segue otimista e com viés de alta, passando de 52,9 para 54,2 pontos.

De acordo com a pesquisa, 84% dos profissionais empregados afirmaram que conseguir trabalho atualmente está difícil ou muito difícil. Entre os desempregados, o percentual sobe para 90%.

A percepção caminha junto com a disposição das companhias para novas contratações, com 63% dos recrutadores indicando que a intenção de sua empresa em realizar contratações é média (32%) ou baixa (31%). No entanto, 70% afirmaram que a intenção da empresa em fazer cortes é baixa ou muito baixa.

Mesmo que influenciados pela pandemia, mais da metade dos profissionais empregados está confiante em manter o emprego atual (55%), porém, 68% acreditam que parentes, amigos ou colegas estão com dificuldades para manter seus postos de trabalho.

Por outra perspectiva, na visão de 61% dos recrutadores entrevistados, contratar profissionais qualificados hoje está difícil ou muito difícil e, para 62%, essa situação não deve mudar nos próximos seis meses.

“Mesmo que a situação não seja a ideal, é sempre preferível olhar o copo meio cheio, pois desta forma a evolução é possível. O otimismo dos recrutadores pode indicar retomada, projetos saindo da gaveta e a necessidade de novas contratações. Para as empresas, é recomendável planejar as ações e certificar-se de que contam com os melhores talentos no processo de retomada, além de refletir sobre políticas de retenção de talentos, para que os melhores profissionais não sejam atraídos por companhias mais preparadas”, afirma Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul.

“Aos profissionais, é um momento estratégico para focar em qualificação e nas habilidades mais demandadas pelas empresas nesse novo momento do mercado para não perder possíveis oportunidades”, orienta o executivo.

 

A força do segundo idioma

 

Segundo a pesquisa, 57% dos recrutadores afirmam que sua empresa exige dos profissionais fluência ou nível avançado em outro idioma além da língua portuguesa. Os três idiomas mais valorizados são: inglês (99%), espanhol (56%) e alemão (8%), que ultrapassou o francês e se posicionou como a terceira língua mais exigida pelas empresas.

Contratação para projetos segue em alta

 

De acordo com a pesquisa, o modelo de contratação para projetos, ou seja, para temporários, segue em alta e 84% dos profissionais acreditam que a experiência é positiva para o currículo, além de carregar vantagens como networking (75%), aquisição de experiência (75%) e flexibilidade (68%).

Já para os recrutadores, os 5 motivos que os levam a contratar um profissional para projeto são:

  • oportunidades pontuais
  • necessidade de agilidade e flexibilidade
  • aliviar sobrecarga da equipe
  • falta de funcionários na empresa
  • imprevisibilidade do cenário econômico

“Muitas empresas têm optado por contratar profissionais para projetos especializados, seja por falta de funcionários contratados, pela necessidade de um conhecimento específico ou até para aliviar a carga de trabalho de colaboradores permanentes. Se você é um profissional em busca de recolocação, fique atento às estratégias de contratação das companhias para a retomada”, indica Mantovani.

Fonte: G1

Leia também: https://panoramafarmaceutico.com.br/evento-inedito-debate-o-novo-e-commerce-no-canal-farma/

Varejo farma deve superar R$ 100 bi de receita em 2021, prevê estudo

Varejo farma deve superar R$ 100 bi de receita em 2021, prevê estudo

Um estudo inédito da Close-Up International aponta que o varejo farmacêutico deve, pela primeira vez, atingir faturamento de três dígitos e ultrapassar R$ 103,2 bilhões em 2021, com a venda de 7 bilhões de unidades. O resultado representaria um avanço de 10,8% na comparação com os R$ 93,1 bilhões alcançados em 2020. Os medicamentos de prescrição, em especial os exclusivos e genéricos, prometem puxar esse crescimento.

A consultoria projeta que essa categoria movimentará R$ 55,7 bilhões no ano, representando 54% do montante geral. Com faturamento em torno de R$ 15,5 bilhões, os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) responderiam por somente 19%, enquanto os produtos de higiene pessoal, perfumaria e conveniência totalizariam exatos R$ 32 bilhões (31%).

EVOLUÇÃO DO VAREJO FARMA (EM BILHÕES)

Grafico 1
* Cenário projetado

“Os primeiros efeitos da pandemia, entre março e abril de 2020, exerceram forte influência na demanda, com a interrupção inicial de tratamentos crônicos e intensa procura por produtos ligados à Covid-19 ou MIPs para aumento da imunidade. Mas retirado esse impacto, o mercado volta a assumir o padrão de crescimento de 2019”, ressalta Paulo Paiva, vice-presidente Latam da Close-Up.

Avanço de 70% em cinco anos

O levantamento traçou ainda cenários até 2025 e prevê um faturamento da ordem de R$ 158,6 bilhões em cinco anos. O resultado acumulado seria 70% superior ao de 2020. “A partir de 2022, com a expectativa de imunização de toda a população brasileira contra a Covid-19, espera-se que as farmácias e drogarias registrem curvas de crescimento na casa de 11%”, projeta.

PROJEÇÃO VAREJO FARMA 2021-2025 (EM BILHÕES)

Grafico 2

Âncoras do crescimento

Para Paiva, os genéricos tendem a continuar como drivers do crescimento em unidades, chegando pela primeira vez a 50% do mercado de medicamentos, contra 48% do ano passado. O volume comercializado se aproximaria de 1,6 bilhão. “Mas essa categoria, gradualmente, deve evoluir também em receita, saltando de R$ 11,8 bilhões para R$ 21,7 bilhões em cinco anos. A participação subiria de 21% para 26%”, avalia.

Já em valores, os medicamentos exclusivos seguirão majoritários em 2021 e encerrarão o ano com movimento de R$ 31,9 bilhões – 57% do total. “Os remédios de referência e de marca, por sua vez, representarão somente 22% e não devem registrar avanço acelerado nos próximos anos, muito em função do contexto macroeconômico. Os elevados índices de desemprego vêm estimulando as trocas no ponto de venda em razão do preço, o que traz implicações para essa classe de medicamentos”, acredita.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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