Pesquisa aponta que metade dos brasileiros tem medo da cegueira

0

Depositphotos 50490041 s 2019

 

Metade dos brasileiros tem medo da cegueira. É o que aponta uma pesquisa do IBOPE DTM encomendada pela Bayer. A pesquisa foi realizada online, com dois mil brasileiros, na faixa etária de 16 a 65+, de todas as regiões do país. Além disso, foi realizada uma etapa complementar telefônica para alcançar 315 casos de pacientes com diabetes. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para dois mil casos e de 6 pontos percentuais para 315 casos, considerando o nível de confiança de 95%.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 60% e 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis2. A questão é que a falta de conhecimento sobre doenças que podem ocasionar a perda de visão ainda é uma grande ameaça à saúde ocular, já que compromete o diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Cerca de metade (54%) dos participantes da pesquisa que responderam ter diabetes, um dos principais fatores de risco para doenças da retina, nunca ouviram falar na retinopatia diabética – a porcentagem é de 63% no caso de pacientes que estão no sistema público de saúde. Com relação ao total de entrevistados, o desconhecimento sobre RD sobe para 71%.

Apesar disso, 41% dos pacientes apontaram a perda de visão como seu maior medo. Ou seja: apesar do conhecimento insuficiente sobre doenças da retina como a RD, há uma noção sobre os riscos que o diabetes – que já acomete cerca de 12,5 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde2 – traz para a saúde dos olhos.

Diabetes e cegueira evitável

“A retinopatia diabética é geralmente causada pela glicemia mal controlada nos pacientes. Esse descontrole danifica os vasos sanguíneos da retina, o que estimula o crescimento desordenado de novos vasos, que podem se romper com facilidade e fazer com que o sangue vaze para a retina e para a parte interna do olho, afetando a visão. Na grande maioria dos casos, não existem sintomas na fase inicial da doença. Já em fases mais avançadas, os sintomas mais comuns são moscas volantes, borrões, áreas escuras na visão e dificuldade de distinguir cores”, explica o oftalmologista Dr. Emerson Castro, do Hospital Sírio Libanês. Outros fatores de risco da doença são hipertensão, colesterol alto, consumo de álcool, tabagismo e gravidez associados ao diabetes, além da apneia obstrutiva do sono.

O médico ressalta que “caso as alterações decorrentes da RD não sejam detectadas a tempo, podem atingir a área central da retina, a mácula, responsável pela visão de detalhes, causando o chamado edema macular diabético (EMD), que pode provocar visão embaçada, baixa da acuidade visual (capacidade do olho para identificar o contorno e a forma dos objetos), visão distorcida ou dificuldade para diferenciar cores. O tratamento precoce se faz necessário, pois as alterações, com o passar do tempo, podem ser irreversíveis, causando a temida perda de visão”.

O EMD afeta, em média, 10% dos pacientes com diabetes tipo 1 e 2 no mundo3. Mais de 90% dos pacientes com tipo 1 terão algum grau de retinopatia após 20 anos com a doença, enquanto naqueles com o tipo 2 a porcentagem é de 60%1.

O acompanhamento médico e diagnóstico precoce são essenciais para o sucesso do tratamento e prevenção da cegueira. De acordo com a pesquisa, ¼ dos pacientes com diabetes nunca foram incentivados por seu médico a avaliar a retina. Além disso, apenas 66% disseram já ter realizado algum exame para a verificação de doenças dos olhos relacionadas ao diabetes – a maioria que deu resposta positiva se encontra na saúde suplementar (76%).

Para a detecção da RD e do EMD, existem exames que vão além do popular teste de refração, em que o paciente tenta enxergar figuras ou letras no fundo da sala. O exame mais utilizado especificamente para avaliação do fundo do olho com a pupila dilatada é o mapeamento de retina, mas outros complementam o diagnóstico e também podem auxiliar no acompanhamento do tratamento. Alguns exemplos são: a angiografia, que identifica novos vasos, obstruções e outros problemas na retina; a tomografia de coerência óptica (OCT), que recria uma imagem 3D de estruturas como retina, vítreo e nervo óptico; a fundoscopia, que por meio de um feixe de luz no fundo dos olhos torna possível observar várias estruturas, como a retina; e o Phelcom Eyer, um retinógrafo portátil adaptável ao smartphone, que traz imagens de alta precisão da retina.

Algumas atitudes preventivas são a realização de atividades físicas, alimentação saudável, acompanhamento médico regular e controle do diabetes. Já o tratamento pode ser feito com laser, injeções antiangiogênicas, medicamentos corticoides e cirurgia – lembrando que o acompanhamento clínico, ou seja, controle do diabetes, hipertensão e outras doenças já existentes deve ser concomitante. “Em alguns casos, a injeção, que interrompe o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais e consequentemente impede o vazamendo de fluido e sangue para dentro da retina, consegue não só estabilizar a doença, mas também melhorar ou recuperar a visão que já havia sido perdida”, conta o médico.

Envelhecimento: outro fator de risco importante

O envelhecimento também pode acarretar doenças da retina que levam à cegueira, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), principal causa de perda visual na terceira idade. A pesquisa da Bayer alerta a população para a conscientização nesse sentido. Isso porque 74% dos entrevistados disseram que nunca ouviram falar em DMRI, sendo que desses, 65% tem 55 anos ou mais, faixa etária mais acometida pelo problema.

A degeneração macular relacionada à idade é causada pelo envelhecimento e desgaste natural dos tecidos. A forma mais comum é a seca, provocada por depósitos de resíduo celular na mácula (área central da retina), e a mais rara e agressiva é a úmida, que acontece com o surgimento de vasos sanguíneos frágeis, cujo sangue vaza e se acumula sob a retina, fazendo com que a visão fique embaçada, escurecida e/ou distorcida. Além da faixa etária acima dos 50 anos, outros fatores de risco são o tabagismo, sedentarismo, obesidade, olhos claros e histórico familiar. O tratamento preconizado para a forma úmida é com injeções de medicamentos antiangiogênicos, com a possibilidade também de indicação de suplementação com minerais e antioxidantes para a forma seca da doença.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/03/marcas-buscam-parceiros-para-produtos-de-canabidiol/

Importação menor e mais MIPs são planos da Aspen Pharma

Importação menor e mais MIPs são planos da Aspen PharmaCom 11 anos de atuação no Brasil, a sul-africana Aspen Pharma aposta na produção própria de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) para ganhar corpo no varejo farmacêutico. Como parte dessa estratégia, a indústria antecipou de cinco para três anos a injeção de R$ 70 milhões no mercado nacional.

Os investimentos abrangem a ampliação da planta de Serra, no Espírito Santo. O plano é incrementar em 50% o volume produzido e em 80% a capacidade de armazenamento. No ano passado, a empresa produziu 195 milhões de comprimidos, 1,5 milhão de frascos e 912 mil unidades de semissólidos (pomadas). “A fábrica atende exclusivamente ao mercado brasileiro, mas a expansão visa a torná-la um polo de exportação para a América Latina”, ressalta o CEO Alexandre França.

Parte do aporte também se destina à aquisição de medicamentos hoje importados ou fabricados por terceiros. No fim de novembro, a companhia reservou R$ 20 milhões para deter os direitos de comercialização de dois fármacos da Sanofi – o regulador intestinal Benastere 3 e o repositor de cálcio Osteo 18.

A produção desses medicamentos, porém, ainda ficará concentrada na farmacêutica francesa por três anos, até a certificação das linhas de produção da Aspen pela Anvisa. “A valorização do dólar comprometeu os custos de todo o setor e comprimiu as margens, o que motivou essa migração do mix para a nossa casa. Nosso plano é que a importação não chegue a 50% do portfólio”, avalia França. “Além disso, queremos simplificar a operação, já que hoje temos uma produção nacional própria, outra sul-africana e ainda de terceiros”, complementa.

Aposta no varejo farmacêutico

O varejo farmacêutico representa em torno de 50% da receita total, mas a companhia estima ampliar essa participação. O restante provém dos mais de 3 mil hospitais onde a indústria está presente, especialmente na categoria de anestésicos. “Estamos mirando produtos maduros que já não ocupam o topo das prioridades de outras indústrias, mas que possuem uma demanda reprimida e espaço para crescer também no canal farma”, comenta.

Três MIPs da linha fabricada por terceiros responderam por 43% do faturamento de R$ 490 milhões da Aspen Pharma em 2020 – o fitoterápico Calman, da Myralis; o Leite de Magnésia Philips, cuja produção é da Natulab; e a Magnésia Bisurada, da Pfizer.

Este último, indicado para o combate a distúrbios estomacais, teve crescimento de três dígitos nas vendas durante a pandemia e estimula as projeções de França no Brasil – atingir R$ 650 milhões de receita em 2021 e, no ano seguinte, alçar o patamar de R$ 750 milhões.

“A Magnésia Bisurada tem uma capilaridade de 80%, o que será de extrema relevância para puxar as vendas dos demais medicamentos. Se pensarmos no contingente de 80 mil farmácias existentes no Brasil, as possibilidades para crescer são infinitas”, conclui.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


Cadastre-se para receber os conteúdos também no WhatsApp  e no Telegram

Jornalismo de qualidade e independente
Panorama Farmacêutico tem o compromisso de disseminar notícias de relevância e credibilidade. Nossos conteúdos são abertos a todos mediante um cadastro gratuito, porque entendemos que a atualização de conhecimentos é uma necessidade de todos os profissionais ligados ao setor. Praticamos um jornalismo independente e nossas receitas são originárias, única e exclusivamente, do apoio dos anunciantes e parceiros. Obrigado por nos prestigiar!

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/03/marcas-buscam-parceiros-para-produtos-de-canabidiol/

O alto custo da falta de cooperação global por vacinas

0

“Nacionalismo de vacina” faz pandemia durar mais, eleva risco de mutações do coronavírus e traz prejuízos econômicos de longo prazo, inclusive para países ricos que garantiram mais doses, alertam especialistas em saúde.A cidade de Blantire, no sul do Malaui, ainda não possui um programa de vacinação contra o novo coronavírus. Tankred Stöbe, da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), chegou à cidade de 800 mil habitantes há poucos dias para instalar uma estação para tratamento da covid-19 no maior hospital do país. Os 80 leitos destinados a pacientes infectados com o vírus já estão ocupados.

Veja também: ‘Não cantamos mais nas varandas’: como está o 2º lockdown na Itália

“A primeira onda passou por aqui quase despercebida. Não houve muitas infecções e quase nenhuma morte. Agora, acredita-se que a mutação da África do Sul chegou e se espalhou rapidamente na área”, disse Stöbe por telefone à DW.

Siga nosso Instagram

As infecções aumentaram drasticamente, e os números dobram a cada quatro ou cinco dias. Os médicos no Malaui, porém, ainda não sabem se estão lidando com a mutação sul-africana, pois não há laboratórios no país capazes de realizar os testes necessários. Amostras até foram enviadas para a África do Sul, mas ainda não houve resposta.

Stöbe conta ainda que não há nenhum programa de vacinação para o Malaui, onde o foco agora está no tratamento dos casos mais agudos. “Não esperamos nenhuma vacina aqui pelos próximos meses. O melhor que podemos esperar é que algo chegue em abril.”

Doses insuficientes e remessas com atraso

Praticamente o mundo todo está lutando pelas relativamente poucas doses de vacina disponíveis atualmente. Até o momento, três vacinas foram aprovadas na União Europeia – BionTech/Pfizer, Moderna e AstraZeneca/Oxford. Por enquanto, a maior parte das vacinas foi obtida por países industrializados. Mas mesmo nestes países, foram apontadas falhas nos programas de vacinação, como atrasos na entrega e disputas contratuais, impedindo o progresso e gerando desconfiança generalizada. Fabricantes, portanto, estão sob pressão para aumentar a produção e realocar suas capacidades.

Além disso, todo o processo foi marcado pelo que agora vem sendo chamado de “nacionalismo de vacina”. Alguns países, como Israel, estão à frente, pois fizeram encomendas vinculativas de vacinas antes mesmo de concederem sua aprovação. A União Europeia, por sua vez, está envolvida em uma disputa com a empresa farmacêutica AstraZeneca, que fracassou no cumprimento das expectativas em Bruxelas. O caso gerou suspeitas de que a fabricante estivesse desviando remessas reservadas pela UE para o Reino Unido.

O ringue, portanto, está armado – embora todos os envolvidos pareçam estar de acordo com a necessidade de cooperação em vez de competição. Parece óbvio que este é um desafio global que requer uma solução global. No Fórum Econômico Mundial, geralmente realizado no resort suíço de Davos, mas convertido para o formato online por causa da pandemia, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, declarou que “agora é a hora do multilateralismo”, acrescentando que o isolamento não ajudará a resolver os problemas que o mundo enfrenta atualmente.

Justiça no processo de vacinação

Tal foi o raciocínio por trás do projeto Covax, lançado em abril de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Comissão Europeia e a França, e para o qual 190 países se inscreveram. O objetivo é garantir que as nações mais pobres recebam seu quinhão justo de vacinas. A ideia é boa, “mas o projeto não está obtendo o apoio que merece, nem dos países ricos nem das empresas farmacêuticas”, comenta Stephan Exo-Kreischer, diretor da filial alemã da organização de desenvolvimento One.

Nos últimos dias, fabricantes de vacinas viraram alvo de críticas, pois quase todos os primeiros lotes foram para países industrializados. “Achamos inapropriado que fabricantes ricos de vacinas lucrem com a pandemia. Necessitamos urgentemente de uma estratégia diferente”, disse Stöbe.

A Médicos Sem Fronteiras e a One pedem, portanto, que as gigantes farmacêuticas suspendam patentes e compartilhem as licenças, de forma que as vacinas possam ser produzidas também por outras fabricantes. No entanto, boa parte da indústria farmacêutica rejeita a ideia, argumentando que a perda dos direitos de propriedade intelectual tiraria das empresas o incentivo para investirem no arriscado desenvolvimento de vacinas em futuras pandemias.

Thomas Cueni, diretor geral da Federação Internacional de Associações e Fabricantes Farmacêuticos (IFPMA), disse à DW que ainda há outro aspecto importante a ser levado em conta: “No curto prazo, as demandas para a liberação de informações de patentes relacionadas a vacinas não aumentariam o fornecimento em uma única dose, porque elas não atentam para a complexidade da fabricação de vacinas e ignoram até que ponto os fabricantes de vacinas e empresas farmacêuticas e nações em desenvolvimento já cooperam para aumentar as capacidades de vacinação.”

Além disso, explica, “a euforia com o desenvolvimento de vacinas altamente eficazes criou, de alguma forma, a impressão de que, uma vez desenvolvida a vacina, basta apertar um botão para que um bilhão de doses saiam das fábricas”. “Acho que precisamos estar cientes de quão complexa e difícil é a fabricação de vacinas,” argumenta Cueni.

Exo-Kreischer, da One, discorda. Para o diretor da organização na Alemanha, a produção de algumas das vacinas poderia, sim, ser terceirizada para empresas externas.

Solidariedade global

Além das recentes disputas sobre licenças e patentes, há razões para otimismo quanto às perspectivas de uma distribuição mais equitativa da vacina. Entre as manchetes negativas, a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca está, na verdade, na liderança. Até agora, trata-se da única fabricante de uma vacina aprovada disposta a vendê-la a preço de custo, além de ter se comprometido a entregar vários milhões de doses ao projeto Covax. A empresa também coopera com o Instituto Serum, da Índia, que possui uma capacidade considerável para a produção de vacinas. E a cooperação está dando frutos: na última segunda-feira (1º/2), a África do Sul recebeu um milhão de doses da vacina AstraZeneca produzida na Índia.

Exo-Kreischer, da One, diz que é do interesse dos próprios países industrializados fornecer vacinas contra covid-19 também para os países mais pobres.

“Se realmente queremos acabar com a pandemia o mais rápido possível, temos que entender que estamos em uma corrida, não uns contra os outros, mas contra o vírus”, diz. “Essa abordagem descoordenada resulta na pandemia se estendendo por mais tempo do que normalmente seria o caso se nós realmente lidássemos juntos com o problema. Isso resultará em custos imensos para a economia mundial e aumenta o risco de mutações do vírus.”

As mutações, por si só, pode ter consequências de longo prazo. As vacinas existentes podem não ser eficazes contra elas. É uma corrida contra o tempo.

Uma corrida que até agora passou longe do Malaui, onde não há cabines de vacinação nem calendários de imunização. “Aqui, seria vital que a solidariedade global que há meses nos foi prometida se concretizasse”, afirma Stöbe. “Mas pelo que posso ver aqui no Malaui, isso não está sequer no horizonte.”

Fonte: Terra

A corrida pelas embalagens para vacinas contra covid-19

O funcionário de uma empresa farmacêutica subiu no topo de uma escada, segurando um pequeno frasco de vidro na mão. Olhando para o chão, três andares abaixo, ele soltou o frasco. De propósito.

Veja também: Johnson & Johnson pede autorização para uso emergencial de vacina contra Covid-19 nos EUA

“Quicou incrivelmente bem”, disse Rob Schaut, diretor científico da Corning Pharmaceutical Technologies. Ele é coinventor do vidro usado para fazer o frasco e ouviu sobre o episódio da escada de um cliente que quis testar a resistência do produto.

Siga nosso Instagram

Funcionários dessa empresa haviam tentado quebrar os frascos durante os testes de estresse em seu laboratório, mas não conseguiram, então, eles os tacaram de cima de uma escada.

Sob temor de nova variante, Rondônia vive cenário dramático com falta de leitos e médicos

Aumento de casos, reinfecção e menor eficácia das vacinas: por que a variante do coronavírus detectada em Manaus preocupa o mundo

“Este foi o teste mais intenso que eles puderam encontrar”, acrescenta Schaut.

A Corning é a fabricante do Gorilla Glass, um vidro especialmente reforçado usado para fazer telas de smartphones muito resistentes. Mas a empresa tem uma longa história e, entre outras coisas, também inventou as primeiras versões do cabo de fibra óptica usado para comunicações pela Internet.

É uma das poucas fabricantes de frascos de vidro para a indústria farmacêutica, onde os recipientes para medicamentos ou vacinas devem atender a padrões de segurança extremamente elevados, incluindo ser à prova de estilhaçamento e resistentes a temperaturas extraordinárias.

Outras empresas do setor incluem a alemã Schott, fundada por Friedrich Otto Schott, que inventou o vidro de borosilicato em 1897. Este material endurecido ainda é usado para embalagens farmacêuticas hoje, e a Schott diz que três quartos dos projetos mundiais de vacinas contra a covid-19 usam seus produtos.

Mas a Corning chamou a atenção da indústria recentemente com a força de seu produto, o vidro Valor, que foi lançado em 2017.

“É basicamente o Gorilla Glass para produtos farmacêuticos”, diz Steven Fox, analista da empresa de pesquisa de ações Fox Advisors.

Produção acelerada O vidro Valor da Corning é derretido e moldado ainda quente em tubos

A Corning afirma que os frascos feitos com vidro Valor, por serem tão robustos, podem ser envasados ??com muito mais rapidez nas fábricas, aumentando a velocidade de produção em até 50%, segundo a empresa.

Essa é uma característica potencialmente crucial em um ano em que o mundo exige bilhões de doses de vacinas no menor tempo possível.

O enchimento mais rápido é possível em parte devido à capacidade dos frascos para lidar com maior estresse mecânico.

Mas também é devido ao fato de que, graças a um revestimento especial, os frascos criam menos atrito quando centenas deles esfregam uns nos outros em uma linha de produção. Em vez disso, eles deslizam juntos rapidamente em grupos organizados e são menos propensos a cair e exigir intervenção manual.

O vidro é feito da sílica encontrada na areia, que derrete e se mistura com vestígios de outros materiais. No caso do Valor, são adicionados cálcio e magnésio para aumentar a resistência do material.

Durante a produção, o Valor é derretido e moldado ainda quente em tubos, que são resfriados e reaquecidos antes de serem moldados em frascos. Schaut explica que a próxima etapa envolve uma técnica de fortalecimento químico semelhante à usada no Gorilla Glass.

Submergindo os frascos em um banho de sal fundido, os íons de sódio no vidro são substituídos por íons de potássio maiores. Isso tem o efeito de “preencher” a superfície do vidro para torná-la mais resistente, diz Schaut. “Quando fazemos isso, a superfície do vidro fica sob compressão, tornando-a muito, muito forte.”

Resistência a nível microscópico

Os frascos são resistentes em um nível microscópico. Entre as dores de cabeça que os pesquisadores da Corning procuraram resolver com o vidro Valor estava um fenômeno chamado delaminação, em que pedaços microscópicos de vidro descascam do interior de frascos de vidro e se misturam com a vacina ou medicamento, potencialmente reagindo e danificando o produto farmacêutico.

O boro e o sódio podem evaporar do vidro durante o processo de fabricação do frasco, o que desestabiliza a superfície do vidro, tornando-o suscetível à delaminação posteriormente, quando o frasco é preenchido.

Ao eliminar o boro e remover o sódio da superfície do vidro, a Corning evita que essa evaporação ocorra, o que mantém o vidro intacto.

Menos atrito Uma camada extra é adicionada aos frascos para reduzir o atrito entre eles

A etapa final é adicionar um revestimento de polímero ao frasco de vidro. Isso é o que reduz o atrito entre os frascos à medida que eles tilintam nas linhas de produção.

Essa falta de fricção também reduz as partículas de poeira de vidro microscópica que se levantam quando os frascos colidem e que também pode contaminar produtos farmacêuticos.

As vacinas contra a covid-19 que usam mRNA, como as fabricadas pela Pfizer/BioNTech e Moderna, requerem armazenamento em torno de -80ºC. O vidro Valor pode suportar temperaturas entre -180ºC e 400ºC.

A resistência ao calor extremo é útil porque as empresas farmacêuticas lavam os frascos e os aquecem a cerca de 350°C para esterilizá-los antes de enchê-los com produtos.

A robustez dos frascos de vidro é importante, mas em uma corrida para vacinar o mundo, a quantidade pode ser tão importante quanto a qualidade.

Schott disse que pretende produzir 2 bilhões de frascos até o final de 2021. O fabricante americano SiO2, que produz frascos de plástico e os reveste com uma fina camada de vidro, espera fazer 1 bilhão até abril deste ano.

A Schott diz que terá produzido dois bilhões de frascos até o final de 2021

A Corning não revelou sua meta de produção para os frascos de vidro Valor em 2021, mas a empresa acelerou a construção de uma nova fábrica na Carolina do Norte, que será inaugurada ainda este ano.

Se frascos suficientes estarão disponíveis a tempo, agora é uma questão de disponibilidade de matéria-prima e capacidade de fabricação e distribuição. Mas o Schaut está confiante que o vidro que ele coinventou fará a diferença.

“Nunca imaginei que haveria uma pandemia que precisasse de nossa invenção”, diz ele.

“Espero que isso ajude o mundo a superar esta crise e leve as vacinas até os braços das pessoas que precisam”.

Fonte: Correio Braziliense Online

As principais mudanças tributárias no mercado farmacêutico em 2021

0

O ano de 2020 foi desafiador para todos os setores – e para o mercado farmacêutico não foi diferente.  Nos últimos meses do ano passado, a indústria passou por mudanças tributárias que interferem no modo como o mercado vai seguir este ano.

Veja também: Pandemia ajuda a alavancar vaga na saúde e no digital

Para entender como seguirá o mercado farmacêutico em 2021, é preciso ressaltar uma mudança importante nos últimos meses do ano passado. Em outubro de 2020, o governador de São Paulo, João Doria, aprovou um pacote de ajuste fiscal na Assembleia Legislativa (Alesp) para equilibrar as contas públicas. A lei estabelece novas regras para o Orçamento, prevê um aumento na carga tributária e considerou qualquer carga tributária abaixo de 18% como sendo benefícios fiscais. A Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) estima que os medicamentos fiquem de 3% a 5% mais caros para o consumidor final, com o plano de elevar o ICMS de medicamentos genéricos em São Paulo de 12% para 13,3%.

Siga nosso Instagram

Visando uma revisão na proposta, o Sindusfarma, sindicato que representa a indústria farmacêutica, entrou com uma ação na Justiça contra essa mudança na alíquota do ICMS. O processo está no Supremo Tribunal Federal. A Secretaria Estadual da Fazenda alega que o objetivo do ajuste fiscal é proporcionar R$ 7 bilhões em economia, recursos que seriam importantes para equilibrar perdas causadas pela pandemia e para manter obrigações em áreas como Saúde, Educação e Segurança Pública, além de honrar pagamentos da dívida com o Governo Federal. Mas depois de um grande movimento nas mídias sociais e na imprensa, o governador voltou atrás – e, no Diário Oficial, retornou voltando as alíquotas dos medicamentos genéricos aos tradicionais 12%.

Outra proposta de mudança em São Paulo foi no mercado hospitalar, que até o momento da produção deste artigo ainda está em plena discussão – mas sem respostas definitivas. A única constatação concreta é que o governo de São Paulo vem para aumentar os impostos, com foco na arrecadação, e os medicamentos que participam dos convênios 162 e 140 já perderam a isenção para vendas no mercado privado.

O governador Doria ainda coloca em risco todas as empresas que vendem para o mercado público do estado de São Paulo – pois na nova legislação ele estabelece que a isenção vale somente para hospitais públicos federais, estaduais ou municipais e Santas Casas.

Parece uma pegadinha, pois a maioria das negociações não é feita com hospitais e sim com os órgãos públicos – colocando assim indústrias e distribuidoras sob risco ao faturar para algum órgão público, que não sejam especificamente hospitais públicos federais, estaduais ou municipais. Esse ponto é simples de resolver, mas o governo decidiu manter o texto que dá margem a interpretações.

Para outros produtos, como os ortopédicos, que tinham isenção total, o governo agora criou a isenção parcial – que tributariamente não existe, nem mesmo na forma de um código para situação tributária.

Essa aplicação da isenção parcial está sendo interpretada como redução da base de cálculo de ICMS – e, para produtos com alíquotas de 18%, passa de isento zero para a carga tributária de 4,14%. Ou seja, os produtos ortopédicos vão sofrer reajuste de preços.

MUDANÇAS TRIBUTÁRIAS NO SUL DO PAÍS

Santa Catarina

Outro estado que também produziu mudanças importantes em seu mercado farmacêutico foi Santa Catarina. A partir de janeiro deste ano, a tributação na venda deixa de ser pelo regime de Substituição Tributária e passa a ser pelo regime normal. Na prática, a configuração tributária deixa de existir e, em seu lugar, passa a vigorar a alíquota de ICMS exigida pelo Estado, podendo ser de 17% ou 25%. A Substituição Tributária “saiu” – retornando o modelo de débito e crédito de ICMS, com um detalhe: a negociação em SC entre contribuintes que vão aplicar o ICMS na revenda, a alíquota vai para 12%, ficando 17% e 25% somente para a venda ao consumidor final.

Rio Grande do Sul

Outro estado do sul do país pode apresentar alterações neste ano. No Rio Grande do Sul, a alíquota caiu de 18% para 17,5% – uma mudança pequena, mas positiva. A proposta do estado é começar 2022 reduzindo a carga tributária de 17,5% para 17%. As regras continuam as mesmas no RS – somente a carga tributária vai ser reduzida.

CONCLUSÃO

Conferimos acima os três estados onde as mudanças terão mais impacto em 2021 no mercado farmacêutico. O estado de São Paulo é o que está implantando alterações mais significativas – seguido por Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Outro ponto que ainda é incerto: qual será o percentual de reajuste dos medicamentos em 2021?

Fonte: ABC Farma

‘Não cantamos mais nas varandas’: como está o 2º lockdown na Itália

0

As cenas das cantorias nas varandas e sacadas durante o primeiro lockdown na Itália, ainda em março de 2020, rodaram o mundo e viraram símbolo de esperança em um momento marcado assolado pelas mortes provocadas pela pandemia do novo coronavírus.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

A Itália atravessa, desde o início de novembro, uma segunda onda de imposição de restrições de circulação. A alegria com que parte dos italianos enfrentaram o primeiro toque de recolher agora dá lugar a preocupação, silêncio e até protestos.

O país é um dos que mais sofre com a doença. Como se não bastassem as mais de 90 mil mortes, a Itália vive uma recessão recorde na economia e suporta agora também uma crise política em meio à pandemia.

“Não cantamos mais das nossas varandas. Estamos preocupados. A televisão fala sobre uma possível 3ª onda de infecção. Muitas pessoas morreram, estão morrendo ou sofrendo”, conta a funcionária pública Amanda Pellegrini, de 53 anos.

“Durante a 1ª onda, pensamos que essa experiência terrível nos faria melhores. Achamos que seria o momento para pensar sobre nossos sentimentos, as reais prioridades de nossas vidas, nossa relação com o planeta. Hoje percebemos que aquela ocasião não nos melhorou muito. Estamos de volta ao que era antes”, completa ela.

Na capital Roma, era proibido qualquer circulação de pessoas das 22h às 5h há três semanas.

“Só podíamos sair de casa por razões bem sérias, como para trabalhar ou se você tivesse de cuidar de alguém doente, por exemplo. Às vezes, as regras não funcionam. O transporte público é uma tristeza. Todos os passageiros usam máscara, mas a distância não é respeitada porque está lotado”.

No fim de janeiro, no entanto, o governo italiano resolveu diminuir as restrições em algumas regiões na tentativa de recuperar a economia, apesar dos alertas de especialistas em saúde pública.

Continue lendo

Entre as atividades permitidas, estão a abertura de bares, cafés e restaurantes durante o dia e flexibilização da circulação entre as regiões. A medida, muito criticada na época, contraria a tendência geral dos demais países europeus de implementar regras mais severas.

O cenário de incerteza se agravou nesta semana após a renúncia do primeiro-ministro Giuseppe Conte, enquanto a economia desabava devido à recessão. A Covid-19 causou o colapso da economia italiana com uma queda no PIB (Produto Interno Bruto) de 8,9% em 2020.

“Muitas pessoas perderam o emprego. Muitas pessoas vão à caritas — organizações humanitárias — para receber alimentos. Muitos idosos solitários e assustados em casa”

No sistema público de saúde, as histórias não são positivas. “Todos aguardavam essa segunda fase. Em Roma, o pai de um amigo meu positivou para Covid e precisou passar uma noite na ambulância porque todos os hospitais estavam lotados”, relembra ela.

Nas últimas 24h, a Itália registrou mais 422 óbitos provocados pela Covid-19, além de 13.659 casos. Ao todo, o país tem 90.241 vítimas do vírus e 2.597.446 casos confirmados.

O país iniciou sua campanha de imunização em 27 de dezembro e, até o momento, vacinou cerca de 1,37 milhão de pessoas, sendo que 867.237 já receberam as duas doses.

“Hoje, mais do que ontem, sentimos que vivemos uma situação flutuante e nos sentimos suspensos. Sem certeza”, finaliza Amanda.

Fonte: Yahoo Brasil

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/01/hypera-pharma-conclui-compra-de-portfolio-da-takeda/

Cloroquina provoca danos em vasos sanguíneos e pode agravar doença

0

Um estudo realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e publicado na revista científica ‘Toxicology and Applied Pharmacology’ mostrou que a cloroquina causa disfunção nas células endoteliais, presentes nos vasos sanguíneos, o que prejudica a circulação sanguínea e órgãos como coração e pulmões.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

“A conclusão é de que o efeito colateral agrava uma das principais causas de mortalidade da doença provocada pelo novo coronavírus, anulando potenciais benefícios”, concluíram os pesquisadores.

No estudo, em que foram usadas quantidades semelhantes às absorvidas pelo corpo humano, a cloroquina induziu ao funcionamento incorreto e até à morte da célula, o que pode afetar a circulação sanguínea, e consequentemente, órgãos como coração, rins e pulmões.

Para chegar a essa comprovação, o pesquisador trabalhou com linhagens de células endoteliais humanas extraídas de vasos sanguíneos, que foram cultivadas na presença de cloroquina, em concentrações incapazes de causar a sua morte celular, por até 72 horas.

“Observou-se que, durante esse período, a célula induziu significativamente a cumulação de organelas ácidas, aumentou os níveis de radicais livres e diminuiu a produção de óxido nítrico, levando ao stresse oxidativo e dano celular. Este processo, chamado de disfunção endotelial, pode resultar no funcionamento incorreto ou até na morte da célula”, frisou a UFPR em comunicado.

Embora haja diminuição da replicação viral ‘in vitro’, o uso da substância apresenta reações adversas: “Se por um lado, a cloroquina pode diminuir a replicação viral, por outro promove uma citotoxicidade que pode potencializar a infeção viral”, sublinhou o autor do estudo.

A cloroquina é utilizada há muitos anos para o tratamento de malária e doenças autoimunes, como a lúpus. Apesar de não haver nenhum comprovação científica de que a covid-19 pode ser tratada precocemente com cloroquina e hidroxicloroquina, desde o início da pandemia que o Presidente Jair Bolsonaro tem defendido o uso do fármaco para esse fim e levou os laboratórios do Exército brasileiro a fabricarem milhões de unidades num curto espaço de tempo.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (227.563 , em mais de 9,3 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/01/hypera-pharma-conclui-compra-de-portfolio-da-takeda/

Risco de parada cardíaca aumenta até 4 vezes em pacientes com Covid-19, diz estudo

0

O risco de morrer após uma parada cardíaca, dentro ou fora do hospital, pode ser até quatro vezes maior em pacientes com Covid-19. Para as mulheres, esse risco pode chegar a nove vezes. Esses são alguns dos resultados apontados em um novo estudo conduzido por pesquisadores da Suécia e publicado na revista European Heart Journal, nesta quinta-feira (4). A pesquisa avaliou os registros de paradas cardíacas entre os dias 1º de janeiro de 2020 e 20 de julho de 2020. Os dados incluíam tanto infartos sofridos em casa quanto os que ocorreram dentro do ambiente hospitalar.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

No início da pandemia, alguns estudos já sugeriram que a alta incidência de infartos poderia estar relacionada à Covid. Em alguns dos lugares mais afetados pela pandemia, como o norte da Itália, dados de março já apontavam para um aumento de até 187% para infartos em casa. O novo estudo, no entanto, é o mais detalhado em relação às formas e efeitos dos infartos sofridos antes e durante a pandemia, assim como dentro e fora de hospitais. Foram avaliados 3.044 casos de paradas cardíacas, sendo 1.964 fora de hospitais e 1.080 que ocorreram em ambiente hospitalar. Para avaliar os efeitos da Covid-19 nessas paradas do coração, os pesquisadores dividiram os registros em dois grupos: um pré-pandemia, formado pelos casos de 1º de janeiro até 16 de março de 2020 –quando o governo sueco decretou o início da pandemia no país– e de 16 de março em diante. Os registros também foram divididos em paradas cardíacas fora de hospitais (OHCA, na sigla em inglês) e paradas cardíacas dentro de hospitais (IHCA, na sigla em inglês). Do total de casos OHCA, 88 (10%) eram de pacientes confirmados com Covid-19, e nos casos IHCA, 72 (16%) pacientes foram acometidos pela doença. No caso dos pacientes que tiveram infartos fora do hospital, o risco de morte após 30 dias do evento foi quase quatro vezes maior do que no período pré-pandemia. Já os casos que ocorreram dentro de hospitais tiveram aumento de letalidade em 2,3 vezes. Houve diferença significativa quando considerado o sexo do paciente. Homens que sofreram ataques cardíacos em casa tiveram risco de morte 4,5 vezes maior, enquanto foi o triplo para mulheres. Já dentro de unidades hospitalares, o risco de morte após parada cardíaca no caso dos homens foi 50% maior, mas mais de nove vezes para as mulheres. A maior diferença, no entanto, foi no chamado desfecho de sobrevida: 83,4% dos pacientes que tiveram paradas cardíacas em casa e tiveram diagnóstico confirmado de Covid-19 morreram em menos de 24 horas. Antes da pandemia, 7,6% dos pacientes sobreviveram após 30 dias do evento. Para aqueles que sofreram a parada nos hospitais, 23,1% dos pacientes com Covid-19 sobreviveram após 30 dias do infarto, comparado a 36,4% dos pacientes pré-pandemia. Mais de 60% dos pacientes com o vírus morreram em 24 horas. De forma geral, frente a um quadro de parada cardíaca, existem alguns procedimentos adotados que podem ajudar a impedir um quadro letal, como massagem cardiorrespiratória, uso de desfibriladores, injeções de adrenalina ou, em casos mais sérios, intervenções cirúrgicas para implante de stents. Em alguns casos, quando a parada cardíaca acontece em casa, a demora para chegar ao hospital e receber atendimento médico pode ser fatal. Os pesquisadores consideraram também o tempo de ocorrência do infarto até o atendimento. Como resultado, nenhum dos casos de infartos sofridos fora dos hospitais de pacientes com Covid-19 sobreviveu após hospitalização, enquanto 36% dos casos que ocorreram no hospital tiveram alta após a parada cardíaca. É difícil estimar do total de paradas cardíacas relacionadas aos efeitos da Covid-19 ou aquelas que seriam decorrentes de outros problemas secundários, mas a influência da infecção no sucesso de sobrevida ou não é evidente, diz Pedram Sultanian, aluno de doutorado na Universidade de Gothenburg (Suécia) e primeiro autor do estudo. “Nosso estudo mostra claramente que infartos e Covid-19 são uma combinação letal. Pacientes com Covid devem ser monitorados intensivamente, e medidas para prevenir paradas cardíacas devem ser tomadas, como por exemplo o uso contínuo de monitores cardíacos nesses pacientes de alto risco.” Como os pacientes com Covid-19 sofrem com falta de ar, uma das possíveis causas associadas com a alta mortalidade fora do ambiente hospitalar é o tratamento por massagem cardíaca simples, sem ventilação acessória (que pode ser o famoso “boca a boca”, se ocorrer fora de uma ambulância, ou o uso de balões de oxigênio nesses transportes). “Embora a literatura mostre que a aplicação de massagem cardíaca simples por pessoas não-especialistas pode ser tão efetiva para a sobrevivência quanto a massagem associada à ventilação, isso parece não se aplicar para os casos de pacientes com Covid-19, uma vez que o principal sintoma apresentado por eles é a falência respiratória”, diz o artigo. O estudo, porém, possui algumas limitações. Os dados se referem somente à região de Estocolmo (Suécia). O país, embora tenha sido um dos que sofreram com a pandemia, foi o único no continente europeu que não adotou um lockdown ou medidas mais duras contra a pandemia. As autoridades entenderam que seria melhor “deixar a pandemia rolar solta”, com a economia aberta, para atingir a chamada “imunidade de rebanho”. Após diversas críticas, inclusive tendo em base a alta taxa de mortalidade por 100 mil habitantes (118,2, até o último dia 3 de fevereiro; no Brasil a taxa é de 107,2), o governo voltou atrás, mas já era tarde. Houve relatos de idosos morrendo em casa por não terem leitos nos hospitais. O fato de os ataques cardíacos terem ocorrido em casa pode indicar que, mesmo sem as medidas restritivas, parte da população fez algum tipo de distanciamento social. Mas podem, também, indicar um sistema de saúde pressionado e sem capacidade de assistência para esses pacientes, possivelmente evidenciado pelo fato que, até o momento de conclusão do estudo (em julho de 2020), nenhum paciente com Covid-19 que sofreu ataque cardíaco em casa sobreviveu.

Fonte: Yahoo Finanças

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/01/hypera-pharma-conclui-compra-de-portfolio-da-takeda/

Pegar “xepa” começa a virar prática

0

Depois dos fura-filas, a “xepa da vacina” começa a ser espalhar por várias cidades do país que estão imunizando com a Oxford/AstraZeneca contra a covid-19. Trata-se de pessoas que chegam no final do horário nas unidades de saúde, na expectativa de receberem o fármaco que sobrou do dia. Muitos não pertencem à faixa etária que está recebendo a injeção e, por causa disso, não conseguem. Mas há postos que não cumprem o que está previsto nos planos de vacinação e, para não desperdiçarem o medicamento, fazem as aplicações.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Como no caso dos agentes de viagem Régis Fernandes, de 70 anos, e Graça Oliveira, de 65. Faltavam poucos minutos para as 17h, quando chegaram ao Centro Municipal de Saúde João Barros Barreto, em Copacabana, Rio de Janeiro. Ali funciona um posto de vacinação contra a covid-19. Mesmo sem pertencer à faixa etária indicada para o dia (94 anos), queriam receber o imunizante. Não conseguiram, mas se dispunham a ir a outra unidade, na Zona Norte, na sua busca pela imunização.

“Soubemos que, na hora em que o posto fecha, as doses restantes de vacina são distribuídas a quem estiver presente e quiser tomar. Então, viemos esperar a ‘xepa da vacina’”, disse Graça. A “xepa” são os minutos finais das feiras livres, quando os comerciantes vendem os produtos perecíveis a preços mais baixos.

Essa distribuição de doses realmente aconteceu, no início da vacinação, em alguns postos. O motivo é que cada frasco da vacina da AstraZeneca/Oxford contém 10 doses. Depois de aberto, todo o conteúdo deve ser usado em até seis horas — do contrário, estraga.

No posto de Copacabana sobraram três doses no sábado e seis na segunda-feira, segundo funcionários. Todas foram distribuídas entre os presentes, para evitar que se perdessem. Mas, seguindo orientação da Secretaria Municipal de Saúde, à tarde passaram a ser aplicadas doses da vacina CoronaVac. “Por isso, aqui, não tem mais ‘xepa’. Antes passamos por outro posto, na Rua do Matoso, no Rio Comprido, que fecha às 20h e todo dia tem sobra”, disse Graça.

“Soube agora que, em Copacabana não tem, mas vou à Gávea, a Laranjeiras, vou fazer uma peregrinação”, contou o biólogo aposentado Enocir Mello, de 76 anos. Pelo cronograma da prefeitura, ele pode se vacinar somente a partir de 25 de fevereiro.

Fonte: Correio Braziliense

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/01/hypera-pharma-conclui-compra-de-portfolio-da-takeda/

Produtos de beleza sustentáveis que chegaram pra ficar

0

Produtos de beleza – O cenário imposto pela pandemia mostrou ao mundo o quanto é necessário lutar pela vida para preservar a nossa própria existência e a do planeta. O investimento das empresas em sustentabilidade deixou de ser apenas um dado do balanço social para se tornar uma estratégia de negócio. A vacina anuncia o fim do pesadelo e uma retomada econômica que vai privilegiar produtos e marcas que ajudam a preservar a vida. Quem já tinha a sustentabilidade na produção, sai na frente e se fortalece em mercados cada vez mais competitivos.

Siga nosso instagram: https://www.instagram.com/panoramafarmaceutico/

Na indústria da Beleza as marcas estão aliando tecnologia e segurança na produção de cosméticos e existe uma forte tendência por cosmecêuticos 100% naturais oriundos de matérias-primas orgânicas. Essa demanda crescente por produtos veganos não testados em animais, vai de encontro com a preocupação cada vez maior das pessoas em relação, não só ao meio-ambiente, como com os ativos utilizados nos preparos. Segundo Antônio Guillen, CEO da Novaexpert, “os cosméticos orgânicos e naturais usam na sua formulação ingredientes biodegradáveis e sem nenhuma propriedade animal, explica o empresário.

Essa demanda crescente por produtos veganos não testados em animais, vai de encontro com a preocupação cada vez maior das pessoas em relação, não só ao meio-ambiente, como com os ativos utilizados nos preparos. Segundo Antônio Guillen, CEO da Novaexpert, “os cosméticos orgânicos e naturais usam na sua formulação ingredientes biodegradáveis e sem nenhuma propriedade animal, explica o empresário. “A Nova Expert acaba de anunciar 2 novos boosters que estão entre os produtos mais consumidos pelas mulheres: a vitamina C e o ácido hialurônico”, acrescenta.

Mas afinal, o que são produtos de beleza sustentáveis?

É preciso entender o que significa cada uma das categorias que lemos nos rótulos e embalagens. Desse modo, dá para escolher qual a melhor opção na hora de usar. Ainda de acordo com Antônio Guillen “a fórmula do produto vegano é totalmente livre de qualquer componente de origem animal e também não é testado nos bichinhos. Já os orgânicos possuem 95% de matérias-primas orgânicas em sua composição e 5% pode ser água ou extratos naturais. É importante ler o rótulo, outra dica é procurar por alguns selos na embalagem. Como o IBD — Ingredientes Naturais ou o ECOCERT”, esclarece.

Dentro desses conceitos o laboratório apresenta sua linha de power boosters: a vitamina C e o ácido hialurônico. “O principal diferencial da vitamina C da Novaexpert está na sua concentração, possui 25% mais vitamina, se comparada às disponíveis no mercado. Outra vantagem é que o serum não possui data de validade e é o único dessa linha que é hipoalergênico. Já o ácido hialurônico possui certificação internacional de maior concentração de ácido por produto, e ainda é nutracêutico, com propriedades prebioticas e probióticas”, conclui Antônio Guillen, CEO da marca no Brasil.

Para que servem?

Booster com Vitamina C: possui ação antirrrugas, ilumina a pele e possui ação antioxidante. É ideal para prevenir o fotoenvelhecimento e manchas causadas pelo sol.

Booster Serum com Ácido Hialurônico: com tecnologia 3D ele atua nas três camadas da pele (epiderme, derme e hipoderme), por meio da combinação de quatro tipos de ácidos hialurônicos de origem vegetal. A longo prazo auxilia no preenchimento de rugas atenuando linhas de expressão.

Fonte: Terra

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/01/hypera-pharma-conclui-compra-de-portfolio-da-takeda/