Pfizer espera registrar nova versão da vacina contra covid-19 ainda neste ano

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A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, afirmou que a farmacéutica espera conseguir o registro de uma segunda versão do imunizante contra covid-19 entre o final de 2022 e início de 2023 junto ao FDA (equivalente norte-americana da Anvisa).

Em entrevista ao Correio, a executiva disse que a nova versão da vacina contará com a proteção para a variante ômicron da doença. A primeira versão do imunizante já vendou 3,5 bilhões de doses no mundo, sendo 300 milhões apenas no Brasil.

Também usado no tratamento da covid-19, o antiviral Paxlovid foi recentemente aprovado pela Anvisa. Segundo Diez, a empresa tem a disponibilidade de atender todo o mercado nacional. O medicamento é indicado nos primeiros dias de sintomas, somente para indivíduos com alto risco de desenvolver quadros graves da covid.

A diretora médica da farmacêutica, Adriana Ribeiro, ressaltou que a plataforma de desenvolvimento da vacina da covid deve ampliar de forma expressiva as possibilidades de desenvolvimento de imunizantes. Também participaram da visita as diretoras da empresa Cristiane Blanch e Eliza Coelho.

Fonte: Correio Braziliense Online

Câmara aprova PL que obriga planos de saúde a ampliar tratamentos

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) um projeto de lei (PL) que estabelece hipóteses de cobertura de exames ou tratamentos de saúde que não estão incluídos no rol de procedimentos e eventos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A proposta segue para análise do Senado.

A matéria tem como objetivo dar continuidade a tratamentos que poderiam ser excluídos da cobertura dos planos de saúde. Com o texto aprovado, as operadoras deverão autorizar os planos de saúde a cobrirem tratamento ou procedimento prescrito por médico ou dentista que não estejam no rol da ANS, desde que um dos seguintes critérios esteja presente:

  • existir comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico;
  • existir recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS;
  • existir recomendação de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus similares nacionais.

STJ

A matéria foi aprovada após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que as operadoras não são obrigadas a cobrir procedimentos médicos que não estão previstos na lista da ANS. Pela decisão, a Corte entendeu que o rol de procedimentos definidos pela agência é taxativo, ou seja, os usuários não têm direito a exames e tratamentos que estão fora da lista. https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2022-06/stj-planos-nao-sao-obrigados-cobrir-condutas-fora-da-lista-da-ans

A lista de procedimentos e tratamentos obrigatórios da ANS foi criada em 1998 para estabelecer um mínimo de cobertura que não poderia ser negada pelos planos de saúde. O rol vem sendo atualizado desde então para incorporar novas tecnologias e avanços.

Desde então, é comum que usuários de plano de saúde busquem na Justiça o direito de as operadoras pagarem por procedimentos ou tratamentos que ainda não estejam previstos no rol da ANS.

O rol de procedimentos da ANS lista 3.368 serviços em saúde, incluindo consultas, exames, terapias e cirurgias, além de medicamentos e órteses/próteses vinculados a esses procedimentos. Esses serviços médicos devem ser obrigatoriamente ofertados de acordo com o plano de saúde.

Discussão

O relator, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), argumentou que o médico tem o direito de orientar a sua conduta clínica a partir das suas convicções técnicas e éticas sobre o impacto positivo de suas decisões na saúde do paciente. O parlamentar citou ainda levantamento da Associação Médica Brasileira (AMB) sobre a interferência de planos de saúde na atividade médica, no qual 53% dos entrevistados relataram interferências das empresas de convênios médicos nos tratamentos propostos aos pacientes.

“Há poucos anos, num julgamento que também se referia à Saúde Suplementar, a nobre ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, afirmou: ‘saúde não é mercadoria; vida não é negócio; dignidade não é lucro’. Essa sábia e sensível julgadora evidenciou, em poucas palavras, que a proteção ao direito à saúde do consumidor deve se sobrepor a quaisquer interesses menos nobres”, disse o deputado.

Contrário à medida, o deputado Tiago Mitraud (Novo-MG) afirmou que a mudança vai prejudicar a competição e aumentar os preços dos planos de saúde.

“Vai ficar muito mais caro e complexo ter plano de saúde, e os pequenos vão quebrar. Já as grandes farmacêuticas agora podem induzir médicos a receitar tratamentos experimentais sem aprovação pela Anvisa“, alertou.

Fonte: Agência Brasil

Polícia Federal combate comércio irregular de remédios

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A repressão ao comércio irregular de medicamentos de origem estrangeira é o alvo da Operação Miastenia nesta quarta-feira (3). Na ação, coordenada pela Polícia Federal com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e com a Vigilância Sanitária de Cuiabá, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande (MT).

‘As investigações tiveram início com uma apreensão, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, de várias caixas de medicamento de origem argentina, contendo o princípio ativo Neostigmina’, informou a Polícia Federal. Os produtos estavam sem documentação que comprove a entrada regular no Brasil.

Ainda segundo a Polícia Federal, durante a investigação, foi apurado que a empresa destinatária da mercadoria apreendida, sediada na capital mato-grossense, não tem registro na Anvisa e comercializa os produtos estrangeiros para distribuidoras de medicamentos e hospitais localizados em outros estados.

O nome da operação se deve ao emprego da neostigmina na melhora sintomatológica de uma doença denominada Miastenia Gravis.

Fonte: Agência Brasil

Skincare: um guia básico de como cuidar da pele sensível

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A rotina de cuidados com a pele facial precisa ser sempre pensada de acordo com as características de cada tipo de pele – isso porque um skincare feito da maneira errada pode prejudicar ainda mais as propriedades naturais dela. No caso das peles sensíveis, o desafio está, principalmente, em encontrar os produtos e ativos corretos para integrar os cuidados diários.

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A dermatologista Maria Eduarda Pires explica que o causador da sensibilidade na pele é a agressão à barreira lipídica, que é responsável por proteger a pele de agressões externas. Com essa barreira comprometida, a pele apresenta mais irritações e infecções, que são manifestadas por repuxamentos, manchas vermelhas ou, nos casos mais graves, pequenas feridas.

Pires reforça ainda que é possível que uma pele sensível tenha características mistas; ou seja, também podem ser oleosas, secas ou normais. No entanto, as peles secas são mais propensas a serem sensíveis.

Como cuidar da pele sensível corretamente?

Fernanda Chauvin, especialista em dermatocosmética e CEO Ellementti Dermocosméticos, afirma que é necessário ter um ritual de skincare personalizado para que a pele receba os cuidados corretos. ‘Para as peles sensíveis é necessário adequar todas as etapas do ritual com produtos de fórmulas suaves, sem parabenos, sulfato e agentes agressivos. Sempre se deve procurar produtos com propriedades calmantes, hidratantes e com propósito refrescante’, ensina.

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Pires aponta que a limpeza suave, a hidratação e a proteção solar são os principais pilares para cuidar da pele com sensibilidade. Chauvin diz que a hidratação pode ser feita com sérum calmante, de preferência com ação antioxidante.

‘Esse produto irá manter o equilíbrio da pele proporcionando uma sensação de suavidade, atenuando a vermelhidão e restaurando a região inflamada e mais sensibilizada que reage excessivamente aos estímulos externos’, afirma a especialista.

No quesito de produtos refrescantes, ela aponta que as águas termais são indispensáveis. ‘É a água termal que oferece efeito calmante e refrescante, o que auxilia a acalmar a sensibilidade’.

Os melhores ativos para cuidar da pele sensível

Chauvin explica que existem alguns ativos específicos capazes de promover a manutenção e os cuidados corretos para as peles sensíveis; além de promover outros benefícios, como promover maciez e melhorar a elasticidade.

Para elas, os destaques que devem estar incluídos no skincare são o Neurofense, extraído da sálvia vermelha; o Beta-Glucan; e o Rhamnosoft, que é resultado de uma fermentação bacteriana.

‘O Neurofense aumenta o limiar de sensibilidade e a resposta imunológica da pele. O Beta-Glucan reforça a capacidade de proteger contra agressões externas. Já o Rhamnosoft age como calmante ao reduzir a reação inflamatória e libera beta-endorfinas, neurotransmissor associado ao bem-estar’, aponta a especialista.

Chauvin indica ainda o Rhodiola, ativo extraído de uma planta medicinal que regula o metabolismo e aumenta a capacidade da pele de suportar lesões externas; o Pro-Lipiskin, que diminui a perda da água transepidérmica e estimula a reposição natural de lipídios; e o D-Pantenol, que regenera, umecta e confere elasticidade e maciez.

‘Para a água termal, destaco a da Ilha de Jeju, que tem propriedades antioxidantes e desintoxicantes e promove efeito calmante, hidratante, refrescante e suavizador. O Portulaca faz o mesmo e tem ação anti-irritante, anti-inflamatória e protetora da pele’, aponta.

Pires acrescenta que, nos casos de peles que são sensíveis e oleosas, o ideal é buscar por ativos sem óleo. Ela indica a glicerina e o pantenol 5%. ‘Outra dica é o uso dos dermocosméticos livres de parabenos, fragrâncias, corantes e outras substâncias que possam gerar irritação na pele’.

Inimigos da pele sensível

Existem alguns compostos que não devem ser utilizados de jeito nenhum na pele sensível. Chauvin aponta que produtos que tenham parabenos, álcool, sulfato e conservantes nas fórmulas podem ser tão agressivos quanto o uso dos ácidos.

‘Os conservantes e demais ingredientes, usados para eliminar fungos ou bactérias e garantir a estabilidade dos cosméticos, tendem a causar vermelhidão e alergias’, alerta. O resultado do contato desses compostos com a pele é o ressecamento e o aspecto áspero.

Chauvin aponta ainda que os ácidos em si não precisam ser completamente eliminados da rotina, mas devem ser usados com cautela: ‘Quem tem essa característica pode até mesmo fazer peelings que contenham ácidos, mas nesses casos é necessário muito cuidado, um acompanhamento próximo de um profissional habilitado e um home care regrado para conter a irritação’, aponta a especialista em dermatocosmética.

Alimentação

Segundo Pires, a alimentação pode ser uma importante maneira de controlar a sensibilidade da pele. O ideal é incluir alimentos capazes de promover, principalmente, hidratação. ‘O salmão, por exemplo, é rico em Ômega 3, o que mantém a pele hidratada e macia’, indica a médica.

A dermatologista afirma ainda que existem duas frutas específicas que podem ser grandes aliadas na manutenção da pele sensível. ‘O abacate é rico em gorduras boas, vitaminas C e E, que são essenciais para manter a pele flexível e hidratada. Também recomendo a laranja, uma excelente fonte de vitamina C, importante para a formação do colágeno’, acrescenta.

Fonte: Jornal Folha do Estado

Criança pode usar maquiagem? Veja o que os especialistas dizem

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Não é novidade que crianças e adolescentes tendem a reproduzir comportamentos dos mais velhos. A maquiagem é uma das formas encontradas para emular essas atitudes e, em alguns casos, pode até ser considerada uma atividade lúdica. Mas criança pode usar maquiagem?

De acordo com o dermatologista Cauê Cedar, o rosto das crianças é composto por uma pele mais fina, que tem menos condições de formar uma barreira contra agentes externos. Por isso, é necessário tomar cuidados em relação aos produtos utilizados.

– Com frequência, observamos que muitos componentes encontrados na maquiagem podem causar ressecamento, vermelhidão, coceira, irritação. O uso prolongado, principalmente em crianças, pode afetar negativamente a barreira e a estrutura da pele, e aí ela fica mais sensível a outros fatores, como água, sabão, sol e calor – esclarece o profissional.

Cauê ressalta que, na adolescência, a acne é um fator comum da puberdade. Isso acontece pelo excesso de oleosidade na pele, aliado ao acúmulo de bactéria e à desregulação hormonal. Se, além disso, houver um excesso de produtos utilizados na pele e a remoção incompleta deles, os poros ficam entupidos e a acne pode piorar. É também nessa fase que há um maior estímulo ao uso da maquiagem, e o dermatologista fala sobre a recomendação a partir de certas faixas etárias.

– Existe um consenso entre os profissionais de que não há uma idade certa para começar a maquiagem. Os dermatologistas pediátricos recomendam que não se use maquiagem em crianças, somente a partir da adolescência. Nesse caso, é necessário usar produtos com fator de proteção solar, que vai variar de acordo com o tipo de pele. Também pode ser bom para que os adolescentes aprendam sobre práticas saudáveis de higiene – explica o dermatologista.

Por outro lado, a psicóloga clínica Isabella Turella avalia que o uso de cosméticos desde a infância pode trazer prejuízos para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, especialmente na construção da autoimagem.

– Quando a gente fala sobre a definição de autoestima, que está tão ligado à vaidade e à imagem corporal, estamos falando sobre um ideal de beleza que é imposto, principalmente sobre as mulheres e as meninas. Quando uma mulher fica grávida de uma menina, já nasce junto uma fantasia, que passa por como vai se vestir, arrumar o cabelo, pintar as unhas? A busca por esse padrão pode gerar um sentimento de inadequação na criança, o que pode levar a um adulto com baixa autoestima – reflete a psicóloga.

Fonte: Jornal Folha do Estado

Com nova taxa Selic, Brasil mantém a liderança do ranking global de juros reais

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Com a alta de 0,50 ponto percentual na taxa básica da economia (Selic) determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira (03/08), o Brasil mantém a liderança do ranking global dos maiores juros reais (descontada a inflação).

A partir de amanhã, a taxa Selic passa de 13,25% para 13,75% ao ano. A decisão foi unânime e o colegiado sinalizou que “avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião”

De acordo com levantamento feito por Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Management, o Brasil se consolida na 1ª colocação do ranking mundial dos juros reais, com taxa de juro real de 8,52% ao ano — acima de países vizinhos como México, Colômbia, Chile e Indonésia. O índice é calculado com uma combinação da inflação projetada para os próximos 12 meses, com base nos dados do boletim Focus do Banco Central, de 4,81% e a taxa de juros DI a mercado dos próximos 12 meses com vencimento mais líquido de agosto de 2023.

Em termos nominais, o país continua na 3ª colocação, abaixo de Argentina e da Turquia e acima de Hungria, Chile e Colômbia. “Os programas de aperto quantitativo continuam lentos e o movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força, com o aumento expressivo no número de BCs sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities”, destacou Vieira no relatório enviado aos clientes. Ele considerava uma probabilidade de 55% de alta de 0,50 ponto percentual.

No computo geral, considerando uma listagem de 167 países, 45,51% mantiveram os juros, 50,90% elevaram e 3,59% cortaram. No ranking da Infinity, de 40 países, 15% mantiveram, enquanto 82,50% elevaram as taxas e 2,50% cortaram

Fonte: Correio Braziliense

Veja quanto rende investir R$ 1 mil em poupança, Tesouro ou fundos com nova Selic

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Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu aumentar a taxa básica de juros (Selic) ontem em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano. Trata-se do 12º avanço consecutiva do atual ciclo de alta que começou em março de 2021, quando a taxa saiu do menor patamar histórico de 2% a.a..

Juros em alta tendem a beneficiar investimentos em renda fixa pós-fixada, que acompanham a taxa.

Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, realizou um levantamento, a pedido do CNN Brasil Business, que mostra quanto rende uma aplicação de R$ 1.000 com a nova taxa.

A estudo aponta que tanto no curto quanto no longo prazo a poupança é o pior investimento. Em seis meses, a aplicação chega a R$ 1.042,45 e, em 30 meses, a R$ 1.231,05. Em entrevista à CNN, o especialista afirmou que a opção sempre será o pior investimento enquanto os juros estiverem subindo.

A poupança rende TR (taxa referencial) + 6%, “e a medida que a taxa Selic subir, os 6% continuam intactos, apenas o TR cresce, mas não na mesma velocidade que os juros. Assim, cada vez mais a poupança vai ficando distante dos outros investimentos”.

Para ele, o investimento fica relativamente mais interessante apenas quando os juros ficarem abaixo de 8%.

O melhor investimento em ambos os períodos é o CDB de banco médio (110% do CDI). No curto prazo, os R$ 1.000 vão a R$ 1.056,58, enquanto no longo prazo fica em R$ 1.350,25.

Viriato explicou que o CDI é igual à taxa Selic diária, calculada pelo Banco Central todos os dias. “E, dessa forma, com esse investimento rendendo 110% da Selic, o retorno sempre será maior que outros investimentos [que não rendem na mesma proporção]”.

Veja a comparação em real e percentual:

Made with Flourish

Made with Flourish

A lista apresenta valores em percentuais e em reais sobre a poupança, Tesouro Direto, CDBs e fundos DI, que têm rendimento predeterminado e acompanham o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

E, apesar de as taxas de administração variarem entre fundos e corretoras, a simulação considerada taxa de 0,5% para os fundos DI e 0,2% para Tesouro Selic.

A taxa de custódia do Tesouro Selic, cobrada pela B3, está zerada atualmente para aplicações inferiores a R$ 10 mil.

Fonte: CNN

Receita terá plataforma que unifica informações para o contador

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A Receita Federal informa que em breve irá disponibilizar uma nova plataforma de prestação de serviços contábeis e fiscais, chamada Integra Contador.

Essa plataforma permitirá o acesso automatizado a um conjunto de informações que, até o momento, só estavam disponíveis por consulta individualizada no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal, o e-CAC.

Segundo a Receita, a plataforma vai oferecer, em um primeiro momento, 27 serviços em sete APIs (Application Programming Interface). Dentre os principais, estão os relacionadas ao Simples Nacional e MEI, consulta e transmissão de DCTFWeb, consulta de pagamentos realizados, emissão de DARF, entre outros.

O Integra Contador poderá ser obtido pela Loja Serpro em data ainda a ser divulgada. Para obter a solução será necessária a utilização de certificado digital e-CNPJ.

Todas as consultas a dados só serão permitidas após a conferência da autorização do proprietário das informações ou de seu procurador. A autorização do procurador deverá ser realizada previamente, pelo e-CAC.

Fonte: Diário do Comércio

Câmara aprova MP que define as regras para o teletrabalho

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A Câmara dos Deputados aprovou as regras que regulamentam o teletrabalho, e que serão incluídas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), caso também tenha o aval do Senado.

Entre outros pontos, ficou definido que os acordos do teletrabalho poderão ser ajustados em contrato individual, ou seja, mediante acordo entre empregador e empregado, sem a necessidade de negociação coletiva envolvendo sindicato.

Além disso, a contratação nessa modalidade poderá ser por tarefa ou produção, sendo que a execução do trabalho poderá ser alternada entre a casa do empregado e o escritório da contratante.

O empregado em regime de teletrabalho deverá ter assegurado repouso legal, sendo que o uso de ferramentas fora do horário de trabalho não configura sobreaviso.

De maneira geral, a Câmara, por meio da aprovação da Medida Provisória 1108/22, define teletrabalho como a prestação de serviços fora das dependências da empresa, de maneira preponderante ou híbrida, que, por sua natureza, não pode ser caracterizada como trabalho externo.

A prestação de serviços nessa modalidade deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho.

Confira as novas regras incluídas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT):

– Os empregadores são dispensados de controlar o número de horas trabalhadas por empregados contratados por produção ou tarefa;

– A presença do trabalhador no ambiente de trabalho para tarefas específicas, ainda que de forma habitual, não descaracteriza o trabalho remoto;

– O contrato poderá dispor sobre os horários e os meios de comunicação entre empregado e empregador, desde que assegurados os repousos legais;

– O uso de infraestrutura e ferramentas digitais pelo empregado fora da jornada não será tempo à disposição, prontidão ou sobreaviso, exceto se houver acordo;

– O regime de trabalho também poderá ser aplicado a aprendizes e estagiários;

– O regime de teletrabalho ou trabalho remoto não se confunde e nem se equipara à ocupação de operador de telemarketing ou de teleatendimento;

– O empregado admitido no Brasil que pratique teletrabalho fora do País está sujeito à legislação brasileira, exceto legislação específica ou acordo entre as partes;

– O empregador não será responsável pelas despesas ao retorno presencial do empregado que mora fora da sede, salvo acordo;

– Terão prioridade no teletrabalho os empregados com deficiência, e com filhos ou criança sob guarda judicial até quatro anos.

Fonte: Diário do Comércio

Varejo pode ajudar o Cadastro Positivo a evoluir ainda mais

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Em 2020, em meio à pandemia e ao crescimento das compras à distância, a Midway, braço financeiro do Grupo Guararapes, dono da Riachuelo, conseguiu ampliar em 10% a concessão de crédito, oferecendo 120 mil novos cartões de marca própria sem aumentar o risco da operação.

Esse é um dos efeitos do Cadastro Positivo, que acaba de completar três anos de vigência no modelo adesão automática, e hoje contabiliza mais de 140 milhões de cadastros de pessoas físicas e jurídicas (79% da população). Desde que foi criado, ele permitiu o aumento ou manutenção da nota de crédito de 74% das pessoas físicas cadastradas e de 80% das pessoas jurídicas.

O Cadastro Positivo permitiu também que a taxa média de juros no crédito pessoal (exceto para o consignado) reduzisse em 10,4% para novos tomadores ao longo desses três anos, e 15,9% para os que melhoraram o score após a inclusão, totalizando 31% e 40% de queda média na taxa anual.

Esses são alguns dos reflexos do potencial de inclusão financeira e dos benefícios dessa ferramenta, diz a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), que reúne dados dos bureaus de crédito que atuam como gestores do Cadastro Positivo (Boa Vista, Serasa, Quod, SPC e TransUnion). A associação realizou nesta quarta-feira (03/08) um evento em comemoração aos três anos do Cadastro.

Espécie de “ranking de bons pagadores”, o Cadastro Positivo reúne informações financeiras usadas como referência (score) para liberação de empréstimos ou outros tipos de financiamento. Para torná-lo ainda mais poderoso, reduzindo os riscos da oferta de crédito e, consequentemente, diminuindo os juros, é preciso maior envolvimento dos micro, pequenos e médios negócios, em especial os do varejo, que podem se tornar empresas-fonte do Cadastro.

Desde 2011, quando a implantação Cadastro Positivo começou a ganhar corpo, as principais fontes têm sido as instituições financeiras. Mais recentemente, operadoras de telecomunicação levaram ao cadastro mais 12,6 milhões de pessoas físicas e jurídicas “invisíveis” ao sistema de crédito, ou desbancarizadas, que passaram a ser incluídas financeiramente.

Ainda hoje, a distribuição das empresas é desigual: 94% das 10 milhões de contribuintes são de grande porte, com instituições financeiras no topo do ranking, seguidas pelas empresas de telecomunicações e algumas grandes varejistas, como a já citada Riachuelo, segundo a ANBC.

Se no geral as empresas não-financeiras respondem por menos de 15% do fornecimento de dados de pagamento, segundo a Boa Vista, 60% das consultas ao sistema são realizadas por elas, disse João André, coordenador do departamento de regulação do Banco Central.

“O impacto pode ser ainda maior se pensarmos que essas fontes são a ‘cereja do bolo’ para reduzir a assimetria de informações, e dar acesso a melhores condições de crédito.”

Daí a importância da participação do varejo, em especial o de menor porte, reforça Ronaldo Sachetto, diretor de dados da Boa Vista, pois essas contribuições fazem a inteligência analítica melhorar, o varejo se tornar cada vez mais competitivo e ainda amplia a inclusão financeira.

Às vezes, o consumidor não tem conta em banco, só um celular pré-pago, mas paga seus carnês em dia, explica. “Por isso é importante conhecer esse comportamento de compra, para dar mais espaço para os pouco ou não-bancarizados fazerem parte do sistema.”

Esse “empoderamento” do tomador de crédito, que diante de condições mais justas pode obter recursos financeiros dentro da sua capacidade de pagamento, impacta positivamente na economia como um todo, com a queda da inadimplência, por exemplo, avalia o presidente da ANBC, Elias Sfeir.

“Além disso, ao estimular a expansão do crédito, o Cadastro Positivo aumenta a competição no mercado e pode reduzir ainda mais a taxa de juros praticada nessas operações.”

Para Alfredo Cotait Neto, presidente da Associação Comerciação de São Paulo (ACSP), reativar consumo é o caminho mais rápido e eficiente para alavancar o crescimento da economia, e o Cadastro Positivo dá uma grande contribuição aos bancos de dados, que vêm cumprindo sua parte e aprimorando cada vez mais a análise de crédito.

“Tudo isso assegura maior segurança para quem concede, e não permite que o consumidor se endivide acima de sua capacidade de pagamento”, destaca Cotait, que também comanda a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e a Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB).

Realizada em etapas, a implantação do Cadastro já foi concluída nas instituições financeiras, seguidas pelas empresas de telecomunicações. A atual etapa, em andamento, inclui as concessionárias de energia elétrica, que já trouxeram 85 milhões de registros, sendo 23% não bancarizados, informou a ANBC. As próximas, já iniciadas, incluem empresas de saneamento básico (água e esgoto) e gás encanado, e devem ser concluídas ao longo do 2º semestre.

A IMPORTÂNCIA DAS EMPRESAS-FONTE

No caso específico do varejo, outra grande contribuição da inclusão de dados no Cadastro
Positivo é ajudar empresas a avaliarem também o comportamento de compra do consumidor, segundo o diretor de dados da Boa Vista Ronaldo Sachetto.

Desde a sua criação, explica, o bureau trabalha para compartilhar informações dos seus clientes relativas ao sistema financeiro, conforme previsto em lei.

Apesar de empresas de outros segmentos compartilharem dados de pagamento para geração de score (mas nunca relativos a dados pessoais ou de movimentação bancária), sempre de acordo com a LGPD, ainda continuam concentrados em financeiras e telecomunicações, diz.

“Qualquer dado é fundamental, inclusive do pequeno, das cidades menores, pois pode melhorar ainda mais a nota de crédito daquele consumidor específico.”

A pergunta que fica, principalmente no caso dos pequenos negócios, é: o que eu ganho com isso? De acordo com Sachetto, além de ajudar a melhorar o score do consumidor, o Cadastro reflete melhor a realidade da empresa, que consegue conceder crédito em melhores condições.

A ideia é “não trabalhar com o negativo”, afirma. “Qualquer relacionamento de crédito é fonte para a Boa Vista: apesar de ter um registro de débito, se eu souber que esse consumidor sempre paga as contas, trabalha etc, isso vai ajudar a melhorar seu score.”

Para facilitar o envio dessas informações, a Boa Vista tem um site para empresas-fonte, para que negócios de qualquer porte se cadastrem e contribuam com envio de dados de pagamento dos clientes. O serviço é gratuito, e o site explica o passo a passo: basta se cadastrar aqui.

“Quanto mais dados, melhor consigo analisar, aumentar o score, facilitar a obtenção de crédito no mercado e reduzir mais os índices de inadimplência”, afirma o diretor da Boa Vista, para quem a contribuição ao Cadastro Positivo faz com que ele tenha uma “função social.”

O BOM FILHO À CASA TORNA

Envolvida nas discussões sobre o Cadastro Positivo desde 2011, a Boa Vista, dona do pioneiro Sistema Central de Proteção ao Crédito (SCPC), criado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em 1955, é uma das principais colaboradoras técnicas do BC e do Banco Mundial para sua evolução, segundo o CEO Dirceu Jodas Gardel Filho, também conselheiro da ANBC.

Além de contribuir para desenvolver cada vez mais o sistema de avaliação de score, o Cadastro tem levado crédito a pessoas com menor renda, afirmou Gardel durante o evento da ANBC.

“São mais de 10 milhões de empresas que ajudaram a compor o avanço nessa base de dados, mas também a utilizar melhor essas informações em benefício da sociedade.”

De 2011 até julho de 2019, o Cadastro Positivo não era obrigatório. O consumidor precisava pedir para ser incluído, o que, na prática, fez com que não tivesse resultado efetivo, já que só 6 milhões o fizeram espontaneamente, conforme destacaram especialistas no evento da ANBC.

Com a inclusão compulsória, esse número de beneficiados subiu para 140 milhões, ou aumentou 23 vezes, sendo que o consumidor pode pedir para ser excluído do Cadastro a qualquer momento.

Porém, no evento, a ANBC mostrou um indicador relevante, segundo o presidente Elias Sfeir, já que 45% dos consumidores que tinham saído do Cadastro Positivo já retornaram – o que só aconteceu, em sua avaliação, pois o consumidor entendeu os benefícios trazidos pelo cadastro do bom pagador.

Fonte: Diário do Comércio