A Johnson & Johnson decidiu reduzir seu mix com foco em produtos de maior valor agregado. E os dermocosméticos são a bola da vez, por meio da marca Neostrata. A fabricante mira um mercado que movimenta US$ 1,55 bilhão e que cresceu 62,8% em vendas na América Latina nos últimos cinco anos, segundo a Euromonitor.
As informações são do Valor Econômico, em entrevista com o presidente André Mendes, que deixou o cargo no último dia 30 de junho.
A fabricante norte-americana é a segunda maior vendedora no país, com participação de 9,6%, ainda bastante atrás da francesa L’Oréal, que detém uma fatia de 48,2%. Além das mudanças de portfólio, o grupo intensificou sua presença nas plataformas digitais, incluindo redes sociais, o que fez as vendas online triplicarem.
Dermocosméticos como parte de uma reestruturação
A intensificação do foco em dermocosméticos acompanha o potencial do mercado brasileiro para a operação da companhia. Hoje, a operação do país responde por mais de 60% das vendas da J&J na América Latina. De olho nesse movimento, a matriz também planeja, até o ano que vem, fazer uma “separação planejada” da divisão de Consumer Health, que deverá caminhar com as próprias pernas.
Com a saída de Mendes, o comando da J&J passa a ser dividido entre Daniella Brissac, vice-presidente de marketing Brasil e CCX (sigla em inglês para experiência do cliente) América Latina; e Heloisa Glad, vice-presidente comercial e managing director Brasil.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico