Você sabe para que serve a dexametasona? Trata-se de um medicamento que é indicado para uma série de doenças como Covid-19, artrite reumatoide e, também, alergias. De maneira geral, a ação em todas essas doenças é a mesma: o remédio freia a inflamação, suprimindo o sistema imune e, por conseguinte, aliviando os sintomas.
No que diz respeito ao novo coronavírus, o fármaco foi incluso no protocolo de tratamento depois que estudos comprovaram uma redução na mortalidade em casos graves.
Antes de qualquer coisa: atenção. Só realize o tratamento com a dexametasona com o acompanhamento de um profissional da saúde e com a dose e duração prescritas por ele. Isso porque, quanto mais forte e longo o tratamento for, mais intensos serão os efeitos colaterais.
Dentre os nomes de marca do medicamento, estão Biamotil D (Allergan), Decadron (Aché) e Dexason (Teuto). No varejo farmacêutico, você encontrará também a versão genérica para a apresentação em comprimidos.
Para que serve a dexametasona?
A dexametasona é uma opção de medicamento para alergias respiratórias que não respondem ao tratamento convencional. Dentre essas sensibilidades estão a asma e a rinite alérgica.
Além dos pulmões, outros órgãos atendidos pelo medicamento são os olhos, a pele e as articulações. Pacientes com câncer e que realizam quimioterapia podem fazer seu uso para combater a náusea e os vômitos.
Covid-19
Nos casos mais graves da Covid-19, é comum o uso de corticoides para o tratamento. Além de evitar mortes, esses remédios, quando utilizados no momento apropriado, também reduzem o tempo de internação na UTI e de necessidade de respirador.
Nesses quadros críticos, fármacos como a dexametasona são indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Vale destaque que, apesar da indicação para casos graves, seu uso para pacientes com sintomas leves é desaconselhado pela entidade.
Esse desencorajamento tem tudo a ver com a ação do medicamento. Isso porque, como ele inibe o sistema imunológico, pode favorecer a multiplicação dos vírus no organismo.
Nos casos mais graves, o maior problema não é a presença do microrganismo no corpo, e sim as inflamações causadas por ele. Então, essa redução no sistema imunológico passa a ser mais positiva do que negativa.
O profissional da saúde é o único capacitado para decidir sobre o uso ou não do remédio, seja pelo avanço da doença, ou também por outras especificidades que devem ser levadas em conta.
Conheça os glicocorticoides
O fármaco em questão faz parte da família dos glicocorticoides, também conhecidos como corticosteroides. Esses químicos reproduzem um hormônio naturalmente produzido pelo corpo, o cortisol.
Os principais efeitos da dexametasona e dos demais medicamentos dessa classe são antialérgico, anti-inflamatório e imunossupressor. Com eles, há um alívio em sintomas alérgicos, assim como no processo inflamatório causado ou não por doenças autoimunes.
Como posso tomar?
O remédio possui algumas apresentações, como:
- Colírio
- Comprimidos
- Elixir
- Injetável
- Pomada
A doença a ser combatida, idade e condição física do paciente nortearão a decisão do profissional de saúde para determinar qual apresentação é a mais assertiva para o caso.
Nunca tome o fármaco ou qualquer outro corticoide por conta próproa. Além dos possíveis efeitos colaterais, essa classe de medicamentos pode causar interação medicamentosa e até mesmo “esconder” sintomas de doenças ainda não diagnosticadas.
Quais os efeitos colaterais?
O efeito colateral mais conhecido dessa classe de medicamentos é o inchaço. Só que a retenção dos líquidos é só a ponta desse iceberg, que pode ser bem maior do que você imagina.
Dentre as reações adversas estão:
- Acne
- Alterações na visão
- Catarata
- Cicatrização de machucados mais lenta
- Conjuntivite
- Depressão
- Diminuição do crescimento corporal
- Excesso de sono
- Hiperglicemia grave em pacientes com diabetes
- Hipertensão
- Insônia
Como já comentamos anteriormente, quanto maior o tratamento, mais graves tendem a ser os efeitos colaterais. Por isso, mantenha sempre o acompanhamento médico em tratamentos mais longos e intensos.
Um efeito colateral próprio desses casos é a síndrome de cushing, que consiste na superprodução das glândulas adrenais. Ou seja, tem início um acúmulo excessivo de gordura em regiões como abdômen, pescoço, rosto e tronco, além de desestabilização da saúde mental e lesões na pele.
Crianças e idosos, grávidas e lactantes
Apesar de as crianças e idosos poderem fazer o uso da dexametasona, as grávidas e lactantes não devem.
No caso dos pequenos, o tratamento é acompanhado para identificar qualquer tipo de prejuízo em seu crescimento. Os corticosteroides são passados pelo leite materno, mas, caso o profissional da saúde julgue que o benefício é maior que o risco, a amamentação pode ser paralisada durante o tratamento e retomada posteriormente.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico