Assunção, 30 mar (EFE).- O Paraguai colocou em quarentena as 100 mil doses da vacina Covaxin, que foram doadas ao país pela Índia, enquanto aguardará as decisões dos órgãos reguladores de México e Brasil.
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Hoje, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negou, a certificação de boas práticas de fabricação à Bharat Biotech. Entre os problemas apontados estão questões sanitárias, de controle de qualidade e de segurança na fabricação do agente imunizante.
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O lote entregue ontem ao Paraguai é parte inicial de um montante que conta com mais 2 milhões de doses, dentro de um acordo firmado com o governo indiano. Nesta semana, há previsão da chegada de mais 100 mil doses da Covaxin.
“Estas vacinas permanecerão em quarentena, até que possamos verificar a segurança e a eficácia”, segundo anunciou a diretora de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde paraguaio, Maria Antonieta Gamarra.
A representante do governo explicou que está sendo mantido contato direto com a Anvisa e com a Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) do México, para tentar certificar o uso das vacinas.
Segundo as autoridades paraguaia, a Cofepris aprovou a intenção de compra do México. Além disso, indicou que a companhia indiana tem “várias possibilidades” de reverter o informe negativo emitido no Brasil, corrigindo as observações “que podem ser pontuais ou pontos críticos na produção”.
Já Héctor Castro, diretor do Programa Ampliado de Imunizações do Paraguai, disse que a Covaxin é uma vacina que está na terceira fase de testes, com 25,8 mil voluntários que tem idades entre 18 e mais de 90 anos.
Atualmente, o Paraguai enfrenta uma segunda onda de casos do novo coronavírus, com uma média diária de 2 mil casos nas últimas semanas.
Por causa disso, o governo decretou medidas mais rígidas para o período da Semana Santa, que será concluída neste domingo.
Desde o início da pandemia da Covid-19, foram registrados no Paraguai 210.425 casos de infecção pelo novo coronavírus, e 4.113 vítimas da Covid-19.
Fonte: BOL