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Parcerias Público-Privadas são modelos que aliviam o setor público na Saúde

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Gestão 26 de outubro de 2017

By Editorial

O tema das PPPs foi debatido no Congresso “Saúde Business Conference”, durante o primeiro dia do Healthcare Innovation Show (HIS), no São Paulo Expo

O secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Francisco Figueiredo, abriu o painel “Saúde Business Conference”, que teve como moderador, Rogério Caiuby, diretor de estratégia do Hospital Sírio-Libanês. Segundo Figueiredo, para que o modelo de PPPs dê certo no país o hospital, por exemplo, não pode ser 100% mantido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), pois, se for, é melhor que seu financiamento continue sendo totalmente público. Para ele, é essencial que se saiba quem se deve ou não contratar no setor de saúde. “No Brasil, temos o modelo das Organizações Sociais (OS). Quem erra muito é o ente público que não acompanha esse contrato, que contrata errado.” O secretário ainda lembrou que hoje no Brasil os gastos com saúde são diferentes do de 15 anos atrás, e que o tratamento de vítimas da violência urbana e de acidentes de trânsito, principalmente de motos, tem pesado nas contas dos municípios.

Já Joel Formiga, coordenador do programa Corujão da Saúde, da Prefeitura de São Paulo, afirmou que a capital paulista está investindo em inovação. “Nós estamos com uma mentalidade de transformar, mudar. O que se ganha em qualidade e agilidade com tecnologia não tem preço”, afirmou. Segundo ele, as chances de um cidadão ser atendido em um esquema público-privado na cidade é grande: “Quando nós olhamos para o orçamento da prefeitura, dos R$ 50 bilhões para Saúde, R$ 10 bilhões são gastos com OSs. Das quase mil unidades de saúde de São Paulo, dois terços são operadas por OSs. Hoje, não seria viável abrir um hospital sem essas organizações”, afirmou.

Felipe Rizzo, executivo do setor, com ampla experiência internacional, ressaltou que as PPPs foram muito testadas na Europa antes de chegar à América Latina. “Esse modelo tem muito a ver ao iniciar um projeto de grande escala, que gera uma alta complexidade e exige uma modelagem diferenciada, e criar um prazo longo para ceder espaço a quem tem mais competência para colocá-lo em prática”. Segundo ele, essas parcerias podem contribuir com projetos mais complexos que podem ser compartilhados com o setor privado”, afirmou.

Discussão sobre jornada do paciente tem tecnologia como pano de fundo

O painel “Experiência: Jornada do Paciente em Contexto Ambulatorial e Hospitalar”, apresentado no 2º Simpósio de Liderança Clínica do HIS, tratou da experiência do paciente dentro do processo hospitalar e sobre como a tecnologia pode melhorá-la.

O moderador, Fábio Mattoso, executive leader Watson Health da IBM, ressaltou que “nenhuma tecnologia vai substituir o médico. Embora hoje tenhamos dispositivos que monitoram o paciente o dia todo, como os que medem a glicemia dos diabéticos, e que auxiliam muito os profissionais da saúde.” Luiz de Luca, CEO da Américas Serviços Médicos, lembrou que hoje temos, inclusive, “aplicativos que dão acesso a resultados de exames”.

O presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, Sidney Klajner, afirmou que o uso de tecnologias pode ajudar no tratamento de doenças, como o diabetes. “Temos no hospital um aplicativo que informa o paciente sobre a dose de insulina a ser tomada, por exemplo”, afirmou. Por outro lado, continua Klajner, “hoje, a quantidade de informações que nós temos e recebemos é muito fragmentada, temos muito a evoluir com relação à inserção de dados para que haja um prontuário único, de forma que o paciente e médico se beneficiem”.

Ao ser questionado sobre o acesso das populações mais pobres à saúde e tecnologia, Reynaldo Neiva, diretor administrativo corporativo do Hospital Leforte, afirmou que há um “atraso enorme no entendimento do que é o futuro”. “Vejo também uma grande ruptura, acho que outros sistemas vão servir às nossas necessidades, em outros canais de comunicação, por exemplo. A gente subestima as pessoas mais pobres, mas elas já estão muito conectadas e, com isso, têm acesso a tudo. Por incrível que pareça, tem muita gente no país que nunca passou por uma consulta médica. Eu acredito que a tecnologia por revolucionar a vida dessas pessoas”.

Gustavo Gusso, diretor médico da Amil, disse que há outras formas de mudar a cultura da medicina, ainda apegada a modelos pouco eficientes. Uma dessas formas, segundo ele, é estimular a interação entre profissionais envolvidos no tratamento do paciente. “Os médicos não conversam entre eles, isso é cultural. E estamos tentando resolver isso marcando, por exemplo, consultas entre eles”, contou.

Prevenção e planejamento são fundamentais para o atendimento ao idoso

Para aprimorar o atendimento de saúde à população idosa no Brasil é preciso em primeiro lugar cuidar da prevenção às doenças, mas antes disso as redes e os diversos elos desse processo, público e privado, têm de encontrar conjuntamente soluções para problemas que são direta ou indiretamente comuns. Esses foram os maiores desafios levantados no painel “Inovação com foco em envelhecimento populacional e gerenciamento crônicos”, apresentados no “Saúde Business Conference”, no HIS 2017.

Para uma população que envelhece de forma acelerada, como a brasileira, o sistema de saúde deve aumentar o atendimento em atenção primária, que segundo especialistas podem resolver até 80% dos casos dos pacientes com algum tipo de doença. “Mas para isso é preciso haver planejamento e integração dos diversos segmentos envolvidos no processo e não vejo ninguém no Brasil pensando nisso”, afirmou Mohamed Parrino, CEO do Hospital Moinhos de Vento.

Ricardo Soares, CEO do Brasil Senior Living, recomendou, por exemplo, o treinamento dos profissionais envolvidos com base em um plano terapêutico desenhado especialmente para os pacientes idosos, que possuem particularidades especiais nos tratamentos a que são submetidos. Uma das possibilidades de melhorar a prevenção para esses pacientes, destacou Miguel Velandia, presidente da Medtronic, é a utilização de produtos e equipamentos tecnológicos que tratam com mais eficiência ou minimizam os efeitos causados pelas doenças, como marca-passos mais modernos, o desenvolvimento de pâncreas artificial para diabéticos e outros itens que vem sendo criados.

A diretora executiva do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), Joyce Chacon, lembrou que algumas campanhas de prevenção feitas no Brasil foram bem sucedidas diminuindo muito a incidência de doenças, como as originadas do tabagismo, por exemplo. Segundo ela, trata-se de uma maneira bastante eficiente de lidar com muitos problemas de saúde, contudo, as iniciativas ainda são poucas, sendo necessário maior envolvimento do setor público com o apoio das empresas privadas.

Inovações que contribuem na área de saúde são discutidas no HIS

A moderadora Marisa Madi, diretora-executiva do Inrad – HCFMUSP, apresentou a mesa “De Obstáculo a Oportunidade: Trazendo Inovação para a Mudança do Setor”,durante o Saúde Business Conference. Ela afirmou que a discussão se daria no âmbito “de que forma a inovação pode contribuir com o setor de saúde, que é tão tradicional e regulado”.

Denise Santos, CEO da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo, relatou que é difícil inovar, principalmente por conta do investimento financeiro, que nem sempre gera um retorno – a executiva lembrou ainda que o tradicional hospital comandado por ela passou por uma repaginação total muito recentemente, o que não passou sem gerar alguma controvérsia. “Na minha concepção de engenheira, inovação é toda pequena, média ou grande revolução”, disse.

Para Gabriel Palne, CEO do Grupo Geriatrics, a inovação é dividida em essencialmente “três partes: de modelo, na descoberta da fórmula de criar um novo resultado, por exemplo, tecnológica, onde se imagina que toda inovação se encaixa ali, e de processo, que envolve o processo não só dentro da unidade, mas de todo o sistema, para torná-lo mais eficiente”.

Rodrigo Baer, da Redpoint eVentures Brazil, afirmou que o setor tem que mudar os incentivos para inovar e crescer. “É difícil fazer isso numa carreira profissional que nunca foi remunerada por performance, como é o caso dos médicos, que, invariavelmente, só recebem reconhecimento com a publicação de papers”.

Live Healthcare entrega prêmio Great Place to Work para 76 empresas

Para prestigiar as empresas e entidades ligadas ao setor de saúde que mais investem nos funcionários e no ambiente de trabalho, a Live Healthcare, organizadora do HIS 2017, em solenidade no final da tarde de ontem (25/10), entregou o prêmio “Great Place to Work”, na sua 4ª edição, a 76 contempladas. Divididas nas categorias “Farmácias e Distribuidores”, “Planos de Saúde”, “Farmacêuticas”, “Clínicas”, “Medicina Diagnóstica”, “Hospitais” e “Indústria e Serviços”, os representantes das instituições premiadas de todo o Brasil subiram ao palco principal do evento para receber os troféus que representam os melhores locais para se trabalhar.

A escolha das instituições de saúde obedeceu a alguns critérios a partir de pesquisa realizada com os funcionários e de uma avaliação das práticas das políticas de trabalho adotadas. A pesquisa mediu o respeito à diversidade, hospitalidade, orgulho pelo trabalho e ajuda à comunidade, com peso equivalente a 67% dos votos. No caso da avaliação, com peso de 33% na nota final, os critérios foram qualidade de vida, benefícios, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, entre outros.

Agenda: Ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa do coquetel de encerramento do HIS, nesta quinta-feira (26), às 18h, no São Paulo Expo.

Serviço

HIS – Healthcare Innovation Show 2017

Data: 25 e 26 de outubro de 2017

Horário: das 8h30 às 19h00

Local: São Paulo Expo

Endereço: Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo

http://saudebusiness.com/his/

Credenciamento Imprensa – o credenciamento poderá ser feito diretamente pelo link: goo.gl/vXRoLr

Contato para imprensa (HIS 2017):

2PRÓ Comunicação

e-mail equipe: his17@2pro.com.br

Teresa Silva – (11) 3030-9463

Luciano Somenzari (11) 3030-9435

Myrian Vallone – (11) 3030-9404

Paula Giffoni – (11) 3030-9402

www.2pro.com.br

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Fonte: Saúde Web

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