Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Pesquisa alerta para efeitos inesperados dos antidepressivos na musculatura

Acompanhe as principais notícias do dia no nosso canal do Whatsapp

Medicamentos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs), os populares antidepressivos, podem causar efeitos colaterais, como rigidez, tremores e atividade tônica alterada, bem como um aumento do risco de desenvolver resistência à insulina e diabetes mellitus. Contudo, pouco se sabia sobre as alterações estruturaisfuncionais e metabólicas dos músculos relacionados ao uso crônicodessas medicações. Preocupados com a diária popularização de tratamentos e um possível uso indiscriminado dos ISRSs (a exemplo de Fluoxetina, Sertralina, Paroxetina, Citalopram e Escitalopram), pesquisadores da Unidade de Estudos em Nutrição e Plasticidade Fenotípica (UENPF) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) lançaram um novo alerta para os efeitos inesperados dessas drogas sobre os músculos, que vão desde a perda de massa até incapacidade de contração.

“Existe uma grande incidência do uso desse tipo de medicação e o tecido muscular acaba sendo subjugado, meio esquecido (em pesquisas). Geralmente, as repercussões são estudadas em outros sistemas. Por isso, fomos em busca de saber se o músculo esquelético seria afetado por esse tipo de droga e quais repercussões esse tipo remédio causaria. Encontramos resultados interessantes e confirmamos que há alterações metabólicas, funcionais e estruturais”, comentou o pesquisador da UFPEDiego Visco.

Ele, junto com os pesquisadores e professores Ana Elisa Toscano (Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia) e Raul Manhãs de Castro (Programa de Pós-Graduação em Nutrição), assinam o artigo “Inibidores seletivos da recaptação de serotonina afetam estrutura, função e metabolismo do músculo esquelético: uma revisão sistemática”, publicado na revista internacional Pharmacological Research.

De forma mais recorrente, o uso prolongado desses antidepressivos leva os músculos a problemas na captação e metabolização da glicose, assim afetando a energia do indivíduo. “É importante destacar que isso pode apresentar boas perspectivas de investigação em desordens metabólicas, como obesidade e diabetes. Outra repercussão indesejada é a diminuição e perda da massa muscular, podendo este fator estar associado às alterações de peso. E na área funcional, chama atenção as alterações das propriedades elétricas dos músculos que afetam a capacidade de contração.

De forma mais recorrente, o uso prolongado dessesleva os, assim afetando a energia do indivíduo. “É importante destacar que isso pode apresentar boas perspectivas de investigação em, como. Outra repercussão indesejada é a diminuição e, podendo este fator estar associado às alterações de peso. E na área funcional, chama atenção as alterações das propriedades elétricas dos músculos que afetam a

“A pesquisa alerta que é preciso levar em conta o estado basal do indivíduo, ou seja, como ele está antes de se administrar o inibidor (remédio). Porque, em alguns casos, essa administração pode ser benéfica, mas, em outros, pode levar a danos que não se esperam. É preciso ficar alerta, pois, em determinados casos, essas drogas podem ter um efeito inesperado e ruim a uma estrutura enorme do nosso corpo. Os músculos correspondem a 40% de nós e isso representa muita coisa para o bem-estar”, afirmou a pesquisadora Ana Elisa Toscano.

A cientista destacou que esse conhecimento inicial sobre os efeitos adversos dos inibidores de serotonina ainda não responde a questões como: quanto tempo de uso traz essas repercussões negativas nos músculos? Existe regressão dos danos ao tecido muscular com a suspensão dessas medicações? Ainda são necessários estudos de acompanhamento prolongado de pacientes em tratamento.

Fonte: Folhas PE

Notícias mais lidas

Notícias Relacionadas

plugins premium WordPress