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Pessoas com fibromialgia têm números diferentes de bactérias

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Uma nova pesquisa descobriu que pessoas com fibromialgia têm diferentes quantidades de certos tipos de bactérias no intestino do que aqueles que não têm a doença. O estudo, publicado na edição de junho do periódico Pain, foi conduzido por cientistas da Universidade McGill, no Canadá. Segundo os pesquisadores, os resultados podem facilitar o diagnóstico e melhores opções de tratamento.

“Descobrimos que a fibromialgia e os sintomas da fibromialgia, como dor, fadiga e dificuldades cognitivas, contribuem mais do que qualquer um dos outros fatores testados para as variações que vemos nos microbiomas das pessoas com a doença”, disse Amir Minerbi, autor do estudo, em um comunicado. “Também vimos que a gravidade dos sintomas de um paciente estava diretamente correlacionada com uma presença aumentada ou uma ausência mais pronunciada de certas bactérias –algo que nunca foi relatado antes”.

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De acordo com os cientistas, ainda não está claro qual a relação entre a doença e a quantidade dessas bactérias específicas, mas entender a composição do microbioma intestinal é um passo importante para entender como a doença funciona.

Como o estudo foi feito

  • Os pesquisadores testaram 77 mulheres com fibromialgia e 79 participantes sem a doença. Diversos tipos de testes foram feitos, incluindo a extração de amostras de DNA e fezes.
  • Com os exames, os cientistas confirmaram diferenças entre os microbiomas de pacientes com fibromialgia e os que não tinham a doença. Os diferentes tipos de testes também ajudaram a definir se essas mudanças não eram causadas por fatores como dieta, medicação, atividade física, idade e assim por diante, que são conhecidos por afetar as bactérias do intestino.
  • De um modo geral, aqueles com e sem a doença tinham a mesma população global e diversidade de bactérias no microbioma intestinal, mas seus níveis diferiam. Ao todo, 19 espécies diferentes de bactérias, incluindo várias que foram ligadas a distúrbios intestinais, artrite inflamatória e respostas inflamatórias, foram encontradas em menor ou maior quantidade nos tratos gastrointestinais dos participantes do estudo com fibromialgia.
  • Com a variedade de dados, os pesquisadores conseguiram diagnosticar com precisão a fibromialgia em 87% das vezes.

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/04/30/superbacterias-sao-uma-das-maiores-ameacas-as-futuras-geracoes-diz-onu/

O que é a fibromialgia?

Dores musculares e nas juntas por todo o corpo, sono que não restaura a energia, cansaço constante, alterações intestinais, cólicas, dores de cabeça, falhas de memória e dificuldade de concentração são os sintomas mais comuns da fibromialgia, uma síndrome comum que atinge mais mulheres e não se sabe exatamente por que ela surge.

A doença atrapalha, e muito, a qualidade de vida de seus portadores. Seu tratamento é multidisciplinar e inclui intervenções medicamentosas (com analgésicos e, eventualmente, antidepressivos específicos que auxiliam no controle da dor), exercícios físicos (principalmente aeróbicos e alongamento) e acompanhamento psicológico.

Fonte: UOL

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