PMEs consideram Score PJ acima de 701 como bom
Pontuação do Serasa Experian usada para obter crédito aponta elevado nível de autoexigência. Mas os números gerais não são positivos


Pesquisa realizada pela Serasa Experian sobre o Score PJ revela que 64% das pequenas e médias empresas (PMEs) consideram a pontuação a partir da faixa de 701 como boa quando se pensa em reputação. O índice, que varia de 0 a 1000, indica a probabilidade de uma companhia honrar seus compromissos financeiros dentro de um período de tempo e funciona como balizador do mercado para a concessão de crédito.
No grupo que considera o score acima de 701 como bom, 37% apontam o intervalo ideal entre 701 e 900. Outros 27% entendem que é recomendável ter uma pontuação acima de 901. Apenas 7% consideram pontuação de 301 e 500, e 4% até 300.
Os dados mostram pouca variação quando se observa o estudo por segmentos de atuação das PMEs. No entanto, a realidade parece distante do nível de autoexigência das corporações. Isso porque o Score de 76% das pequenas e médias empresas não passa de 400.
“Uma pontuação acima de 500 no Score PJ já amplia as chances de a empresa obter um crédito de qualidade e ter mais aceitação por parte das instituições financeiras”, ressalta Cleber Genero, vice-presidente de PMEs do Serasa Experian.
Importância de monitorar o Score PJ
Segundo Genero, monitorar e cuidar do Score PJ é fundamental, pois a pontuação funciona como uma reputação financeira do negócio. “O exemplo vem das próprias pessoas físicas. Cerca de 84% dos consumidores já monitoram seu Score, enquanto na pessoa jurídica esse índice ainda está na faixa dos 20%”, alerta o especialista.
Quando o assunto é conceder crédito para outras empresas, o Score PJ passa a ser dado relevante para que o credor tome a melhor decisão. A pesquisa mostra que 75% das PMEs usam essa pontuação como base para avaliar novos clientes, decidir sobre vendas a prazo e diminuir riscos de inadimplência.
Visão das PMEs
O estudo traz ainda a visão das PMEs sobre a faixa de Score que elas consideram atrativas considerando os seus clientes. Do total de respondentes, 38% acreditam que a faixa entre 701 e 900 reflete um perfil mais atrativo. Somente 19% das pequenas e médias empresas optaram pela faixa acima de 901 pontos, enquanto 14% entre 501 e 700.
“O Score PJ é também uma ferramenta de gestão de riscos e esses percentuais comprovam que o mercado valoriza mais o cliente que tem o score mais alto, pois as chances de sofrer um calote são menores com esse tipo de perfil”, avalia.
“Por isso, é fundamental entender as faixas de pontuação e seu apetite a risco. Fatores como histórico e pontualidade de pagamentos e consultas realizadas, por exemplo, impactam no dia a dia financeiro das empresas e em seu Score”, finaliza o especialista.
A classificação do Score PJ é baseada em critérios financeiros e comportamentais, além de considerar dados cadastrais, inclusão no Cadastro Positivo, dívidas em aberto e a relação com o mercado.