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Policitemia vera: sangue em excesso

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A policitemia vera produz células sanguíneas demais e afeta o bom funcionamento do sistema circulatório

policitemia vera pertence à categoria das chamadas doenças mieloproliferativas, que se manifestam na medula óssea e provocam uma produção excessiva de células sanguíneas. Não se trata de um câncer. É diferente do que acontece com as leucemias, que afetam células-tronco jovens da medula – e não adultas. A policitemia vera faz com que o corpo produza mais glóbulos vermelhos do que precisa, deixando o sangue “grosso”. Esse espessamento pode provocar alterações no fluxo da corrente sanguínea, levando a problemas circulatórios.

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O que você precisa saber?  Fatos importantes sobre a policitemia vera.

  • Não tem cura e é grave.
  • Requer acompanhamento e tratamento, pois pode causar infarto, AVC e trombose.
  • Transplante de medula óssea não é uma opção de tratamento.
  • Pode virar LMA, leucemia mieloide aguda, em 5% a 10% dos casos.
  • Também há risco de evoluir para mielofibrose.

Como a medula óssea funciona?

5 pontos importantes que precisam ser analisados.

  • Ela fabrica os componentes do sangue.
  • As responsáveis por essa linha de produção são as células-tronco.
  • Os glóbulos vermelhos transportam o oxigênio, os glóbulos brancos defendem o corpo de infecções e as plaquetas atuam na coagulação.
  • Em condições normais, essas células sanguíneas nascem, amadurecem e são liberadas na corrente sanguínea quando estão prontas (maduras) para desempenhar suas funções.
  • As doenças mieloproliferativas, como a policitemia vera, descontrolam justamente esse ritmo de produção e inundam o sangue com mais células do que o necessário.

O que causa a policitemia vera?

Embora as causas não estejam totalmente esclarecidas, pesquisas mostram que 90% dos portadores da doença apresentam anormalidade no gene JAK2 (uma mutação conhecida por V617F). “Trata-se de um erro no código genético que mexe nas regras de produção das células do sangue”, explica o hematologista Fábio Pires, do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital Beneficência Portuguesa.

Segundo o médico, é uma doença sem cura, rara e não hereditária, mais comum entre idosos, embora hajam casos diagnosticados em jovens de até 12 anos de idade. Pelas estatísticas, há 0,5 a 1 caso por 100 mil habitantes por ano, com média de idade de 70 anos. O diagnóstico requer exames minuciosos.

De olho nos sintomas

Os sintomas da policitemia vera nem sempre se manifestam. Entre os mais leves estão: tontura, dor de cabeça, visão turva, cansaço, vermelhidão, coceira e queimação em mãos e pés, além de perda de apetite (e peso), suor noturno, sangramento de nariz e febre. Nos casos mais graves, pode gerar obstruções circulatórias, causar infarto (coração), AVC (cérebro) e diferentes tromboses.

Todos os sintomas estão associados à consistência mais espessa do sangue pela maior concentração de glóbulos vermelhos. “O trabalho do médico é avaliar o risco de
obstrução vascular e controlar a doença”, esclarece Fábio Pires. “Entre os tratamentos, estão a administração de aspirina, que ‘afina o sangue’, e a sangria, que elimina células do sangue. Há ainda a aplicação de um quimioterápico que diminui a produção de glóbulos vermelhos. Como se trata de uma doença crônica, o paciente que precisar tomar medicamentos terá de fazê-lo para sempre, a não ser em caso de efeitos colaterais mais graves”.

Fonte: Revista Abrale

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/10/28/anvisa-estende-prazo-de-consulta-publica-sobre-servicos-farmaceuticos/

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