Os preços de medicamentos devem ficar mais caros a partir de abril deste ano. Nesta semana, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) deve divulgar o reajuste de medicamentos de 2022, que, usualmente, começa a valer no dia 1º de abril De acordo com analistas do mercado, a alta deve ser de mais de 10%., segundo reportagem da Folha de S. Paulo.
“Se o fator Y vier na casa dos 2%, prevemos um forte reajuste para medicamentos da ordem de 12%, quase 13%. Esse reajuste deve entrar em vigor a partir de abril, mas ele não é um pulso, ele é um valor máximo permitido. O que significa que existe uma discricionariedade para as fabricantes repassarem os reajustes ou não ao consumidor”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Sanchez diz que o reajuste deve ser diluído ao longo do primeiro semestre do ano. Cerca de 60% do impacto deve ser sentido em abril, 30% em maio e 10% em junho.
O reajuste considera o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, e mais três fatores, batizados de X, Y e Z. O IPCA é a inflação oficial do país acumulada de março de 2021 a fevereiro de 2022. O Fator X mede o nível de produtividade do setor farmacêutico.
Já o Fator Y tem como objetivo medir os impactos de itens que estão fora do IPCA. E o Fator Z, que possui três níveis (1, 2 ou 3), é definido com base na concorrência do mercado. Se um remédio é vendido por apenas uma empresa, por exemplo, o reajuste vai entrar no nível 3, que é mais baixo. Agora, se existem uma série de laboratórios que fabricam o mesmo medicamento, com mais concorrência, o reajuste é o maior de todos (nível 1).
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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