Presidente da Anvisa: 1.600 nomes decidiram sobre vacinação infantil

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Desde a aprovação da vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, nesta quinta-feira (16/12), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem sido alvo de fortes críticas e tentativas de intimidação por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL). Sem citar diretamente o nome do líder do executivo, o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, reagiu aos ataques de Bolsonaro durante sua fala na abertura da reunião da diretoria colegiada da autarquia.

Torres defendeu que a decisão não foi tomada de forma isolada e que ‘mais de 1.600 pessoas”, entre especialistas e funcionários, participaram do processo. ‘Se formos consultar todas as pessoas que contribuíram, direta ou indiretamente, essa lista contaria, por certo, com mais de 1.600 nomes. Todas as nossas atividades estão entrelaçadas e todos são essenciais’, afirmou.

Torres defende o trabalho do órgão regulamentador, criado há 22 anos. ‘Nessas duas décadas de trabalho silencioso, outras vacinas e outros medicamentos foram analisados por essa mesma equipe’.

O diretor enfatiza, ainda, que o órgão ‘não vacina ninguém’ e deixa claro que esta função é do governo federal. ‘A nossa Agência Nacional não vacina ninguém, não injeta no braço de ninguém a vacina. O gestor do sistema nacional de imunizações é o Ministério da Saúde e, portanto, o governo federal’, pontua.

Quanto à decisão sobre a vacinação, ele insiste que é um assunto competente aos pais ou responsáveis da criança.

‘Somos legalistas’

Para Torres, o trabalho da Anvisa sempre foi pautado pela lei. ‘Somos legalistas, somos cumpridores daquilo que a lei determina e temos total tranquilidade em fornecer informações que nos venham a ser solicitadas’.

O diretor-presidente colocou o órgão e todos os funcionários à disposição da Justiça. Sem falar de Bolsonaro, no entanto, deixou claro o propósito de seu discurso: um recado para o presidente.

‘Rogamos a Deus que, nos aproximando do final deste ano, no mês que o dia 25 nos remonta ao amor, à fraternidade a ao bom entendimento entre o povo, que esse bom entendimento contagie, em um contágio do bem, o coração de todos’, concluiu.

Fonte: Toda Hora

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