Fórmulas personalizadas, concebidas para as necessidades e peculiaridades de cada consumidor, devem ditar os rumos do setor de higiene pessoal e beleza nos próximos cinco anos.
“As grandes indústrias farmacêuticas ainda mantêm a produção muito padronizada, mas há potencial para se trabalhar em nichos. Quando falamos de gestantes, o mercado já pensa em oferecer o creme para aquela que tem a pele mais sensível ou que mancha com mais facilidade”, exemplifica Lucas Portilho, diretor científico do Consulfarma, responsável pela organização do Congresso Internacional de Tendências de Beleza, cuja 14ª edição aconteceu entre 11 e 13 de julho em São Paulo.
E os lançamentos do setor magistral influenciam as indústrias cosméticas. “Antes de um cosmético chegar às prateleiras, ele passa pelo setor magistral, que consegue produzi-lo com até dois anos de antecedência”, explica Portillo. Entre os lançamentos apresentados no evento, destaque para a linha Selfish, composta por chocolates que ajudam a rejuvenescer e até relaxar; e para o filtro solar Dose Certa, cuja embalagem já libera a quantidade correta do produto e, além disso, também vem com uma balança. Já a Posts Cosmetics é uma linha de cosméticos em filme no formato de pequenas folhas de papel lembrete (post-it) para lembrar o cuidado diário que o consumidor deve ter com a pele.
Os números do setor de beleza no país dão sustentação a essa tendência da indústria. De 2014 a 2019, de acordo com a provedora de dados Statista, o mercado brasileiro avançou mais de US$ 10 milhões. Foi o segundo maior crescimento, atrás apenas da China (US$ 21 milhões). O país ocupa a quarta posição no gasto com esse tipo de produto no mercado mundial, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Japão.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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