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Profissionais da saúde figuram em 2º na lista de acidentes de trabalho

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sa da Capital registrou, no ano passado, 194 acidentes de trabalho, sendo que 70% deles foram com materiais perfurocortantes como agulhas e bisturis. Ao todo, foram 367 ocorrências. A maioria dos casos aconteceu nas últimas duas horas do expediente.

Levantamento realizado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) mostra que a maioria dos acidentes ocorre com técnicos de enfermagem – nove no ano passado – seguido por auxiliares de enfermagem. Também são registrados problemas com auxiliares de produção farmacêutica, atendentes de farmácia, médicos, entre outros.

A realidade pode ser ainda mais alarmante já que nem todos os casos são reportados aos órgãos competentes. Segundo a assessoria do MPT (Ministério Público do Trabalho) em Mato Grosso do Sul, o perito Sandoval Lopes de Sousa relata que, muitas vezes, o empregador prefere omitir o acidente para economizar.

Nem sempre profissionais atendem nas melhores condições possíveis. Imagem do corredor de emergência do Hospital Regional – Foto: Repórter Top

“Quando a empresa informa um acidente de trabalho, ela vai para uma estatística e quanto maior o número de acidentes, maior a implicação negativa do ponto de vista financeiro. Toda empresa paga em torno de 1% a 3% sobre a folha bruta de pagamento, conforme a quantidade de acidentes registrados. Por isso, muitas empresas subnotificam os acidentes e isso prejudica o trabalhador”, esclareceu o perito.

No caso da Santa Casa, grupo de trabalho do MPT recomendou que a administração estabeleça maior controle nas jornadas de trabalho dos profissionais que atuam no hospital, em especial da cirurgia, salientando que a realização de jornadas excessivas pode causar exaustão e maior suscetibilidade para erros e acidentes.

O grupo também pediu aumento da fiscalização quanto ao uso e treinamento dos profissionais sobre os equipamentos de proteção individual (EPIs); criação de protocolo específico para atendimentos de urgência e emergência a pacientes psiquiátricos, com objetivo de reduzir agressões aos trabalhadores; e a cumprir a quantidade mínima de profissionais exigida pelo Conselho Federal de Enfermagem.

Santa Casa registrou maioria dos casos na Capital – Foto: Wesley Ortiz

Ainda foi solicitado que a Santa Casa organize com o Setor de Vigilância Epidemiológica um fluxo de notificações, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, relativamente aos pacientes e funcionários e que fortaleça a vigilância por meio de capacitações permanentes.

Além disso, conforme a assessoria do MPT, o hospital deverá estabelecer um fluxo entre o Núcleo de Vigilância Epidemiológica e demais setores para melhorar a vigilância em saúde do trabalhador, uma vez que a quantidade de CATs relativas aos empregados da Santa Casa é superior ao quantitativo registrado no Sistema de Informação de Agravos de Notificação.

Em resposta, a Santa Casa informou que “o Setor de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt) do hospital identificou os pontos de ocorrência e instituiu um cronograma de treinamento periódico. A equipe do Sesmt aumentou a fiscalização de uso de EPIs e utilização de Procedimento Operacional Padrão (POP). Com as medidas, os números já apresentam baixa considerável nos últimos três meses”.

A assesssoria do hopital ainda destaca que, “como ressaltou o juiz do TRT, Dr. Márcio Alexandre da Silva, o fato da Santa Casa realizar quantidade considerável de notificações não significa que ela tenha muito acidente, mas sim que ela segue as normas e notifica todas as ocorrências, por pequena que sejam”.

Fonte: Top Mídia News

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