A pergunta que muitas pessoas fazem é se há um momento exato para começar a fisioterapia pélvica. Mas está aí uma dúvida sem resposta exata, inclusive entre os profissionais da área. Pode começar com 14 semanas, com 20, 28, 32 e até com 36 semanas.
Para Marisa Marin, fisioterapeuta dermatofuncional e pélvica, mesmo sem essa definição, há outras maneiras de entender o momento ideal de cada paciente começar o tratamento na gestação. É importante acompanhar cada etapa da gravidez, reconhecendo as mudanças e desconfortos que a paciente pode apresentar, orientando e informando.
Ao descobrir a gravidez, pode ser feita uma primeira avaliação, uma anamnese, e orientar sobre:
- Os exercícios da atividade física
- Cuidados com sol/ luz
- Risco de manchas/ melasma
- Compreender se a paciente já apresenta algum escape de urina (fazendo exercício, no espirro, na tosse, no esforço)
- Se tem dores na relação sexual (o que já demonstra a existência de uma musculatura com mais pontos de tensão ou não)
- Avaliar a postura da paciente, se tem uma tendência a ter dores na lombar, ciático
Como definir o período ideal para iniciar a fisioterapia pélvica
É importante o olhar geral da fisioterapia, e após esse processo, será feita uma sessão de fisio pélvica inicial para avaliar alguns pontos:
- O abdômen e entender como está a diástase abdominal (no início)
- Liberar pontos que poderão apresentar dores, porque muitas vezes a paciente acha que não dói, mas pode ser um engano
- Repassar orientações na prática sobre a importância e quais exercícios se deve ou não fazer com foco na fase da gestação
- Avaliar o conhecimento pélvico da grávida, e ela sabe ou não contrair a musculatura do canal vaginal, contrair, relaxar, se tem dor ao toque, tensão, se tem fraqueza, constipação, se tem hemorroida
- Se está alinhado a consciência perineal com o movimento muscular (muitas mulheres acham que contraem, mas não exatamente, muitas também apresentam dificuldade no relaxamento)
Dessa forma e sabendo das diversas possibilidades e diferentes pacientes e necessidades, fica definido o período ideal para cada procedimento, podendo ser semanal, ou quinzenal ou mais intercalado.
Para Marisa, com base na informação de que a partir de 36 semanas de gestação o bebê já pode nascer, esse é um período onde ela defende que a mãe já se sinta pronta para parir. Que ela esteja consciente das fases do trabalho de parto, compreenda o que é esperado, ou não, durante o processo do nascimento, com menos desconfortos e dores da gestação.
Trata-se de um trabalho importante para que, na hora, ela possa sentir “apenas” as dores da contração uterina, que tenha conhecimento do movimento e comando perineal necessário para a força de expulsão do bebê pelo canal vaginal e esteja com a musculatura preparada para o alongamento que deve acontecer durante o parto.
Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação.