Para quase sete entre dez leitores, está faltando empenho dos conselhos de classe e do governo federal para garantir a vacinação prioritária de farmacêuticos. É o que aponta a última enquete do Panorama Farmacêutico.
Dos 2.973 profissionais que manifestaram sua opinião, 33% (984) criticaram essencialmente os conselhos, enquanto 32% (960) reclamam de atenção das autoridades públicas. Outros 1.029 (35%), ao contrário, demonstram mais otimismo ao acreditarem que esse tema avançará à medida que vacinas estiverem disponíveis.
Um posicionamento do Ministério da Saúde, por meio do Ofício 234/2021 emitido no último dia 11 de março, assegura que todos os profissionais de farmácias e drogarias, e não apenas farmacêuticos, têm direito a prioridade na vacinação contra a Covid-19. O ofício tem a assinatura da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações e foi encaminhado às coordenações estaduais de imunização.
A medida estende-se também a trabalhadores de apoio à farmácia em áreas como limpeza e segurança, além de acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em estágio em clínicas e laboratórios.
Em janeiro de 2021, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) reiterava em seu portal que trabalhou por esse benefício para os farmacêuticos e que alguns profissionais da categoria já foram imunizados, embora isso tenha se restringido a trabalhadores de hospitais e unidades de saúde envolvidas no cuidado direto aos doentes. Porém, a ausência de doses obrigava as secretarias municipais e estaduais de saúde a definir prioridades dentro do grupo prioritário.
“Sabemos que é angustiante estar nas farmácias atendendo pacientes com diagnóstico e também casos suspeitos e assintomáticos, por força do dever, para não abandonar a população. Ainda que a corrida pela vacina seja global e a produção atual seja insuficiente para suprir toda a necessidade do planeta, especialmente no caso do Brasil, com repetidos atrasos na compra, estaremos vigilantes”, destaca o presidente da entidade, Walter da Silva Jorge João.
Em março deste ano, o conselho celebrou o posicionamento do Ministério da Saúde em um comunicado oficial. Mas desde então, nenhum novo manifesto, o que pode ajudar a explicar a insatisfação de quem atua no setor. Nossa reportagem procurou novamente o conselho, mas não teve um retorno até o fechamento da reportagem.
Nova enquete
A nova enquete da semana sugere uma análise sobre o mercado de trabalho em tempos de pandemia. Como isso se refletiu no canal farma? Houve mais contratações, mais demissões, os recrutamentos foram adiados ou não houve impacto? Participe e contribua para o debate.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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