O portal Cosmetics Design elencou quatro recentes novidades que reforçam a consolidação do conceito clean beauty, ou beleza limpa. Fabricantes, varejistas e consumidores começam a incorporar essa tendência, que preconiza a compra de cosméticos naturais e 100% sustentáveis na sua produção. E o Brasil não fica atrás. Uma pesquisa da consultoria Mintel identificou que 54% dos brasileiros se consideram potenciais compradores de produtos éticos.
1. Lançamentos e associação com celebridades
Celebridades começaram a emprestar sua credibilidade para marcas de beleza limpa. Algumas vão além e investem em linhas próprias com esse princípio. Foi o caso de Venus Williams, que anunciou em maio uma parceria com a norte-americana Credo, fundada em 2015 como uma fabricante de clean beauty. A tenista permitiu incorporar a sua grife esportiva, a EleVen, ao portfólio da empresa. No início do ano, a California Gleam iniciou a comercialização da Sustainable Glam, linha capilar que se intitula orgânica, vegana, livre de crueldade com animais e embalada em frascos à base de cana-de-açúcar.
2. Adesão de players tradicionais
Empresários tradicionais ligados ao setor também encamparam o conceito, que ganhou até data comemorativa. O famoso hairstylist francês Frédéric Fekkai, dono de oito salões de beleza nos Estados Unidos, liderou um movimento que culminou na instituição do 4 de junho como Dia Nacional da Beleza Limpa. A varejista de saúde e bem-estar britânica Holland & Barrett, cadeia de produtos naturais com mais de 1.300 lojas em 16 países, lançou uma marca própria de artigos de higiene pessoal limpos.
Já no mercado brasileiro, foi o varejo farmacêutico que embarcou nessa tendência. A Raia Drogasil iniciou, em outubro do ano passado, a comercialização da Vegan by Needs, marca própria baseada em ingredientes da biodiversidade nacional e sem testagens em animais.
3. Customização e novos nichos
À medida que a beleza limpa ganha espaço, a indústria investe em artigos sustentáveis focados em públicos específicos. A fabricante canadense Ellie Bianca, por exemplo, anunciou o lançamento de um produto voltado exclusivamente para mulheres que se aproximam da menopausa, cuja pele tende a sofrer mais com a sequidão.
4. Boom nas redes sociais
De acordo com a Mintel, entre 2016 e 2019, as menções referentes a #cleanbeauty cresceram 623% nos Estados Unidos. No Google, o número de visualizações já supera 13 milhões. A crescente audiência motivou a empresária e maquiadora Cassandra Mcclure a iniciar um projeto para engajar profissionais e empresas em torno de eventos virtuais, com dicas para cuidados com a beleza durante a pandemia e o isolamento social.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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