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Radioterapia: Um único equipamento e uma fila de 800 pacientes

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Um novo equipamento de radioterapia foi entregue no DF, mas a fila de tratamento deve continuar congestionada. São 800 pessoas esperando para começar as sessões e, até então, apenas um aparelho funciona em toda a rede pública. A longo prazo, o plano do governo é ter sete máquinas. Até lá, serão firmados contratos com a rede privada para suprir a demanda.

Dentro de três meses, o acelerador linear entregue ontem pelo Ministério da Saúde deve entrar em funcionamento no Hospital Universitário de Brasília. O único aparelho operante na Secretaria de Saúde funciona à base de cobalto, foi fabricado 33 anos atrás, em 1984, e é capaz de tratar 80 pacientes de câncer de mama por mês. O outro equipamento do Hospital de Base foi fabricado em 2004 e está em manutenção.

O secretário de Saúde, Humberto Fonseca, classifica a espera pelo tratamento de radioterapia como “inaceitável”, mas promete tomar iniciativas para diminuir a fila de 800 pessoas. Obras para a instalação de um outro acelerador linear estão previstas para ocorrer em setembro no Hospital Regional de Taguatinga, que possui o fornecimento de energia necessário para receber o equipamento. Um outro aparelho no Hospital de Base também poderá ser implantado, mas depende do aumento de capacidade da subestação elétrica.

Desde 2015, os contratos com a iniciativa privada foram suspensos por escolha dos hospitais. A causa foram as dívidas herdadas do governo anterior, conforme a justificativa dos atuais gestores. “Estamos pagando as dívidas e negociando com essas clínicas para que elas voltem a ter credenciamento. Como se trata de um processo complexo, precisaremos recorrer a esse tipo de contrato até que tenhamos uma estrutura melhor”, afirmou Fonseca. De acordo com a Secretaria de Saúde, há 20 anos não há qualquer investimento nos equipamentos de radioterapia da rede pública.

Expectativa e preocupação
Pela segunda vez, a aposentada Dolores Martini, 61 anos, faz tratamento de câncer de mama na rede pública. Depois da retirada de um tumor, em 2008, ela passou por outra cirurgia há um mês. O próximo passo será descobrir se precisará de radioterapia ou quimioterapia. Dolores já tem tido problemas para conseguir medicamentos. Por escutar relatos de pacientes que não conseguem o tratamento, a paciente se preocupa.

“Quem trata câncer mata um leão por dia. Na primeira vez que fiz tratamento era mais fácil, mas hoje em dia vejo muita gente voltando para casa sem tratamento. Estou firme, mas é inevitável pensar que isso pode me prejudicar algum dia”, lamentou.

Equipamento de Radioterapia do HUB.
Foto: Breno Esaki

Fonte: Portal R7

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