
Depois de apenas sete meses da desistência do pedido de falência, a rede de farmácias norte-americana Rite Aid voltou a solicitar a proteção governamental. As informações são do CNN Business.
Buscando um comprador, a varejista alega que a falência irá facilitar o processo de reestruturação financeira. Segundo a companhia, durante esse período, não haverá o fechamento de lojas.
“Embora continuemos enfrentando desafios financeiros, intensificados pela rápida evolução dos cenários do varejo e da saúde, somos encorajados pelo interesse significativo de diversos potencias compradores estratégicos nacionais e regionais”, afirma o CEO Matt Schroeder, em comunicado.
Rede de farmácias norte-americana entrou com pedido em 2023
A primeira vez que a Rite Aid entrou com um pedido de falência foi em outubro de 2023. Na ocasião, a companhia sofria com batalhas judiciais resultado da crise dos opioides, o que elevou sua dívida para cerca de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 22,8 bilhões).
Quase um ano depois, no último mês de setembro, a rede de farmácias anunciou que havia cortado suas dívidas para US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11,4 bilhões), além de garantir US$ 2,5 bilhões (R$ 14,3 bilhões) em fundos para sustentar sua operação. Por outro lado, nesse meio tempo, 500 PDVs, foram fechados.
Ao anunciar o novo pedido de falência, a varejista garantiu contar com quase US$ 2 bilhões (R$ 11,4 bilhões) em novos financiamentos para sustentar sua operação durante esse novo período tempestuoso.
Varejista é a terceira maior entre as redes de farmácias
Com cerca de 1.250 lojas (metade dos PDVs que tinha há dois anos) a Rite Aid ainda é a terceira maior rede de farmácias independentes dos Estados Unidos. Considerando as grandes redes do país, ela é a sétima maior.
Em 2015, a Walgreens ofereceu US$ 17 bilhões (R$ 97,2 bilhões) para comprar a operação da concorrente, mas os órgãos reguladores do país não permitiram o negócio. Dois anos depois, duas mil lojas da Rite Aid passaram a ser controladas pela Walgreens, em negócio mais modesto, de US$ 4,4 bilhões (R$ 25,1 bilhões).
Na opinião de especialistas consultados pela reportagem, a Walgreens não tem mais condições de comprar a operação da concorrente, fazendo com que o negócio fique mais próximo de outros interessados.