Ribeirão Preto (SP) é a segunda cidade com maior número de fertilizações in vitro no Estado de São Paulo, segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A cidade de São Paulo lidera o ranking com 58% dos procedimentos, seguida por Ribeirão (16%) e Campinas (SP), com 9%.
De acordo com a Anvisa, o número de procedimentos aumentou 8% no estado, passando de 15.191, em 2016, para 16.357, em 2017. Esse total corresponde a 45% dos registros no país.
O aumento da procura pela técnica de reprodução feita em laboratório tem sido impulsionado por mulheres na faixa dos 40 anos.
O procedimento custa, em média, de R$ 15 a R$ 25 mil, mas há programas em clínicas particulares para atender pessoas com rendas menores e também é possível fazer o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A psicológa Erica Grecco, de 42 anos, sempre sonhou em ser mãe. Quando decidiu engravidar, ela e o ex-marido apresentaram problemas de saúde e, por isso, investiram na fertilização in vitro. Erica teve confirmada a gestação da filha, hoje com 4 anos, após dois meses de tratamento.
Gravidez tardia
O Ministério da Saúde aponta que o número de mulheres que foram mães após os 40 anos subiu 49,5% em 20 anos.
As estatísticas mais atualizadas são de 2015 e mostram que 72.290 dessas mães tinham entre 40 e 44 anos e outras 4.475 estavam na faixa etária dos 45 aos 49. Houve ainda 373 brasileiras que se aventuraram na maternidade após os 50 – entre elas, 21 já eram sexagenárias quando deram à luz.
“Antigamente, o planejamento profissional e familiar da mulher seguia as ordens do relógio biológico feminino e ela devia fazer uma escolha baseada no tempo. Atualmente, com os avanços da medicina, a mulher assumiu as rédeas de todas as suas decisões”, completa Moura.
Fonte: G1