Com 125 anos de fundação comemorado em 2021, a Roche é a indústria farmacêutica que mais aposta em pesquisa & desenvolvimento no mundo, segundo estudo da Evaluate Pharma. Em 2020, a companhia suíça investiu 23,8% de suas vendas de medicamentos (com e sem receita) em P&D, um total de 12,2 bilhões de francos suíços.
Pioneira em medicina personalizada, a divisão farmacêutica da empresa foca na produção de medicamentos biotecnológicos para necessidades médicas ainda não atendidas com foco em oncologia & hematologia; doenças raras (atrofia muscular espinhal (AME)), neurologia (esclerose múltipla) e, em breve, passará a atuar na área de oftalmologia.
“Dentro dessa proposta de oferecer novas medicações e produtos que geram impacto na vida das pessoas, a Roche tem a ambição de ampliar em até cinco vezes o acesso a medicamentos no Brasil, com 50% de redução de custo no ecossistema de saúde”, seja ele público ou privado, nos próximos dez anos”, afirma Bruno Souza, diretor de operações comerciais da farmacêutica. Segundo o executivo, isso se traduz numa melhora na efetividade e no entendimento da cadeia entre o pagador, o prestador e o fabricante da tecnologia.
Novo modelo de operação
O processo de transformação da companhia teve início em 2018, quando saiu de um modelo tradicional de vender um produto para ser reconhecida como um parceiro estratégico que tem em seu DNA a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias. “Para que tudo isso fosse posto em prática percebemos que precisaríamos de profissionais mais robustos. Hoje, não temos mais as figuras dos gerentes de acesso e de território. Temos executivos de saúde, que atuam diretamente no modelo de engajamento ao cliente, com um olhar consultivo”, ressalta Souza.
Trata-se de colocar o cliente (médico, hospital ou plano de saúde) no centro das atenções, saindo de um modelo de produto para um modelo de ecossistema de saúde. “Nesse contexto, a Roche atua como Healthcare System Partner (HSP), que tem o papel de conectar os stakeholders e entender e acelerar os pagadores dentro do ponto de conexão e sustentabilidade para a tomada de decisão”, explica o executivo.
Inovações prioritárias
Em 2021, a Roche concluiu o processo de incorporação de Hemcibra (emicizumabe) no SUS. O medicamento, destinado ao tratamento de pacientes com hemofilia, é um anticorpo terapêutico, que possui longa duração no organismo e permite uma aplicação subcutânea a cada quatro semanas.
Também para o mercado público, a farmacêutica lançou o Evrysdi (risdiplam), terapia oral voltada ao tratamento da atrofia muscular espinhal.
No mercado privado, o Alecensa (alectinibe) é voltado ao tratamento de pacientes com câncer de pulmão positivos para a mutação ALK (em geral mulheres jovens e não fumantes) e o Ocrevus (ocrelizumabe) é indicado para tratamento de esclerose múltipla.
Operação no varejo
Antes de focar em biotecnologia, a Roche já foi líder mundial em primary care, no segmento de vitaminas. Mas, a empresa ainda mantém parte da operação no varejo, por meio de parceiros estratégicos. Tanto o Prolopa (levedopa) para tratamento de doença de Parkinson, como o e Roacutan (isotretinoína), para acne, são promovidos e distribuídos pela FQM.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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