Na última 4ª feira (12.jan.2021), a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica) divulgou em nota um alerta sobre o risco de desabastecimento dos testes de covid-19, devido à alta demanda.
Veja também: Menino com microcefalia é a primeira criança vacinada contra Covid-19 na Paraíba
O aparecimento da ômicron e o surto de influenza resultaram em uma intensa procura pelos testes para detectar os vírus. Além da Abramed, o Sindilab-DF (Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Distrito Federal) também comunicou que os estoques de testes estão em situação preocupante e são um problema de cadeia nacional.
Siga nosso Instagram
O Brasil utiliza 2 tipos de testes para detectar o vírus: o RT-PCR e o antígeno, conhecido como ‘teste rápido’. Na última 5ª feira (13.jan.2022), o Ministério da Saúde pediu a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a liberação de mais um tipo de exame: o autoteste.
Segundo o ministério, o autoteste pode ser uma ‘estratégia adicional’ no momento.
O Poder360 procurou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para explicar as diferenças entre os 3 testes:
RT-PCR
O PCR é considerado o ‘padrão ouro’ na detecção do vírus., além de ser recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
O teste busca ‘encontrar’ material genético do vírus, o RNA. Para ser realizado, requer o envio a laboratórios especializados, para o processamento da amostra e identificação do vírus.
A recomendação dos laboratórios é o PCR seja feito entre o 3º e 7º dia depois do aparecimento dos sintomas. Sua coleta é feita com amostra de nasofaringe.
O resultado, que depende de equipamentos sofisticados, pode levar algumas horas ou até mesmo mais de um dia para ficar pronto.
ANTÍGENO
O antígeno apresenta sensibilidade menor do que a do RT-PCR. mas ainda é considerada alta, ‘com potencial de 95%’, de acordo com a Fiocruz.
Apesar de a coleta ser conduzida da mesma forma que o anterior, o antígeno tem o processamento mais rápido e o resultado pode sair em apenas 15 minutos.
O teste, que busca por proteínas específicas na superfície do vírus para identificá-lo, não carece de uma infraestrutura sofisticada e pode ser processado no mesmo local da coleta.
AUTOTESTE
Segundo a Fiocruz, o autoteste é considerado igual ao antígeno, porém, pode ser feito pela própria pessoa em casa, sem necessidade de ir à farmácia, laboratório ou hospital.
O produto, proibido no país, agora depende da avaliação da Anvisa para ser comercializado.
A proposta do ministério é que os exames caseiros sejam disponibilizados em redes de farmácia e de drogarias e em outros estabelecimentos de saúde. Qualquer pessoa poderia fazer o teste.
Fonte: Poder 360