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Seis pontos que indicam que o pior da pandemia já pode ter passado em SP

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Mesmo com o avanço pandemia do coronavírus no interior e nove regiões na fase vermelha do Plano São Paulo, o governo do Estado passou a divulgar informações otimistas a partir de terça-feira (30), como a média de mortes dos últimos sete dias ter diminuído 12,5%.

As estatísticas vêm acompanhadas da perspectiva de diminuição de mortes nas próximas semanas, de acordo com o secretário-executivo do Centro de Contingência ao Coronavírus, João Gabbardo.

A capital e a Baixada Santista são encaradas como regiões de melhores resultados. O coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus, Paulo Menezes, afirmou que o interior deve colher frutos do isolamento social que está praticando no momento.

“Como praticamente todo o interior está no vermelho [fase vermelha], aumentando o distanciamento social, aumentando a consciência das pessoas da importância de manter o distanciamento, usar as máscaras, eu acredito que nas próximas semanas nós vamos começar a ver uma progressiva melhora em todo o Estado.”

A seguir, o UOL relaciona seis dados que justificam o otimismo do governo paulista.

Mortes em queda

O percentual de mortes no Estado está em queda de 12,5% na média dos últimos sete dias de acordo com a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen. A capital, apontada como o epicentro da covid-19 no Brasil por semanas, verificou uma estabilização no número de vítimas fatais, conforme dados do comitê de saúde.

“Temos algumas regiões de São Paulo, principalmente a metropolitana, onde há um indicativo de que não só atingimos o platô, como estamos começando a ter uma redução progressiva no número de casos e óbitos. Essa situação também está sendo observada na região da Baixada”, declarou o coordenador do Centro de Contingência ao Coronavírus.

Os dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico justificam a menção a capital e Baixada Santista. Na cidade de São Paulo, houve diminuição de 24,2% nos óbitos. A Baixada Santista tem resultado ainda melhor, 30%.

Estabilidade nas internações

A média dos últimos sete dias também é otimista no quesito internações. O Estado verificou queda de 1,8% em pessoas que entraram no sistema hospitalar, informou a secretária de Desenvolvimento Econômico. Mais uma vez a capital e a Baixada Santista têm números melhores.

Na cidade de São Paulo, ocorreu queda de 9% nas internações na média dos últimos sete dias. Em Santos e municípios da região, a diminuição alcançou 14,7%. O Estado tem 5.422 pacientes internados em UTI com covid-19, o que representa uma ocupação de 65,5% dos leitos de terapia intensiva.

Estabilidade também nos casos no Estado

De acordo com a universidade americana Johns Hopkins, São Paulo é o segundo estado com mais casos de covid-19 no mundo, atrás apenas de Nova York. Ocorre que os dados divulgados ontem pelo governo paulista indicam uma estabilização.

No sábado, houve 9.765 confirmações de pacientes infectados. O número caiu nos dias seguintes e ontem fechou em 8.555. O coordenador do Centro de Contingência ressalta que os testes feitos dão ainda mais valor a estas estatísticas.

“Quando a gente mostra os casos diários nós combinamos os casos chamados agudos, detectados por PCR, com os casos detectados por testes sorológicos, que são casos que ocorreram algum tempo atrás. Então, quando a gente olha só os casos agudos, a gente vê uma situação de estabilização progressiva no número de casos por dia”, disse Paulo Menezes.

Casos dia a dia

25 de junho – 9.765

26 de junho – 9.921

27 de junho – 7.073

28 de junho – 6.156

29 de junho – 3.408

30 de junho – 6.235

Queda de 144 mortes na comparação semanal

A semana 26 da pandemia terminou no último domingo e foi verificada uma queda substancial de menos 144 óbitos em relação à semana 25, terminada em 19 de junho. Na semana 25 da pandemia, ocorreram 1.913 mortes. Na semana 26, o número foi de 1.769.

“Isto traz como resultado o menor aumento percentual de toda a série histórica”, afirmou João Gabbardo, secretário-executivo do Centro de Contingência ao coronavírus.

Número de novos óbitos por semana epidemiológica

Semana 21 – 1.357

Semana 22 – 1.487

Semana 23 – 1.526

Semana 24 – 1.523

Semana 25 – 1.913

Semana 26 – 1.769

Pior semana da pandemia deve ter queda de mortes

A crise provocada pela covid-19 entra na 27ª semana e a literatura científica ensina que esta é a pior semana de uma pandemia, explica João Gabbardo. Mas o secretário-executivo do Centro de Contingência ao Coronavírus ressalta que o monitoramento feito até agora indica que o período que deveria ser o mais crítico de todos deve terminar com redução de óbitos.

“A 27ª semana historicamente é a semana onde temos maior o número de casos de internação por doença respiratória aguda. Sempre é onde existe uma pressão maior sob o sistema de saúde.(…) O acompanhamento que nós estamos fazendo desta semana que começou no domingo, nós temos segunda, terça e quarta, nestes quatro dias computados temos expectativa que teremos um número menor que semana passada. Ou seja, na semana 27 provavelmente tenhamos menor número de óbitos comparado à semana 26. E teremos ultrapassado a semana mais ameaçadora para a saúde.”

Depois de a pandemia atravessar a fase mais preocupante, Gabbardo acredita que ocorra uma melhora se nada de anormal surgir.

“Se não acontecer alguma coisa inesperada em determinado local, a expectativa que temos é, sim, nas próximas semana termos uma redução no número de novos casos”.

Terça sem recordes

Durante o mês de junho, a terça-feira se tornou sinônimo de recorde de mortes por covid-19 a cada entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. Mas nesta semana foi a primeira vez que o dado que inclui os óbitos acumulados do final de semana não se tornou o maior número da série histórica.

Na última terça-feira, foi revelado um total de 365 novos óbitos para o intervalo de 24 horas. O dado está bem abaixo do que ocorrera sete dias antes, quando a Secretaria estadual de Saúde anunciou 434 mortes. Desta maneira, foi quebrada uma série de recordes às terças que durava quatro semanas.

Mesmo com estatísticas positivas refletindo o passado e apontando o futuro, o governo do Estado segue pregando cautela. Mas a placa que fica em frente ao púlpito das autoridades que participam da coletiva dão pista do novo foco. O “fique em casa”, algo que não cabe mais em tempos de retomada gradual, foi foi substituído por “use máscara”.

Fonte: BOL

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