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Sem receber medicamento há nove meses, mulher com asma crônica sofre com crises em casa

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Medicamento  – Uma moradora de Sorocaba (SP) que sofre de asma crônica está há nove meses sem receber da prefeitura um remédio que usa para controlar a doença, evitando que ela tenha crises fortes. Isso porque a dose do medicamento custa em torno de R$ 2.600 e Zélia Aparecida Domingues precisa de uma dose a cada 15 dias.

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O remédio, chamado Xolair, deixou de ser fornecido em agosto de 2019 e toda vez que a filha da moradora, Amanda Domingues de Oliveira, entra em contato para pedir explicações, os funcionários dizem que o medicamento está em processo de compra. A família até procurou um advogado para tentar resolver a situação, mas não adiantou.

Há 13 anos lutando contra a doença, Zélia conta que já passou por vários tratamento e teve diversos diagnósticos, mas foi o medicamento em forma de injeção que diminuiu consideravelmente suas crises.

Por estar sem ele há tanto tempo, há alguns dias, ela teve uma forte crise de falta de ar, ficando quase nove minutos sem oxigênio. “Ela fez as bombinhas, mas não conseguia respirar direito. Foi ficando roxa, até que acabou desmaiando”, relata Amanda.

Na semana passada, a filha voltou à prefeitura para tentar descobrir o que aconteceu com o medicamento, que, segundo ela, é o único que pode dar um pouco mais de qualidade de vida para a mãe.

Os funcionários disseram a ela que o remédio estava em uma lista de compras que acabou sendo rejeitada. O pedido só foi feito novamente depois de muita insistência por parte da família.

Em nota enviada ao G1, a Prefeitura de Sorocaba informou que o processo de aquisição do remédio já dura desde agosto de 2019, mas “devido a dificuldades externas na concretização da compra, houve atraso na efetuação da entrega do medicamento”.

O Executivo ressaltou que “já tomou as providências para a conclusão da aquisição e permanece com os trâmites de compra para o item”, porém, não informou um prazo para normalização da situação.

Vaquinha online

Enquanto o fornecimento do Xolair não é retomado, a ajuda tem chegado a Zélia de outras formas. Uma delas é uma vaquinha virtual criada por uma amiga da família, através da qual cerca de 150 pessoas já fizeram doações.

Em menos de 24 horas da criação da vaquinha, foram arrecadados cerca de R$ 9 mil, mas a meta é chegar aos R$ 15 mil. Com o dinheiro doado, a filha fez a compra de algumas doses e agora aguarda a chegada do medicamento.

De acordo com Amanda, Zélia se surpreendeu com a quantidade de pessoas que ajudaram em tão pouco tempo. “Ela ficou toda emocionada, até falamos para ela se acalmar, porque é perigoso ter muita oscilação no humor por causa das crises. Mas ela ficou muito feliz, não esperava ter tantos amigos.”

Preocupação em dobro

Zélia também trata um câncer no intestino desde fevereiro de 2019. Além disso, há a preocupação com o coronavírus, já que o tratamento oncológico faz com que ela fique com a imunidade baixa e a Covid-19 também compromete o processo respiratório do corpo.

Segundo a filha, o câncer está estabilizado, mas a oscilação na respiração da mãe ainda é muito grande. Por isso, a família precisou aprender a fazer os primeiros socorros para atender Zélia durante as crises, principalmente para não precisar levá-la ao hospital durante a pandemia.

O médico até chegou a pedir um exame de Covid-19 para ter certeza de que a mulher não está com a doença. O resultado deve sair até esta terça-feira (2).

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/06/01/mercado-farmaceutico-tera-de-aumentar-tiquete-de-vendas-no-pos-covid-alerta-pg/

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