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‘Temos provas sobejas do ‘ministério paralelo”, diz relator da CPI

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O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou, nesta quinta-feira (27/5), que há provas demasiadas da existência do ‘ministério paralelo’ de aconselhamento ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia da Covid-19 e destaca que a investigação tem focado na aposta do ‘tratamento precoce’ em detrimento da vacinação.

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‘Eu queria dizer que as expectativas todas, sem exceção, que tínhamos caminharam no sentido das materializações. Temos provas sobejas do ‘ministério paralelo’, consultoria que despachava com o presidente da República e decidia diferente do Ministério da Saúde. Temos provas de algumas pessoas que participaram dessa consultoria’, declarou o relator a jornalistas.

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O colegiado convocou, nessa quarta-feira (26/5), o ex-assessor da Presidência da República Arthur Weintraub, após o Metrópoles publicar reportagem e vídeo indicando que ele coordenou o grupo de aconselhamento paralelo de Bolsonaro. O assessor da Presidência Filipe Martins e o empresário Carlos Wizard, ambos supostos integrantes do ‘Ministério Paralelo’, também foram convocados.

‘Com relação a esse processo de aquisição de vacina e do tratamento precoce, não da sua eficácia [da cloroquina para a Covid-19], pois não estamos discutindo isso. O que nós queremos investigar é se essas coisas foram priorizadas em detrimento da vacinação dos brasileiros. Esse é o norte da investigação’, acrescentou.

O ‘tratamento precoce’, defendido por Bolsonaro e aliados, consiste na utilização de cloroquina e ivermectina, medicamentos com a comprovação científica de ineficácia para o tratamento da Covid-19.

‘Maluco’

O relator da CPI da Covid chamou o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de ‘maluco’ e criticou o presidente Jair Bolsonaro, recordando as provocações e as atitudes erradas desde o início da pandemia da Covid-19, mesmo depois de outros líderes mundiais, como o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, corrigirem as atitudes. ‘O governo continua a fazer as mesmas coisas’, disse.

‘Mas essa convocação tem efeito pedagógico: dizer a esse maluco [Pazuello] para não continuar a delinquir, a aglomerar pessoas, porque isso sido motivo da morte de milhares de brasileiros. É um desrespeito à instalação da própria CPI’, afirmou.

Pazuello e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foram reconvocados a prestar depoimento à CPI. As datas, contudo, não estão definidas.

Fonte: Metrópoles

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