Os testes rápidos de HIV, assim como outros exames para a triagem de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), podem ser feitos nas farmácias. O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica orientando o setor sobre o manejo desses exames. As informações são da Folha de S. Paulo.
Conforme previsto na legislação brasileira, caso a loja identifique um resultado de notificação compulsória, o estabelecimento deve informar a pasta. Também segundo o documento, caberá ao farmacêutico explicar ao paciente sobre os resultados e esclarecer qualquer eventual dúvida que ele tenha.
Os testes poderão ser realizados em crianças com menos de 12 anos completos, mas apenas na presença dos pais no ato da coleta e da entrega dos resultados. No caso de adolescentes dos 12 a 18 anos, após uma avaliação da condição de discernimento, caberá ao paciente a decisão sobre a realização do exame e compartilhamento do resultado.
A Anvisa não considera esses testes como passíveis de diagnóstico, apenas triagem das doenças.
Testes rápidos de HIV nas farmácias são bem recebidos pelos especialistas
Por meio de uma nota, o diretor do departamento de HIV, Aids, tuberculose, hepatites virais e infecções sexualmente transmissíveis da secretaria de vigilância em saúde e ambiente, Draurio Cravo Neto, apoiou a realização dos testes rápidos de HIV nas farmácias. Para ele, a prática vai ao encontro dos esforços determinados socialmente para a eliminação de infecções e doenças até 2030.
“A execução de testes rápidos por farmácias autorizadas é uma das ferramentas de apoio à ampliação do acesso à testagem”, afirma.
Governo investiu R$ 27 milhões
No último mês de outubro, o Ministério da Saúde fez um investimento milionário para incluir um teste rápido de HIV e sífilis no Sistema único de Saúde (SUS). A pasta aportou R$ 27 milhões na compra dos produtos. A expectativa era de que quatro milhões de unidades fossem adquiridas.