A regulamentação dos testes rápidos nas farmácias entrou em vigor neste dia 1º de agosto, por meio da RDC 786. E para especialistas ouvidos pela redação do Panorama Farmacêutico, a decisão representa um novo marco histórico para o setor e acelera o processo de ressignificação das lojas como hubs de atenção primária e saúde.
Com a nova resolução, o varejo farmacêutico já está apto a aplicar pelo menos 50 exames de análises clínicas em salas configuradas para a prática de assistência farmacêutica.
Testes rápidos nas farmácias: o que pensam 7 executivos e dirigentes setoriais
“A RDC inovou ao ampliar os novos ambientes de testagem para farmácias e consultórios, ainda que sob a forma de triagem, permitindo o acesso à saúde entre cidadãos invisíveis até então ao sistema público” – Carlos Gouvêa, presidente executivo da Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial
“Trata-se de um ganho imenso para a população. Afinal são mais de 85 mil farmácias no país e os consumidores terão acesso a essa parte importante que é a prevenção da saúde, com a qual a gente mais precisa intensificar os cuidados” – Fernando Marinheiro, diretor comercial e de marketing da MedLevensohn
“Os efeitos positivos estendem-se às fabricantes nacionais, que já têm know-how para viabilizar esses exames em larga escala. O Brasil pode se tornar um hub global na produção e comercialização dos testes, favorecido pelas múltiplas experiências no combate a doenças como HIV e o próprio coronavírus” – Paulo Gomes, VP da Retail Farma Brasil e consultor da Wama Diagnóstica
“A RDC certamente proporcionará maior conveniência e agilidade na realização dos exames, contribuindo para a melhoria da saúde pública no Brasil. São mais de 10 anos de transformação do setor e consolidando o papel das farmácias como hubs de saúde. Apoiaremos todos os associados que tenham interesse na implementação serviços de análises clínica, capacitando e qualificando os profissionais farmacêuticos, bem como ofertando cursos e palestras sobre os testes” – Rafael Espinhel, presidente executivo da ABCFARMA e assessor jurídico do Sincofarma
“Há pelo menos seis anos atuamos fortemente para alcançar esse momento. A RDC, aliada à Lei 13.021/2014, posiciona de vez a farmácia como porta de entrada do sistema de saúde no país. Nas várias missões técnicas internacionais que promovemos anualmente no Exterior, ficou claro como poderíamos importar com sucesso modelos de negócios e atendimento” – Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma
“Mais do que um ambiente de armazenamento, venda e dispensação de medicamentos para pacientes, a farmácia amplia ainda mais os serviços de atenção farmacêutica disponíveis, tais como aferição e monitoramento de indicadores clínicos, aplicação de medicamentos injetáveis e vacinas, clínica farmacêutica e orientação do uso racional de medicamentos” – Valdomiro Rodrigues, consultor da Febrafar
“A aprovação da norma vai ampliar os pontos de testagem fazendo uso da capilaridade das farmácias. O paciente poderá contar com a orientação do farmacêutico para a realização dos testes com resultados em 30 minutos e com os mesmos equipamentos que existem nos hospitais e laboratórios” – Vinícius Pereira, diretor executivo da ECO Diagnóstica