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Uma em cada 6 pessoas terá AVC. Veja os fatores de risco

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Popularmente conhecido como derrame, o acidente vascular cerebral (AVC) está entre as principais causas de morte do mundo. A Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization) prevê que uma em cada seis pessoas terá o problema ao longo da vida. No entanto, o estudo Interstroke, realizado em conjunto por diversas instituições internacionais, revela que 90% dos casos poderiam ser evitados com hábitos de vida saudável, capazes de eliminar boa parte dos fatores que agravam o risco de AVC.

O acidente vascular cerebral é caracterizado pelo entupimento ou rompimento de vasos que levam sangue ao cérebro, comprometendo seu funcionamento adequado. Quando há obstrução de uma veia ou artéria, o AVC é classificado como isquêmico (80% dos casos). Já quando ocorre o rompimento do vaso, hemorrágico.

“Aproximadamente 25% das pessoas que sofrem derrame morrem. E cerca de 70% dos sobreviventes têm algum tipo de sequela que compromete funcionalidades do corpo. Perdem, por exemplo, a capacidade de andar ou de levar uma vida com autonomia”, explica Eli Faria Evaristo, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

O socorro médico imediato é a principal forma de evitar consequências graves. “Para a reversão do AVC, o ideal é que a pessoa seja atendida na primeira hora em que o problema surge. Mas, em até quatro horas e meia, na grande maioria dos casos, ainda é possível a reversão total com medicações para quebra do coágulo”, diz Tiago Sowmy, neurologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

A suspeita deve existir sempre que houver algum sintoma neurológico de início súbito. Os indícios mais comuns são paralisia ou perda de força de uma parte do corpo, alteração de sensibilidade, dificuldade para falar, visão dupla, alteração de equilíbrio, assimetria facial e dor de cabeça súbita e muito intensa.

O derrame é mais comum a partir dos 55 anos. Porém, pode ocorrer em qualquer idade, principalmente após a faixa dos 30 a 37 anos. “Nesse momento o organismo atinge o ápice do funcionamento e, a partir de então, passa a precisar de mais cuidados”, completa Sowmy.

É considerada o principal fator de risco de derrame. A pressão alta, associada a outras complicações, lesa pequenos e grandes vasos sanguíneos. Isso pode favorecer a formação de placas e interromper a passagem do sangue que vai ao cérebro. Fazer exercícios regularmente, ter uma boa alimentação e controlar o estresse são algumas das recomendações para evitar a hipertensão arterial.

Caracterizado por episódios de interrupção da respiração enquanto se dorme, o problema prejudica o descanso –o que tende a aumentar o estresse no organismo — e altera os batimentos cardíacos durante a noite. Em longo prazo, a apneia pode gerar hipertensão e outros fatores que aumentam o risco de AVC, como ganho de peso.

O nível de colesterol elevado tende a gerar o endurecimento dos vasos sanguíneos e a formação de placas que podem entupir veias e artérias, inclusive as que irrigam o cérebro.

Considerada uma das principais vilãs do AVC, a doença causa lesões nas paredes das artérias e traz alterações circulatórias. Também está associada a diversos outros fatores de risco, principalmente a hipertensão arterial e o sobrepeso.

Os quilos a mais estão associados à hipertensão arterial, colesterol elevado e diabetes. Como você sabe, a falta de atividade física favorece o ganho de peso. Além disso, ao levar uma vida sedentária, a pessoa deixa de obter melhoras que a prática regular de exercícios traz para o sistema cardiovascular, que ajudam a prevenir o AVC. O indicado é controlar a alimentação e fazer 30 minutos de atividade física por dia. Se não gosta de treinar, você pode adotar táticas como trocar o elevador pela escada, passear com o cachorro, ir trabalhar de bike ou descer do ônibus alguns pontos antes e caminhar até sua casa.

As toxinas do cigarro podem gerar lesões nos vasos sanguíneos. Os médicos recomendam evitar o cigarro mesmo em pouca quantidade. Até o fumo passivo e a poluição de grandes cidades são capazes de aumentar o risco de AVC.

São duas coisas que você não pode evitar. Portanto, se houver casos de derrame na sua família, mantenha hábitos saudáveis e tente ficar longe dos outros fatores que aumentam a chance de AVC. A recomendação vale para a vida toda, mas deve ser seguida com maior afinco na faixa etária em que há maior risco de sofrer a doença.

Fonte: UOL Notícias

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