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Uso diário de aspirina aumenta em mais de 40% chance de sangramento grave

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O uso frequente de aspirina para prevenir ataques cardíacos aumenta em mais de 40% a chance de hemorragias graves. Essa foi a conclusão de um estudo conduzido por equipes do Imperial College e do King’s College, de Londres, e publicado ontem no Journal of the American Medical Association. RECEBA AS NEWSLETTERS DO GLOBO:CADASTRARJá recebe a newsletter diária? Veja mais opções

O estudo se baseou em 13 testes clínicos, envolvendo mais de 164 mil participantes, que analisaram o uso preventivo de aspirina em pessoas sem risco de doença cardiovascular. A droga fluidifica o sangue, o que levou médicos a acreditar que pequenas doses diárias ajudariam a evitar a formação de coágulos, prevenindo derrames e enfartos.

A pesquisa inglesa concluiu, no entanto, que os benefícios para quem não tem histórico de doenças cardiovasculares é pequeno, e superado pelo aumento do risco de sangramentos internos sérios.

— Um número significativo de pessoas que nunca tiveram ataques cardíacos ou derrames toma aspirina regularmente esperando previnir isso, mas nosso estudo mostra que os benefícios cardiovasculares da aspirina são modestos, e seu uso constante aumenta as chances de hemorragias sérias — afirmou o pesquisador Sean Zheng, do King’s College.

O médico também afirmou que os pacientes precisam ser alertados sobre os riscos associados ao uso constante da droga e que, apesar de ainda serem necessários mais estudos sobre o tema, pessoas sem histórico de problemas cardiovasculares não deveriam tomá-la diariamente. Pacientes que já tiveram ataques cardíacos ou AVCs devem analisar individualmente com seus médicos se os benefícios ultrapassam os potenciais riscos.PUBLICIDADE

— Diversas diretrizes continuam recomendando o uso de aspirina para previnir ataques cardíacos e derrames em pessoas com diabetes ou com elevado risco de doenças cardiovasculares. Nosso estudo mostra que, para esse grupo, os benefícios cardiovasculares e os riscos de hemorragia se equivalem, sem evidência clara de ganho — disse o dr. Zheng.

Fonte: O Globo

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