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Uso indevido de medicamento

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Cléber Domingos, professor do Departamento da Universidade Federal do Ceará (UFC) e cofundador do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamento (GPUIM), explica que o grande problema das informações na web é a validação do conteúdo e os critérios que as pessoas utilizam para tomar como verdade.

“Anteriormente, se pensava que quem se automedicava eram pessoas com menos conhecimento. Mas as últimas pesquisas mostraram o contrário. Já não podemos dizer que a ignorância seja um fator de risco. A grande questão é que as pessoas têm maior acesso à informação, mas não têm criticidade. Existem toneladas de informações sendo lançadas todos os dias. Mas poucas pessoas sabem avaliar”, destaca.

Ao mesmo tempo, Domingos salienta que a internet facilitou o acesso e a procura por informações sobre os medicamentos. “Com a disponibilidade de informações por meio das redes sociais, por exemplo, existe a possibilidade da aproximação das pessoas. Os perigos se dão pela falta de habilidade e pela realização do diagnóstico. É um equívoco que pode gerar outro. A grande necessidade que me parece é a ausência de espaços assessorados por profissionais que podem dar assistência com serviços especializados na avaliação das informações”, explica.

Impedimento

Sobre a criação de sites e ferramentas na internet que falem sobrem informações de diagnósticos médicos, o professor explica que não existe nenhum empecilho jurídico, mas que é necessário avaliação sob quem gerencia essas plataformas digitais. “Existem instrumentos criados pela sociedade médica para o público leigo e para os profissionais. A grande dificuldade é o manejo do conteúdo. Não existe impedimento para criação de novas ferramentas”, avalia.

Domingos conta que o meio mais eficaz é tirar dúvidas com os médicos após a prescrição de qualquer medicamento e ouvir o farmacêutico presente nas farmácias. “É preciso estreitar a relação entre paciente e médico”.

Fonte: Diário do Nordeste

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