Galileu Nogueira, publicitário vítima de homofobia pela Droga Raia, chegou a um acordo com a varejista. Ambas as partes fecharam uma indenização no último dia 30 de abril no valor de R$ 40 mil. As informações são do Estadão.
Metade desse montante (R$ 20 mil) será destinado à instituição Casa 1, que acolhe jovens da comunidade LGBTQI+ que foram expulsos de seus lares. “É um grande marco ter esse resultado em que a homofobia perde. Sinto que essa vitória pode inspirar outras pessoas a lutarem pelos seus direitos”, disse Nogueira em entrevista ao Estadão.
O que diz a Droga Raia
Em nota, a Droga Raia disse ser contra qualquer ato de discriminação e também que trabalha “pela inclusão de pessoas da comunidade LGBTQI+ em seu quadro de funcionários”.
A varejista afirmou também que, quando tomou conhecimento de que Nogueira foi vítima de homofobia, convidou o publicitário para uma conversa e que a sentença judicial determinou “um valor bem abaixo do que estávamos negociando”.
A rede está satisfeita com o desfecho do caso e que continuará investindo em treinamentos e conscientização de seus funcionários.
Vítima de homofobia teve nome mudado
Galileu Nogueira, que é homossexual, notou que nas notas fiscais emitidas pela Droga Raia, tanto em compras no PDV, como pelo e-commerce, seu nome vinha grafado de maneira errada, no caso, “Gaylileu”.
O “Y” incluso em seu nome forma alusão a palavra gay e trazia uma mensagem de zombaria ante sua sexualidade. Em SMSs enviados pela empresa também continham com o “erro”.
A vítima de homofobia, então, resolveu tornar o caso público e denunciou a farmácia nas redes sociais no fim de março. O caso tomou proporção nacional e ganhou às páginas dos jornais.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico