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Você gostaria de viver mil anos?

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Tenho uma aluna de doutorado que está estudando a trajetória de Aubrey de Grey, um cientista inglês que defende que as pessoas poderão viver até mil anos. De Grey pretende criar, nos próximos 20 anos, medicamentos e tratamentos para reduzir ou reparar os danos provocados pelo envelhecimento. Conhecido como o profeta da imortalidade, o pesquisador acredita que, com as células-tronco e a terapia gênica, não ficaremos mais frágeis, doentes, decrépitos e dependentes com o passar dos anos.

Em uma palestra no Brasil, em 2017, ele afirmou que muitas das pessoas que estão vivas hoje nunca serão biologicamente velhas: os primeiros seres humanos imortais já estão vivos e andando entre nós.

Obviamente, seus estudos têm provocado críticas ferrenhas entre cientistas que pesquisam o envelhecimento.

Aproveitei a polêmica para perguntar a algumas pessoas: Você gostaria de viver mil anos?

Cerca de metade dos meus pesquisados, como um jornalista de 62 anos, disse que não quer viver tanto tempo.

“Deus me livre. Já vivi bastante, já está bom. Tenho tantos problemas com filhos, trabalho, família que não quero viver muito mais. Tudo tem limite, um ponto de saturação. As pessoas estão muito chatas, eu também estou muito chato. Se eu chegar aos 80, com boa saúde e dinheiro suficiente, já está bom demais. Mesmo assim vai ser difícil aguentar tanta burrice, violência e roubalheira.”

No entanto, a outra metade ficou muito entusiasmada com a possibilidade de chegar aos mil anos, como uma professora de 73 anos:

“Quero viver o máximo que puder. Lógico que tenho momentos de tristeza, problemas de saúde, mas é só conseguir administrar as dificuldades e aprender a lidar melhor com os problemas naturais da vida. Tenho tantos livros para ler, tantos filmes para ver, tantas pessoas queridas ao meu redor que nunca vou sentir tédio ou ficar enjoada com a minha vida. Se quiserem transplantar o meu cérebro para um corpo jovem eu topo na hora. Imaginou meu cérebro no corpinho da Scarlett  Johansson? Não quero morrer nunca. Eu amo a minha vida.”

Você já pensou se está no time dos que acham que 80 já está bom demais ou no dos que não quero morrer nunca? Se fosse realmente possível, você gostaria de  viver mil anos?

Fonte: Folha de S. Paulo Online

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