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Zolgensma no SUS: ministro vê preço como entrave

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Zolgensma no SUS
Foto: Divulgação

 

A inclusão do Zolgensma no SUS pode esbarrar no fator preço. É o que admite o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que enxerga uma série de entraves para a incorporação desse medicamento da Novartis no tratamento da AME (atrofia muscular espinhal) na rede pública, com direito a críticas pesadas à indústria farmacêutica. As informações são da Agência Brasil.

Para o titular da pasta, durante sessão da Câmara dos Deputados sobre a incorporação do medicamento mais caro do mundo no SUS, o fortalecimento de centros de reabilitação é a alternativa viável para esses pacientes.

“É óbvio que o ministro da Saúde não pode fazer tudo o que quer, até porque o orçamento público é finito. É aquela teoria do cobertor curto”, argumentou Queiroga.

Ministro culpou indústria pelo medicamento mais caro do mundo

Outro ponto destacado pelo ministro da saúde foi que a indústria farmacêutica faria da saúde uma “grande oportunidade de negócios”. Para ele, é mais importante fazer as contas fecharem do que incluir medicamentos como o Zolgensma no SUS.

“Eu, como ministro da Saúde, tenho que atuar para fazer os devidos filtros para garantir que essas incorporações aconteçam no âmbito da sustentabilidade do SUS”, comenta.

Sem Zolgensma no SUS, governo já gastou uma Farmácia Popular

Na sessão, Queiroga também destacou que, mesmo sem o Zolgensma no SUS, o poder público gastou em 2021 R$ 2,2 bilhões com a compra do medicamento. Essas aquisições, que foram feitas após ações judiciais, beneficiaram 6,6 mil pacientes.

A título de comparação, o titular da pasta disse que o impacto financeiro dessas compras poderia subsidiar outro importante programa social. “Isso é quase o custo do programa Farmácia Popular do Brasil”, afirmou.

A AME e o tratamento com o medicamento mais caro do mundo

Os músculos são os principais afetados pela AME, tendo seu desenvolvimento comprometido. Pacientes com menos de dois anos de idade podem vir a óbito, caso apresentem a versão mais grave da doença.

Muito se fala sobre a inclusão do Zolgensma no SUS, e isso tem um motivo: o medicamento é considerado o mais caro do mundo. Cada pessoa que precisa fazer o uso do remédio pode ter que desembolsar aproximadamente US$ 2 milhões.

Outro medicamento milionário já foi incluso na saúde pública

Em 2017, o Spinraza, da Biogen, foi aprovado pela Anvisa. A aprovação veio depois de mobilização popular, que pedia ajuda do poder público para custear o tratamento com o medicamento, que custava, na época, R$ 3 milhões.

Atualmente, esse fármaco, que também é usado no tratamento da AME, é distribuído pelo SUS.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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