Para muitas pessoas, fim de ano é sinônimo de comemorações e planejamento, além de dinheiro extra, por conta do 13°salário que beneficia aproximadamente 84,5 milhões de brasileiros e que deve injetar até o final de dezembro R$ 211,2 bilhões na economia, correspondente a cerca de 3% do PIB. Ainda que seja um montante expressivo, o valor é 1,3% inferior ao de 2017, o que não anima o varejo quanto às vendas de fim do ano, que devem fechar o ano abaixo da expectativa.
As prioridades dos brasileiros quanto a como empregar o benefício, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) são diversas. Levantou-se que 27% dos beneficiados pretendem economizar e/ou investir, enquanto 23% irá direcionar a verba extra para compras de presentes e 16% para as comemorações de fim de ano.
No entanto, mesmo os brasileiros que irão comprar presentes estão precavidos. A pesquisa ainda mostra que 57% dos consumidores vão optar pelo pagamento à vista, sendo que esse comportamento é ainda maior entre as camadas de menor renda. Há ainda o grupo de brasileiros – cerca de 17% dos entrevistados – que deseja pagar as dívidas em atraso adquiridas durante o ano (tendo em vista que há 60 milhões de inadimplentes no país), junto de outros 11%, que irão utilizar o benefício para pagar as despesas de início de ano, como IPVA e IPTU.
A pesquisa aponta também que 44% dos entrevistados pretendem procurar atividades que possam gerar renda extra (‘‘bicos’’) para comprar mais e/ou melhores presentes de natal. Esse percentual ressalta o índice de informalidade que cresceu no Brasil em 2018 – 4 em cada 10 trabalhadores estão em regime de informalidade -, fazendo com que a retomada da recuperação da economia seja mais lenta, refletindo no resultado do PIB do ano e na movimentação de vendas do varejo.
FLUXO NO VAREJO CRESCE APÓS PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO
A SEED Digital, empresa de consultoria em varejo especializada em análise de fluxo e experiência de consumo, identificou que o fluxo de visitantes da primeira semana de dezembro, comparada ao mesmo período de 2017, apresentou crescimento de 38% no varejo (gráfico 1).
Em relação ao fluxo médio de 2018, a primeira semana de dezembro também foi superior, conforme observado no gráfico 2.
“Para este ano, ainda que o mercado receba menos receita que 2017, o percentual de consumidores que pretende investir em presentes ou comemorações de ano novo é expressiva e pode surpreender o varejo. Os sinais de recuperação aparecem quando vemos que o fluxo de consumidores no varejo aumentou em relação ao ano passado após o pagamento do 13º salário. Além disso, as lojas precisaram contratar funcionários temporários para comportar o movimento de fim de ano, o que deve impactar positivamente o mercado de forma mais expressiva”, explicou Sidnei Raulino, especialista em varejo e fundador da Seed Digital.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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