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A marmita vai pesar mais no bolso do consumidor

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Marmita – O aumento brusco no preço de arroz, óleo e outros produtos essenciais à cozinha terão sérias consequências no mercado alimentício do Distrito Federal. Os gerentes e responsáveis pelos estabelecimentos já correm às calculadoras, porcentagens e estatísticas para, como malabaristas, equilibrarem a necessidade de manter o estoque em dia com a atratividade do cardápio, sobretudo exagerar na compensação dos aumentos e tornar seus pratos demasiadamente salgados.

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No Guará, Leandra Oliveira, 34 anos, comanda uma marmitaria num espaço da própria casa. Conforme conta, eram cerca de 150 marmitas por dia, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. “Tem bastante farmácia e mercado aqui na vizinhança, então não houve muitas perdas”, aponta a empreendedora, que se estabeleceu na garagem da casa onde mora, na QI 14 do Guará I.

Ela, porém, já alerta que o arroz, dpoduto base no cardápio, vai puxar o aumento nos preços do estabelecimento. “Não tenho como. Minha margem de lucro caiu muito, e olha que eu já tinha em estoque”, atenta Oliveira.

Um real mais caro

Se antes uma marmita de 600 gramas custava R$ 8,50, hoje já está um real mais caro. Diante do incômodo de alguns clientes, ela precisou explicar que há mais em jogo que apenas o arroz. “O óleo também está caro, o tomate aumentou, a carne aumentou. Está tudo mais caro e eu subi só um real”, argumenta a comerciante. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o tomate apresentou 12% de alta em agosto.

O empreendimento de Leandra se dedicou quase exclusivamente às entregas durante o estado de calamidade de saúde pública. Esta saída, porém, também apresentou incremento de custos, pois três entregadores trabalham direto com Oliveira, e os gastos da entrega são compensados na hora do pagamento ao colaborador. E o combustível é o maior fator de aumento no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), com alta de 5,73% apenas em agosto.

Impacto nos pequenos

O INPC é medido pelo IBGE como a variação nos valores ofertados nas gôndolas tanto no varejo, quanto no atacado. Por isso, tem mais influência para micros e pequenos empreendedores, com menor demanda de produtos.

É o caso de Lucileia Machado, dona de um restaurante self-service em Sobradinho. Com a alta nos preços, o cardápio já sofreu alterações. “Não é só o valor do arroz ou do feijão; tem todos os custos para higienizar, testar funcionários e abrir novamente o restaurante com os protocolos de saúde”, atenta Machado.

Mas os restaurantes mais sofisticados também sofrem. A Blend Boucherie, comandada por Marcelo Lopes – ex-chefe de cozinha da Presidência da República – consome entre 50 kg e 100 kg de arroz por semana. “Não vou conseguir manter para alguns pratos. O delivery morreu para nós. Teve redução de 5% a 10% depois da reabertura. O público está em casa”, diz ele.

Fonte: Jornal de Brasília

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