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Abrasco subsidiou Anvisa na decisão favorável à imunização de crianças

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Para José Cássio de Moraes, pesquisador da Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva e representante da entidade no comitê selecionado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ‘a vacinação contra a covid-19 em crianças pode ter um papel importante na cadeia de transmissão’, já que ampliação da cobertura vacinal reduz circulação do vírus

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Na quinta-feira passada (16), a Anvisa aprovou a utilização da vacina Comirnaty (Pfizer / BioNTech) para imunizar crianças acima de cinco anos de idade contra a covid-19. O órgão demorou 21 dias para tomar a decisão, através de ‘análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório’, e concluiu que o procedimento é seguro – não coloca as crianças em risco – e eficaz para controlar o novo coronavírus. A Abrasco apoiou a agência tecnicamente no processo, sustentando um posicionamento científico favorável à vacinação infantil.

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Para José Cássio de Moraes, pesquisador da Comissão de Epidemiologia da Abrasco, e representante da entidade no comitê selecionado pela Anvisa, ‘A vacinação contra a covid-19 em crianças pode ter um papel importante na cadeia de transmissão’, já que a ampliação da cobertura vacinal reduz a circulação do vírus. O epidemiologista também sinaliza que, sem imunização, crianças ficam mais vulneráveis à doença, e podem vir a óbito, se desenvolverem quadros mais graves. José Cássio afirma, por fim, que ‘temos uma vacina efetiva e segura’.

Em nota emitida em 17 de setembro de 2021, diante da deliberação sobre a vacinação de adolescentes, a Abrasco afirmou que ‘Todos os grupos populacionais se beneficiam da vacinação, tanto individualmente, pela redução dos casos graves (e suas complicações) e dos óbitos, quanto coletivamente’. Para a definição da imunização da nova faixa etária, pesquisadores da Abrasco participaram de reuniões com a Anvisa, e também com representantes da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Segundo o portal UOL, o ministro Marcelo Queiroga afirmou que o Ministério da Saúde ainda precisa discutir o tema, antes de providenciar o início da campanha de imunização para as crianças: ‘Nós queremos discutir esse assunto de maneira a/profundada, porque isso não é um assunto consensual. Há aqueles que defendem, há os que defendem de maneira entusiástica, há os que são contra, então a gente tem que discutir’. Já o presidente da República, Jair Bolsonaro, sinalizou que não interfere na decisão da Anvisa, mas que é contrário, e que pretende divulgar os nomes dos técnicos responsáveis pela decisão.

Cada etapa da vacinação no Brasil – associada diretamente à queda de mortes causadas pela doença – é fruto da mobilização da sociedade civil organizada, que pressiona o Ministério da Saúde e o governo federal para que o direito à vida seja uma garantia para toda a população. D

Fonte: Jornal da Ciência

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