Problema que faz vítimas principalmente entre os atletas profissionais, a água no joelho, como é mais conhecida, causa dor, inchaço, vermelhidão e elevação da temperatura na região afetada. Os sintomas indicam uma inflamação da membrana sinovial, tecido que reveste internamente joelho. O líquido sinovial é um gel viscoso com composição semelhante ao do plasma. Essa substância lubrifica as articulações e evita o atrito entre elas.
Se a membrana se inflama, ocorre um desequilíbrio, esse líquido passa a ser produzido em excesso (sinovite) e se acumula na estrutura do joelho. Em consequência, o paciente sente dor (resultado da pressão sobre a articulação), fraqueza nos músculos da coxa e perna, dificuldade de caminhar e esticar ou dobrar a perna e perda de mobilidade em intensidade que varia em função do grau do edema. A substância é responsável ainda por transportar nutrientes para outras células.
Tratamento da água no joelho ou derrame articular
As causas mais comuns da inflamação estão ligadas a traumas diretos no joelho (torções, pancadas e lesões de cartilagem ou menisco), uso excessivo ou repetitivo da articulação, infecção e ainda doenças reumáticas (artrose, artrite e gota) que levam à destruição do tecido. O tratamento é indicado por um ortopedista e depende da gravidade e extensão do caso. O diagnóstico é fechado a partir de exames físico e de imagens: radiografia, ultrassonografia e ressonância magnética.
Em alguns casos, o médico prescreve apenas o uso de medicamentos (anti-inflamatórios e corticoides) que reduzem os sintomas. Sessões de fisioterapia são indicadas para alívio da dor, redução do edema, aumento circulatório, drenagem linfática, fortalecimento muscular e ganho de amplitude articular. E mesmo o tratamento caseiro, com a aplicação de bolsa de gelo sobre o local, de três a quatro vezes por dia, por até 20 minutos, precisa ser orientado por um ortopedista.
Em outras situações, recomenda-se a punção para a retirada do líquido intra-articular. É uma intervenção simples, feita em ambulatório, com anestesia leve no local. A cirurgia é indicada quando há bactéria na articulação ou quando o excesso de líquido é decorrente de uma causa mecânica, entre as quais, fragmentos de ossos ou cartilagens soltas no joelho.
Artroscopia remove tecido lesado
Há casos mais graves em que é necessária a retirada de parte do tecido sinovial, através da artroscopia. O procedimento consiste na introdução na articulação de um fino tubo com uma câmera na ponta e a utilização de pinças especiais. Embora deva ser feita com anestesia geral, é uma técnica minimamente invasiva, já que não há corte extenso, e da qual o paciente pode ter alta no mesmo dia.
Dolorosa e, algumas vezes, debilitante, a água no joelho, deve ser tratada tal como qualquer patologia ortopédica. A alguns pacientes é imprescindível repouso quando sentem dor e apresentam inchaço. E os especialistas determinam o uso de imobilizadores para limitar o movimento e a carga nas pernas e no joelho. No entanto, a prevenção desse mal se faz por meio de hábitos como o controle do peso, fortalecimento das articulações com ajuda profissional, evitação de sobrecarga no joelho durante atividades cotidianas, alongamento e aquecimento das pernas antes de exercícios físicos, musculação para manter firme a região que sustenta a articulação.
Àqueles que praticam esportes ou correm com regularidade é indicado o uso de calçados e equipamentos de proteção adequados para o joelho. Importante lembrar ainda que o joelho tem a função de suportar todo o peso corporal, conferindo estabilidade, flexibilidade e liberdade de movimento.
Fonte: Redação Panorama PetVet
